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Mostrando postagens de abril, 2011

DOMINGO - BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II

CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO E A DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS BEATO JOÃO PAULO II, PAPA Carlos José Wojtyła nasceu em 1920 no lugar de Wadowice na Polónia. Ordenado sacerdote, continuou os seus estudos teológicos em Roma, depois dos quais regressou ao seu paíz onde exerceu diversos cargos pastorais e universitários. Foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia, e em 1964 Arcebispo do mesmo lugar. Tomou parte no Concílio Ecuménico Vaticano II. Eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, com o nome de João Paulo II, distinguiu-se pela extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo. Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canónico para a Igreja latina e oriental. Morreu piedosamente, em Roma, a 2 de Abril de 2005, na Vigilia do II Domingo de

MAIO: MÊS DE MARIA

Lendo, no site da cnbb, o artigo de Dom Benedito de Ulhoa Vieira, partilho com vocês este texto que começa a inserir-nos no mês mariano. Boa leitura!!! MAIO: MÊS DE MARIA  Dom Benedicto de Ulhoa Vieira Arcebispo Emérito de Uberaba - MG As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos a Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, deixam ver muito desta privilegiada criatura, escolhida para tão alta missão. São Paulo, na Carta aos Gálatas (4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o seu Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a no-Lo dar. Para que se compreenda a presença de Maria nesta predestinação divina, a Igreja, na festa de 8 de dezembro, aplica à Mãe de Deus, aquilo que o livro dos Provérbios (8, 22) diz da sabedoria eterna: “os abismos não existiam e eu já tinha sido concebida. Nem fontes das águas haviam brotado nem as montanhas se tinham solidificado e eu já fora gerada. Quando se firmavam os céus e se traçava

FAMÍLIA: ESCOLA DE CONVIVÊNCIA

Tem-nos preocupado muito ultimamente a situação da família na sociedade atual. Não raras vezes, vemos testemunhos de pais que não conseguem mais lidar com seus filhos, escutá-los, compreendê-los e ajudá-los diante dos desafios dessa sociedade inteiramente nova, moderna, tecnológica e virtual. Ao mesmo tempo, vemos filhos que não compreendem seus pais, suas limitações e suas manifestações de amor e carinho, bem como a preocupação com seu futuro, sua vida. Não raramente também, a Igreja é questionada por suas posições frente à família, sua constituição e função na sociedade. Alegrou-me imensamente a mensagem do Santo Padre aos participantes do encontro dos responsáveis das Comissões episcopais da América Latina e do Caribe para a família e a vida, realizada em Bogotá. A Igreja, mais uma vez, demonstrou-se muito atual e presente na vida da família. Ela não fecha os olhos diante da realidade, mas busca enfrentá-la com coragem, esperança e fé. Conhece e sofre com as amarguras que sofrem mu

O DESTINO DO NOSSO LIXO

Ontem à noite, como de praxe, estava ledo meu jornal. Costumeiramente leio a Folha de São Paulo e já na primeira página vi a indicação do artigo “Além do saco plástico”. O título interessou-me bastante, afinal estamos num contexto religioso de páscoa e durante toda quaresma, preparação para este tempo pascal, falamos do cuidado com o meio ambiente, com o nosso habitat natural. Mais interesse despertou-me de perceber que o nosso discurso religioso está bem atual e de acordo com a sociedade em que vivemos. O artigo fala do uso das famosas sacolas plásticas dos mercados e aponta uma decisão do governo do estado de São Paulo de abolir as mesmas. Iniciativas iguais foram tomadas já em Jundiaí e em Belo Horizonte , cidade brasileira pioneira nessa idéia. A iniciativa é muito condizente e alternativa para evitarmos a grande poluição ambiental de que tanto temos falado. Além disso, é mais um pequeno gesto que todos nós podemos fazer contribuindo para a nossa própria permanência neste planeta

TRÍDUO PASCAL

Queridos irmãos e irmãs, Amanhã terá início o Tríduo Pascal, em que a Igreja recorda o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Na Quinta-feira Santa, pela manhã, celebra-se a Missa Crismal, onde tem lugar a renovação das promessas sacerdotais e são abençoados os santos óleos para os sacramentos do Batismo, da Confirmação, da Ordem sacerdotal e episcopal e da Unção dos Enfermos. Pela tarde, inicia-se o Tríduo Pascal propriamente dito, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus, pronunciando a bênção sobre o pão e o vinho, antecipou o seu sacrifício da Cruz e concretizou o desejo de perpetuar a sua presença junto dos discípulos. Este dia conclui com a Adoração Eucarística, na qual recordamos e acompanhamos a agonia do Senhor no horto do Getsémani. Na Sexta-feira Santa, guiados por Jesus até a Cruz, somos convidados a adorar Cristo Crucificado, participando nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum. Finalmente, depois do ocaso do Sábado Santo, celebrando a vitória def

DOMINGO DE RAMOS - HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Amados irmãos e irmãs, Queridos jovens! A mesma emoção se apodera de nós em cada ano, no Domingo de Ramos, quando subimos na companhia de Jesus o monte para o santuário, quando O acompanhamos pelo caminho que leva para o alto. Neste dia, ao longo dos séculos por toda a face da terra, jovens e pessoas de todas a idades aclamam-n’O gritando: «Hossana ao Filho de David! Bendito o que vem em nome do Senhor!». Mas, quando nos integramos em tal procissão – na multidão daqueles que subiam com Jesus a Jerusalém e O aclamavam como rei de Israel –, verdadeiramente o que é que fazemos? É algo mais do que uma cerimónia, do que um louvável costume? Porventura terá a ver com a verdadeira realidade da nossa vida, do nosso mundo? Para encontrar a resposta, temos antes de mais nada de esclarecer o que é que o próprio Jesus realmente quis e fez. Depois da profissão de fé que Pedro fizera em Cesareia de Filipe, no extremo norte da Terra Santa, Jesus encaminhara-Se como peregrino na direcção de Jerusa

Cuidar da terra, um compromisso de fé!

Um dia desses estava na internet procurando algum bom comentário sobre o assunto da Campanha da Fraternidade deste ano de 2011. Então encontrei, numa edição de 2007 da Revista Mundo jovem, este artigo de Roberto Malvezzi que julguei muito interessante e agora compartilho com vocês. Boa leitura!!! Cuidar da Terra, um compromisso de fé       A catástrofe anunciada para nosso planeta já está em andamento, atingindo em cheio a própria humanidade e exigindo de nós outra postura em relação a tudo o que nos cerca e do qual fazemos parte. Teremos que aprender rapidamente a dar um destaque de fé para nossa relação com a natureza. Agora é exigido de quem tem fé um compromisso pessoal e social com a “guarda da Terra”.      A cada dia recebemos notícias sobre a situação e as perspectivas do planeta Terra que nos deixam apavorados, por mais otimistas que sejamos em tudo nessa vida. O que mais nos assusta é o aquecimento global. Com ele está vindo o derretimento das geleiras, a elevação do níve

As lutas do povo brasileiro: do "descobrimento" a Canudos

Tive que ler, por orientação do Professor de Filosofia Contemporânea, o livro “As lutas do povo brasileiro: do ‘descobrimento’ a Canudos”. Confesso que não estava muito animado para a leitura deste livro e inicialmente, com muitos preconceitos acerca do assunto. Então comecei a leitura depois de ver alguma coisa sobre Nietzsche, meu filósofo de monografia.   Interessante é que eu estava com sono e rapidamente me despertei por inteiro com uma das primeiras frases do livro: “Nos livros de história, o povo quase nunca aparece”. É uma das maiores verdades que já ouvi, afinal, quem se importou em escrever sobre o que o povo pensa, como o povo reagiu diante das lutas que ele mesmo fez e que, na maioria das vezes, foi derrotado? Quase ninguém. E como o autor mesmo diz: “A partir daí se exerce um controle ideológico tendo por base o seguinte: são os “grandes homens”, os “heróis” e os “santos” que lutam pelas massas, pois elas são incapazes de entender a grande política”. Ele tem razão. No cen

Saudemos com hosanas o Filho de Davi!

Durante cinco semanas nos preparamos para a celebração mais importante da nossa fé: a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Hoje nos reunimos para celebrar a entrada solene e triunfal de Jesus em Jerusalém, lugar da ressurreição, da vitória sobre o pecado e a morte, mas lugar do sofrimento, das dores, da agonia, da morte. Esta é uma celebração forte neste tempo quaresmal porque nos insere no mistério salvífico de Jesus e nos impele a acolher o nosso rei, o rei da nossa fé. Não como outrora, o acolheram em Jerusalém e o crucificaram em seguida, mas como cristãos comprometidos com a sua fé e com seu Salvador, que reconhecem no Mestre Jesus aquele que veio dar a vida par nos salvar. Por isso, é que hoje bradamos em alta voz: “Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas” (MT 21,9)! No início da celebração de ramos, já somos mergulhados no sentido de toda liturgia: “durante as cinco semanas da Quaresma preparamos os nos

“Lázaro, vem para fora!”

Reflexões de um iniciante... Estamos terminando nossa caminhada quaresmal. Mais uma vez, colocamos diante do Senhor Jesus nosso sofrimento e esperança, nossas alegrias e tristezas. O tempo da quaresma é esse momento que temos de, pela graça e misericórdia do Senhor, deixar as coisas das trevas e abraçar a luz verdadeira, Jesus Cristo, O Ressuscitado. Nesse sentido, nessa quinta semana da quaresma meditamos sobre a luz, sobre a vida que vence e domina a morte. Ezequiel (37,12-14) remete-nos às palavras do Senhor que se dispõe a “abrir as nossas sepulturas para conduzir-nos à terra de Israel”. É Deus mesmo quem nos propõe um caminho de renovação, de mudança, de vida longe das trevas, mas de vida no Espírito, que vive em nós e nos ensinar a viver. Concomitante ao texto de Ezequiel, São João (11,1-45) apresenta-nos a narração do “despertar” de Lázaro mediante o poder de Jesus. A quaresma é esse momento de passar da morte para a vida, cujo escopo é o encontro com o Senhor ressuscitado, vi

VIOLÊNCIA

Todos nós brasileiros nos sentimos, de alguma forma, abalados diante da cena de violência daquele jovem de 23 anos ao matar 12 crianças em uma escola no Rio de Janeiro. Esses atos brutais e terríveis nos assustam porque somos um povo pacífico, "gente boa" e muito acolhedor. Somos bons de coração e de atitude. Basta que alguém bata em nossa porta pedindo algo que, mesmo sabendo do perigo em ajudar alguém desconheciso, nos compadecemos e sempre recorremos aqueles que vêm até nós. E quando somos surpreendidos por tragédias como essa ficamos perplexos, espantados, tristes e horrorizados. O certo é que o atirador feriu a vida e a dignidade de muitas pessoas e não pensou ou teve consciência do mal que fazia a si mesmo e aos outros. Podemos condená-lo, crucificá-lo e não matá-lo porque ele já está morto. Mas tudo indica que ele não estava bem mentalmente, que sofria de algum distúrbio ou que algo o levou a praticar esse ato terrível. Devemos condená-lo, claro. Podemos sentir raiva d