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A FÉ CRISTÃ À LUZ DE GAUDIUM ET SPES


Trabalho de pesquisa de iniciação científica apresentado pelo aluno Eduardo Moreira Guimarães e orientado pela Profª. Ms. Raquel Cavalcante Cabral

 

  1. INTRODUÇÃO

            Nos últimos tempos, têm ocorrido diversas mudanças nos tecidos social, econômico, cultural, histórico da sociedade. Isso se verifica pela multiplicidade de olhares e perspectivas, cosmovisões, que se apresentam ao ser humano contemporâneo. De um lado uma sociedade que muda, evolui e se decompõe de forma muito rápida, a chamada “sociedade líquida’[1]; de outro os valores e instituições tradicionalmente válidos que se percebem limitados em responder à problemas sempre novos.

            A pluralidade de maneiras de ver a realidade que circunda o homem e a mulher modernos gera uma crise de sentido, o ser humano não consegue responder às perguntas essenciais da existência como: de onde vim? Para onde vou? Por que existo? porque não há referenciais seguros aos quais recorrer. Essa perda de sentido é resultado, dentre outros fatores, da virada antropocêntrica; do momento em que o ser humano deixa de recorrer ao transcendente e coloca-se como centro do mundo que o envolve.

O sujeito moderno desloca o problema: não vêm de fora as respostas que busca, mas de sua subjetividade. Não é mais, por exemplo, a fé que vale, mas a experiência própria. A crise de sentido gera, portanto, uma crise de fé. O ser humano fecha-se à possibilidade de relação com o transcendente[2].

Diante desse contexto, é necessário apresentar a fé cristã como possível referencial em um meio social e cultural esfacelado e diversificado. Assumir Jesus Cristo e o Deus cristão que Ele apresenta como possível substrato para encontrar sentido na própria vida.

Nessa perspectiva se encontra essa investigação: verificar se a fé cristã pode apresentar-se como caminho no qual o homem e a mulher modernos reconheçam a si mesmos e respondam às perguntas essenciais da existência. Investigar à luz da Gaudium et Spes se a fé cristã vem ou não “[...] responder, em profundidade, aos anseios do ser humano”[3].

No entanto, diante de uma sociedade que emancipava-se do modelo social de cristandade, a Igreja vê-se muitas vezes, ameaçada e atacada no seu modo de apresentar e viver a fé. Isso gerou sério conflito entre a instituição religiosa e a sociedade moderna. Somente no correr do século XX a Igreja percebeu que era preciso aproximar-se do mundo, escutá-lo.

A teologia, influenciada em grande parte pelo teólogo alemão Karl Ranher (1904-1984), compreendeu que Deus apropriou-se da história humana, inseriu-se nela, manifestou-se, autocomunicou-se ao ser humano e “[...] é então que ele (o homem) precisamente atinge sua realização plena e consumada [...]”[4].

 Em 1962 a Igreja, motivada pela urgência de diálogo com o mundo, com o homem e a mulher, com a história, com os problemas atuais, convoca o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), um grande evento de colegialidade eclesial. Esse Concílio desejou escutar o mundo e a história através do diálogo com as realidades terrenas e as descobertas humanas para, a partir das alegrias e dos problemas hodiernos, redescobrir o modo mais adequado de responder às exigências do tempo atual[5] com um anúncio mais adequado da fé cristã.

Da assembleia conciliar surgiram vários documentos, entre eles, a Constituição Pastoral Gaudium et Spes que procurou “expor a atitude da Igreja em relação ao mundo e aos homens de hoje”[6]. Com esse documento, a Igreja  percebeu que o ambiente, as perguntas e os anseios do homem e da mulher hodiernos são o lugar próprio do anúncio da fé cristã.

A Gaudium et Spes apresenta a fé cristã como a experiência capaz de re-significar a vida humana porque só em Jesus Cristo o mistério do homem se torna claro. Ele trabalhou com mãos humanas, pensou com inteligência humana, agiu com vontade humana, amou com coração humano, foi operário como os homens de seu tempo, experimentou o sofrimento, ou seja, o Ele, “[...] Filho de Deus uniu-Se de algum modo a todo homem”[7].

No meio acadêmico e científico nota-se a crescente preocupação de teóricos, como Libanio, Bauman e outros, com a pluralidade de cosmovisões, de relações e de mudanças que a sociedade enfrenta atualmente. Assim, a relevância dessa pesquisa está nas discussões atuais em torno do tema na Igreja e no mundo. Do ano de 2012 a 2015 comemoram-se os cinquenta anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, em dezembro de 2015 o cinquentenário da promulgação da Gaudium et Spes, documento fundamental nesse projeto. Em 2012 o então Papa Bento XVI convocou o Ano da Fé, 2012-2013, no desejo de despertar e intensificar a reflexão da fé no contexto de profundas mudanças em que a sociedade está atravessando[8].

 

2.    A ADESÃO DA FÉ NO CONTEXTO DA VIRADA ANTROPOLÓGICA


 

Com o advento da modernidade, o antropocentrismo revelou a grande capacidade do ser humano: enquanto proprietário de si mesmo, centro do universo, ele pode criar, escolher para si o que deve ou não ser feito. De acordo com Libanio e Murad, “abre-se à pessoa a oportunidade de criar-se seus fundamentos, seus valores, sua teologia”[9].

Esse processo leva a uma pluralidade de cosmovisões acerca da sociedade, da história, da economia, da cultura, da política, do homem. Mas, a partir de novas concepções subjetivas da realidade Deus, é descartado. Para Moingt[10], “nessa nova visão do universo, o homem pensa de modo diferente sua relação com o mundo, e aquele que outrora se pensava em relação a Deus se pensa agora em função de um mundo vazio de Deus”.

A contemporaneidade “[...] aprendeu a responder todas as questões importantes sem apelar à ‘hipótese Deus’”[11]. Aposta fidedignamente na autonomia da razão, do sujeito. No entanto, algumas inquietações humanas só podem ser respondidas a partir de um fundamento superior à própria realidade, porque tocam no essencial da vida. Exemplo disso é quando o ser humano pensa a morte, o que é ela?[12] Gera-se uma crise de sentido. De um lado o homem que confia sobremaneira nas experiências empíricas, em si mesmo; de outro a incapacidade de lidar com os limites da própria existência.

As indagações a respeito da essência da vida descrevem que o homem ainda não está plenamente satisfeito com o que vê e experimenta na realidade, mas é um ser aberto ao transcendente, “[...] o homem é ser de transcendência”[13].

Mesmo na crise de sentido e de referencial o ser humano tem o desejo de compreender a sua vida, os amigos, o ambiente, a história, o seu mundo, mas não de qualquer forma, “[...] não precisamente de um modo superficial, mas no seu significado último”[14]. Aqui está o objetivo do anúncio da fé cristã: mostrar que a experiência humana é locus de reflexão teológica e dar resposta a essa experiência, por vezes sofrida e confusa.

As mudanças na compreensão do ser humano refletem na sua maneira de viver a fé, afinal “[...] não há fé fora do contexto cultural em que vivemos”[15]. Sendo assim, a virada antropológica se deu também no âmbito da fé. Mas em que sentido? No sentido de que o cotidiano do homem e da mulher são convertidos em lugares da descoberta do agir de Deus[16].

O ser humano é histórico, por isso “[...] possui sua essência eterna como antecipada e entregue a ele em sua liberdade e reflexão à medida que experimenta, sofre e atua na história”, afirma Rahner[17]. É, portanto, na história que Deus, em Jesus Cristo, vem ao encontro do homem e da mulher modernos para comunicar-se a eles, para dar-lhes vida em plenitude.

 

3.    CAMINHOS E PERSPECTIVAS: CONCÍLIO VATICANO II

 

Diante das novas realidades vividas pelo homem e a mulher modernos, a Igreja vê-se na tarefa de estabelecer relação com a sociedade atual. No entanto, de maneira nova, diferente: através do diálogo. A preocupação central é “como evangelizar o mundo de hoje? Como anunciar o Evangelho para o mundo de hoje e como vivê-lo neste nosso mundo?”[18].

A iniciativa eclesial foi a convocação, pelo Papa João XXIII (1881-1963), do Concílio Ecumênico Vaticano II, um evento que mudou a configuração da Igreja. Esse acontecimento colegial resultou em dezesseis documentos: 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações. Representou a dissolução do conflito entre instituição religiosa e mundo moderno porque inseriu a Igreja em novos rumos, novos caminhos e nova perspectiva em apresentar a fé cristã.

João XXIII “[...] queria um concílio de transição de época, que introduzisse a Igreja de sempre numa fase nova de seu caminho”[19], por isso, o concílio deveria exprimir a solidariedade da Igreja por toda a humanidade espelhada na solidariedade de Deus que se inseriu na realidade humana encarnado em Jesus Cristo. O Vaticano II foi, portanto, um impulso inovador, um novo olhar para o mundo e a modernidade vendo-os como um campo pastoral no qual era necessário estabelecer relações de aproximação e diálogo.

O concílio foi o momento de colocar a sociedade moderna em contato com os valores do Evangelho. Representou para a Igreja a oportunidade de “[...] reatar os filões de uma experiência cristã enraizada na vida do povo [...][20]. Colocar a Igreja no meio do mundo para reconhecê-la melhor na beleza de seu ser e missão. Foi o movimento de inclusão Deus-homem, fé-vida, fé-razão.

A Igreja fez o bonito processo de reconhecer-se também em marcha, em caminhada, inacabada, dinâmica, viva, “[...] num mundo que passa, entre criaturas que gemem e sofrem [...]”[21]. O Vaticano II procurou “[...] dar uma versão atual da fé, sem aliená-la no mundo presente”[22].

A proposta inicial de um acontecimento eclesial de cunho pastoral, como foi pensado o Concílio, ficou melhor explícita na Constituição Pastoral Gaudium et Spes. Foi esta constituição que fez o intercâmbio, a relação dialogal Igreja-mundo. No entanto, foi o último documento a ser votado e promulgado (07/12/1965). É dividida em duas partes. A primeira (n. 12-45) reflete a “A Igreja e a vocação do homem” caracterizando-se como um escrito de cunho teológico-cristológico, a segunda (n. 46-90) fala de “Alguns problemas mais urgentes” apresenta a aplicação prática da teologia explicitada no primeiro momento[23].

Já nas primeiras palavras da Gaudium et Spes vê-se a intenção da Igreja em atualizar-se no modo de propor a fé em Jesus Cristo, “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, [...] são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo”[24]. A introdução do documento apresenta a condição da pessoa humana e as mudanças pelas quais a sociedade passa. Percebe a crise de sentido do homem e da mulher modernos.

De acordo com o tema da pesquisa, “A fé cristã à luz da Gaudium et Spes” é na primeira parte do documento que se concentra a perspectiva teológica abordada. Essa primeira parte é dividida em quatro capítulos. O primeiro (n. 11-22)intitula-se “A dignidade da pessoa humana” e expõe o homem enquanto criado à imagem de Deus, mas ferido em sua dignidade pelo pecado. Termina afirmando que “[...] o mistério do homem só se torna claro verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado”[25], porque Jesus Cristo assumiu em si mesmo a condição humana.

O segundo capítulo (n. 23-32)), “A comunidade humana”, fala sobre a relação da pessoa humana com a sociedade tendo em vista a busca e promoção do bem comum. Encerra-se mostrando que Jesus Cristo também quis participar da comunidade humana: falou sempre com todos que encontrou, pregou o amor a todos, submeteu-se às leis de sua pátria, pediu na oração que fossem “um” e se tornassem a família de Deus, ele mesmo “[...] ofereceu-Se por todos como Redentor de todos”[26].

No terceiro capítulo (n. 33-39), “Sentido da atividade humana no mundo”, o texto discorre sobre a atividade humana, suas normas e seu valor, bem como a justa autonomia das realidades terrestres corrompidas pelo pecado. Mas em Jesus Cristo, a atividade humana é levada à perfeição, dado que “o Reino já está presente em mistério aqui na terra. Chegando o Senhor, ele se consumará”[27].

Finalmente, no quarto capítulo (n. 40-45) a constituição trabalha a “Função da Igreja no mundo de hoje” momento em que apresenta a relação mútua entre Igreja e mundo, o auxílio que a Igreja pode prestar ao homem, à sociedade. O desfecho desse capítulo também é cristológico, porque “[...] o Verbo de Deus, [...] Ele próprio Se encarnou, de tal modo que, como Homem perfeito, salvasse todos os homens e recapitulasse todas as coisas”[28], Cristo é o princípio e o fim de tudo.

A Gaudium et Spes, portanto, expressa o encontro pastoral e teológico com o homem e a mulher modernos na perspectiva de uma teologia antropológica na qual a cristologia encontra espaço e é o centro determinante[29]. A constituição apresenta um modo novo de apresentar a fé cristã ao mundo atual. Um modo muito mais dinâmico, vivo, presente e encarnado na realidade como o fez Jesus Cristo. No desenvolvimento do documento, quando apresentadas as diversas realidades humanas, sempre a convergência se dá em Jesus, homem perfeito[30]. O documento pastoral coloca-se a refletir sobre a realidade humana à luz da fé cristã dirigindo-se à humanidade a partir da pessoa de Cristo como aquele que dá sentido à vida porque a vive em sua plenitude. Então a fé cristã pode responder aos anseios mais profundos do ser humano hodierno, porque apresenta um Deus que compreende as situações mais íntimas do homem porque Ele também as viveu.

           

4.    A FÉ CRISTÃ COMO RESPOSTA AOS ANSEIOS DO HOMEM E DA MULHER CONTEMPORÂNEOS


 

            A fé cristã aparece diante do homem e da mulher modernos como possível resposta àquelas perguntas que o mesmo tem dentro de si. Mas o que é a fé? Ou, o que é ter fé?             Primeiramente a fé, diz Segundo, “[...] nos aparece como uma dimensão antropológica absolutamente universal”[31]. Isso quer dizer que a fé está relacionada com o homem, faz parte de seu ser e tem a função de estruturar a existência humana[32].

            Ratzinger afirma que “[...] ter fé significa decidir que no âmago da existência humana há um ponto que não pode ser alimentado e sustentado pelo que é visível e tangível”[33], mas que toca naquilo que não se vê “[...] a ponto de este se tornar tangível para ele revelando-se como algo indispensável à existência”[34].  

            Se a pergunta pela fé parte da vertente cristã, como é o caso dessa pesquisa, é preciso afirmar que “a fé nasce do encontro com o amor gerador de Deus que mostra o sentido e a bondade da nossa vida [...]”[35]. Portanto, a fé “[...] começa por um dom”[36].

            A fé cristã tem, assim, seu ponto de partida em Deus que se apresenta, revela-se, em Jesus Cristo, ao homem e espera dele receber uma resposta: a fé[37]. Esse movimento provoca no homem e na mulher contemporâneos como que um novo nascimento: um “[...] entrar na origem de Jesus Cristo que agora torna a sua própria origem”[38].

A atitude de apropriar-se do modo de vida de Jesus Cristo, Deus-humano, diz respeito ao objetivo desse estudo: olhar a história, os acontecimentos, as angústias e esperanças do ser humano na sociedade moderna a partir do modo de ver e de viver do próprio Deus[39] que viu e viveu a história, os acontecimentos, as angústias e as esperanças da sociedade de seu tempo, perspectiva apresentada pela Gaudium et Spes. Assim, a fé cristã “[...] torna-se luz para iluminar as relações sociais”[40].

A fé cristã, enquanto proclama o amor de Deus pela humanidade a tal ponto de decidir habitar nela, toca o centro, o âmago mais profundo do ser humano, de sua realidade e de suas experiências porque é contato com Aquele que provou a humanidade por completo e está para além dela. Não se esquivou de nada do que era humano, mas viveu em plenitude o todo da condição humana.

Essa atitude de Deus encarnado em Jesus Cristo, é capaz de re-significar a vida, as esperanças e a própria maneira de existir no mundo, porque é entrar na história humana e apropriar-se dela. Porque Deus fez-se homem em Jesus Cristo, pela vivência do mistério humano é que o mistério divino responde, completa, plenifica o próprio homem. Por isso, a fé cristã é muito mais que um simples aceitar passivo da vida e da sociedade, mas um modo de viver “[...] as inevitáveis tensões da nossa condição humana de modo diferente, a saber, com fé, esperança e amor, iluminados e fortalecidos por Deus”[41].

            A fé cristã gera, portanto, a adesão existencial que confere fundamento à vida presente. É justamente aqui que se percebe a grande novidade de apresentar a fé trazida pela Gaudium et Spes. Abraçar a fé, ter fé, assumir uma postura de fé é unir-se à experiência salvífica de Jesus Cristo em favor do homem e da mulher modernos. Somente no tornar-se pessoa de fé, no sentir-se envolvido pelo mistério de Cristo é que o olhar sobre si mesmo, sobre a realidade, sobre a história vai alcançar a plenitude capaz de mudar, transformar, dar verdadeiro sentido à vida, o ambiente em que se vive, trabalha e a própria história tornando-a história de salvação. 

O ato de assumir com Deus a história e a própria história confirma a hipótese de que há uma resposta para os anseios mais íntimos do homem e da mulher modernos e esta é dada pela fé: Jesus Cristo na sua divindade que toca no mais profundo a humanidade. Somente Aquele que viveu a experiência de estar no meio do mundo com todos os seus desafios e esperanças pode compreender o existir humano como carente de sentido e de referencial e pode conferir-lhe razão de ser, plenitude.

5.   REFERÊNCIAS


 

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[1] Cf. BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Tradução de Carlos Alberto de Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. p. 7.
[2] Cf. LIBANIO, João Batista. Eu creio, nós cremos: tratado da fé. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004. p. 79.
[3] Ibid., 2004, p. 31.
[4] RAHNER, Karl. Curso fundamental da fé: introdução ao conceito de cristianismo. Tradução de Alberto Costa. São Paulo: Paulinas, 1989. p. 106.
[5] Cf. JOÃO XXIII, Papa. Discurso de Sua Santidade o Papa João XXIII na abertura do SS. Concílio. Parte VI, n.5. Disponível em: < http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_spe_19621011_opening-council_po.html> Acesso em 02 jul. de 2013.
[6] ALBERIGO, Giuseppe (org.). História dos concílios ecumênicos. Tradução de José Maria de Almeida. São Paulo: Paulus, 1995. p. 433.
[7] COMPÊNDIO DO VATICANO II: constituições, decretos, declarações. Constituição Pastoral Gaudium et Spes. n. 22. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 1977. p. 164.  
[8] Cf. BENTO XVI, Papa. Carta Apostólica sob forma de Motu Próprio Porta Fidei. n. 8. Disponível em: < http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/motu_proprio/documents/hf_ben-xvi_motu-proprio_20111011_porta-fidei_po.html> Acesso em 02 de jul. 2013. 
[9] LIBANIO, J. B; MURAD, Afonso. Introdução à teologia: perfil, enfoques, tarefas. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2007. p. 32.
[10] MOINGT, Joseph. Deus que vem ao homem: do luto à revelação de Deus. v. 1. Tradução de Walter Salles. São Paulo: Loyola, 2010. p. 62.
[11] MOINGT, Joseph op.cit., 2010, p. 64.
[12] Cf. LIBANIO, J. B., op.cit., 2004, p. 82-83
[13] RAHNER, K., op. cit., 1989, p. 46.
[14] BOROS, Ladislau. O Deus da esperança. Tradução de Jésus Hortal. São Paulo: Loyola, 1976. p. 7-8.
[15] LIBANIO, J. B., op. cit., 2004, p. 41.
[16] Cf. LIBANIO; MURAD., op.cit., 2007, p. 34.
[17] RAHNER, K., op. cit., 1989, p. 56.
[18] LORSCHEIDER, Aloísio. et. al. Vaticano II: 40 anos depois. São Paulo: Paulus, 2005. p. 39.
[19] ALBERIGO, Giusepe. Breve histórico do Concílio Vaticano II: (1959-1965). Tradução de Clóvis Bovo. Aparecida (SP): Santuário, 2006. p.187.
[20] Ibid., p. 38-39.
[21] KLOPPENBURG, Boaventura. Tradição e progresso no equilíbrio do Vaticano II. Revista Eclesiástica Brasileira. Petrópolis, v. 28, n. 4, p. 793-809, dez. 1968. p. 799.
[22] TUCK, Jan-Heiner. O que o concílio quis. Disponível em <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/507591-o-que-o-concilio-quis-artigo-de-jan-heiner-tueck> Acesso em 19 mar. De 2012.
[23] Cf. CABRAL, Raquel. Um retorno à Gaudium et Spes quase 50 anos depois. Revista teológica pastoral norte do Paraná. Londrina, v. 4, n. 1, p. 7-18, 2012. p. 11-12.
[24] Ibid., n. 01.
[25] Gaudium et Spes, op.cit., 1979, n. 22.
[26] Ibid., n. 32.
[27] Ibid., n. 39.
[28] Ibid., n. 45.
[29] Cf. CABRAL, Raquel., op. cit., 2012, p. 7-8.
[30] Gaudium et Spes, op.cit., 1979 n. 22.
[31] SEGUNDO, Juan Luis. O homem de hoje diante de Jesus de Nazaré. Tradução de Benno Brod. São Paulo: Paulinas, 1985. p. 10.
[32] Ibid., p. 32.
[33] RATZINGER, Joseph. Introdução ao cristianismo: preleções sobre o símbolo apostólico com um novo ensaio introdutório. Tradução de Alfred J. Keller. São Paulo: Loyola, 2005. p. 39.
[34] Id.
[35] FRANCISCO, Papa. Lumen fidei. n. 51. Disponível em: < http://www.vatican.va/holy_father/francesco/encyclicals/documents/papa-francesco_20130629_enciclica-lumen-fidei_po.html>Acesso em 25 de jul. 2013.
[36] NADEAU, Marie.-Théresé. Crer é viver. Tradução de Jaime A. Chaseu. São Paulo: Paulinas, 2007. p. 14.
[37] Cf. KLOPPENBURG, Boaventura. A fé do cristão católico hoje. Petrópolis: vozes, 2001. p. 26.  
[38] RATZINGER, Joseph. A infância de Jesus. Tradução de Bruno Bastos Lins. São Paulo: Planeta, 2012. p. 19.
[39] Cf. FRANCISCO, Papa., op. cit.,n. 18.
[40] Ibid., n. 54.
[41] MIRANDA, Mário França de. A salvação de Jesus Cristo: a doutrina da graça. São Paulo: Louola, 2004. p. 11.

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