pe. eduardo guimarães

"Quem vos recebe a mim recebe!" Celebramos com muita fé e alegria o 13º Domingo do Tempo Comum. Esse tempo é justamente aquele momento em que vamos colocar em prática toda a experiência que tivemos com o Mestre durante o Tempo Pascal, ou seja, a nossa alegria de ressuscitados com Jesus deve acompanhar a nossa vida o dia-a-dia da nossa vida. Nesse sentido, a Primeira Leitura (2Rs 4,8-11.14-16a) nos insere bem no contexto desse tempo. Conta a história de Eliseu que passou por Sunam. Lá ele eccontrou uma mulher que deu-lhe de comer e posteriormente fez em sua casa um lugar para que ele ficasse sempre que por ali passasse. Nesse sentido, o papel do cristão de hoje é justamente o daquela senhora. É preciso que cada vez mais nos disponhamos a acolher aqueles que vêm até nós, inclusive aqueles que vem falar em nome de Deus. Já a Segunda Leitura (Rm 6,3-4.8-11) nos coloca diante da nossa missão de batizados, que não difere da atitude daquela senhora. Afinal se estamos com Jesus

VENHAM, VENHAM TODOS PARA A CEIA DO SENHOR! O projeto de Deus é que todos nós nos empenhemos para a nossa salvação e para a realização do seu Reino. Por isso Ele não nos deixou só. Muito pelo contrário. Durante toda a história da nossa salvação esteve presente junto de nós. Assim foi no início do mundo, quando nos presenteou com todos os bens da criação. Mesmo na nossa infidelidade, no nosso desânimo frente à vida Deus quis tornar-se presente em nosso meio enviando-nos o seu Filho único para a nossa salvação. E Jesus realizou então o desejo e a vontade de Deus, não simplesmente a sua. Após sua morte e ressurreição enviou-nos o seu Espírito que dá vida e vigor à Igreja tornando-a sempre mais semelhante Àquele que a edificou sobre Pedro, a rocha firme. Porém, Jesus ao deixar-nos o Espírito Santo também permaneceu conosco no maravilhoso sacramento da Eucaristia. Na maravilhosa refeição onde Ele próprio é o alimento que dá a vida, a vida em plenitude. Por isso, venham, venham todos hoje

SANTÍSSIMA TRINDADE: A MELHOR COMUNIDADE Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão. Que esta mesa favoreça, favoreça nossa comunicação”! Depois de celebrarmos com fé e entusiasmo a nossa caminhada de ressuscitados com Jesus Cristo, somos convidados agora a transmitir no dia-a-dia de nossas vidas as alegrias, o testemunho e as esperanças do Ressuscitado e de sua Igreja. É nesse sentido que festejamos hoje a Santíssima Trindade, a melhor comunidade. Celebrar a Santíssima Trindade é celebrar a festa da comunidade, de homens e mulheres que aceitaram e levam a sério em suas vidas a proposta do Evangelho, do Reino de Deus. É por isso que as leituras desta liturgia são muito bonitas e muito ricas para a nossa reflexão e vivência cotidianas. Na Primeira Leitura (Ex 34, 4b-6.8-9) Moisés dirige-se a Deus ainda de noite e conversa com o Senhor chamando-o de Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel. Se celebramos a Trindade Santa, a festa das nossas c

PENTECOSTES: A IGREJA VIVE NO ESPÍRITO DE CRISTO Vivemos com muito entusiasmo a festa da Páscoa do Senhor Jesus e hoje somos convidados a celebrar a Solenidade de Pentecostes. O dia em que todos os discípulos estavam reunidos no mesmo lugar, conforme a Primeira Leitura deste Domingo (At 2,1-11). Então veio do céu uma forte ventania que encheu a casa onde estavam e apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Interessante como São Lucas narra que todos ficaram cheios do Espírito Santo. Como em Jerusalém moravam pessoas de tantas e muitas outras nações do mundo, as pessoas ouviram o barulho e foram ver o que acontecia. Todos ouviram os discípulos falarem em sua própria língua. E Deus faz as suas maravilhas porque a multidão reconheceu esses homens ‘galileus’ e disseram: “todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua”! O Senhor continua ainda a falar pelo seu Espírito nestas línguas diferentes, para povos e pessoas d

PEDRO E PAULO: COLUNAS DA IGREJA Dom Orani João Tempesta, O. Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ A celebração da Solenidade de Pedro e Paulo nos dá ocasião para aprofundar o nosso amor à Igreja e a nossa missão aos povos. Em ambos vemos a nossa missão de discípulos missionários. Pedro e Paulo aparecem como anunciadores do Evangelho para os povos, fundadores de comunidades cristãs e testemunhas de Cristo até o martírio. A festa de hoje associa-os na fé em Cristo e na fundação da Igreja de Roma. Com especial atenção e alto valor teológico, o autor dos Atos dos Apóstolos enfatiza a sintonia entre Pedro na prisão e a comunidade cristã (At 12,1-11, primeira leitura): "Da Igreja subia fervorosamente a Deus uma oração por ele" (v. 5). A libertação milagrosa de Pedro da prisão o torna, então, livre para outros horizontes missionários. São Paulo, na prisão, faz um balanço de sua vida (2Tm 4,6-8.17-18, segunda leitura), dá graças ao Senhor que esteve

A alguns dias terminei de ler o livro "Luz do mundo" de Bento XVI.`É um livro muito bom, livro-entrevista com o nosso Sumo Pontífice. Trata de vários assuntos desde a vida do Papa, o dia-a-dia no Vaticano, os anos em que serviu à Igreja como Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, assuntos sobre a Igreja, sua missão, sua atuação como Pontífice, a sociedade atual e os escândalos e abusos sexuais de padres da Igreja. Gostei muito do livro, inclusive o nosso Papa Bento XVI escreve com muita maestria, muito bem sobre a nossa fé. O fato é que hoje é um dia especial para lembrar esse homem de Deus que completa 60 anos de vida presbiteral. Hoje ele celebra em São Pedro a festa de São Pedro e São Paulo ao mesmo tempo que comemora seu jubileu sacerdotal. Ao nosso Pontífice desejamos todas as bençãos e proteção divinas, bem como um contínuo e longo ministério petrino a serviço da Igreja e do próprio Jesus Cristo. Agradecemos ao nosso Papa Bento XVI por nos apresentar constantem

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lança amanhã, 30, às 15h, na sede da CNBB, o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, referente ao ano de 2010. O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, confirmou presença no evento, juntamente com o presidente do Cimi, dom Erwin Kräutler, além da coordenadora da pesquisa, Lúcia Helena Rangel. Segundo o relatório, no ano passado, 92 crianças indígenas morreram por falta de cuidados médicos ou condições adequadas de saúde da mãe na hora do parto; 60 indígenas foram assassinados e outros 152 ameaçados de morte. Foram registrados 33 casos de invasões possessórias e exploração ilegal de recursos naturais disponíveis em terras indígenas. Pelo terceiro ano consecutivo, o número de assassinatos registrado chega a 60. O Mato Grosso do Sul é campeão com 34 casos, o que representa 56% do total. O Estado possui a segunda maior população indígena do país. Os ín

Nesta nossa vida, o ônibus circular é uma constante. Vai pra lá, vem pra cá tudo na base do "busão" como dizem alguns, inclusive eu. O fato é que tenho percebido algumas coisas bem interessantes. Uma delas é que parece que não se tem mais a idéia de coletivo, de comunidade, de respeito. Muitas vezes tenho ido de cá pra lá e de lá pra cá e, além de encontrar ônibus superlotados onde é preciso sempre andar de pé, alguns não respeitam mais os outros em gestos simples. Prova disso é quando um idoso ou um trabalhador cansado entra 'na ou no(?)' circular. Outra coisa são os celulares e mp3,4,5,6,7,... Fico impressionado como alguns não fazem questão de perceber se estão ou não incomodando. Geralmente vou lendo algum livro ou coisa do gênero, outras vezes conversando, mas o fato é que alguns ouvem músicas em volume muito alto. E sabe o que é pior? Não se tocam de que nem todos ali querem ouvir aquelas músicas. E convenhamos, que músicas!!! O pessoal tem ouvido cada coisa qu

1  CONDIÇÕES E FATORES DA ECLOSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA                Entre meados do século XVIII a Europa Ocidental passou por diversas transformações econômicas e sociais que assumiram um caráter revolucionário, embora tenham ocorrido sem derramamento de sangue. Esse conjunto de mudanças ficou denominado como Revolução Industrial. Do ponto de vista econômico, tal revolução foi, sobretudo, a passagem de um sistema de produção marcadamente agrário e artesanal para outro de cunho industrial dominado pela fábrica e maquinaria.                Mas por que a Revolução Industrial explodiu [1] na Inglaterra e não na França? A França e a Inglaterra eram os dois maiores países da época. A França era um país mais agrícola que manufatureiro, mas a Inglaterra tinha uma maior política econômica de expansão capitalista. Na verdade, enquanto a França vivia a revolução pela liberdade e igualdade, disseminava-se na Inglaterra um diferente tipo de revolução: a Revolução Industrial.