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Mostrando postagens de março, 2014

2º DOMINGO DA QUARESMA - "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64, 4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9)

" Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64, 4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1Cor 2, 9) Nesse domingo a liturgia da Igreja celebra o 2º Domingo da Quaresma com o texto bíblico da Transfiguração do Senhor. Jesus toma três de seus discípulos (os seus mais próximos, talvez) Pedro, Tiago e João e leva-os a um lugar à parte, sobre uma alta montanha (Mt 17, 1).  De início percebe-se que não é a montanha que o maligno leva Jesus para oferecer-lhe poder e glória, "[...] mas a montanha na qual os seus mais íntimos vão poder descobrir o caminho que leva à glória da ressurreição" (Pagola).  Nisso aparecem Moisés e Elias conversando com Jesus e a proposta de Pedro que prontifica-se a construir três tendas e a permanecer naquele lugar (Mt 17, 4). Nota-se a incompreensão de Pedro que não percebe que Moisés e Elias, que representam a lei e os profetas, estão orientados e subordinado

O TEMPO DA MISERICÓRDIA - Papa Francisco e o clero de Roma

«Choras? Ou perdemos as lágrimas? Choras pelo teu povo? Recitas a oração de intercessão diante do Tabernáculo? Lutas com o Senhor pelo teu povo? À noite, como concluis o dia? Com o Senhor ou com a televisão? Como é que te relacionas com as crianças, com os idosos, com os doentes? Sabes acariciá-los, ou envergonhas-te de acariciar um idoso?». E ainda: «Conheceis as feridas dos vossos paroquianos? Intuí-las? Estais próximos deles?» O bispo de Roma encontra os sacerdotes da sua diocese para iniciar o caminho quaresmal. Fala-lhes da misericórdia, fazendo uma série de perguntas directas e insistentes. E enriquece a sua reflexão com algumas recordações pessoais, relacionadas com a sua experiência de sacerdote e depois de bispo  em Buenos Aires. Entre outras coisas, conta a história de uma pequena cruz que leva sempre consigo, mesmo se hoje «as camisas de Papa não têm bolsos», disse sorrindo. Conserva-a num saquinho de tecido que tem ao peito, por debaixo da veste. Revela que a tirou d

1º DOMINGO DA QUARESMA - As tentações de Jesus e as nossas

Inicia-se com espírito de penitência e oração o Tempo da Quaresma. Tempo marcado pela caminhada de Jesus pelo deserto e, portanto, nossa caminhada com Ele para que, sofrendo com ele a morte, ressurjamos, com Ele e n'Ele, para a vida que não tem fim. No Primeiro da Quaresma a Liturgia oferece uma profunda meditação sobre a vida de cada pessoa. O grande tema são as tentações que Jesus sofre que não são diferentes das que os homens e mulheres de todos os tempos também passam. Constantemente o maligno vem e oferece um caminho mais rápidos, mais curto, soluções mais fáceis para resolverem-se problemas, sofrimentos e dificuldades. No entanto, a Palavra de Deus aponta sempre o caminho de Deus, a solução que brota do estar junto com o Senhor, porque pode ser mais difícil, mais exigente, mas é aquele que traz a salvação, a felicidade por inteira.  As tentações não aparecem "do nada", não estão perdidas no mundo, mas são fruto do pecado (Gn 2, 7s) como aponta hoje a Primeira

PAPA FRANCISCO - AUDIÊNCIA GERAL

Praça de São Pedro Quarta-feira de Cinzas, 5 de Março de 2014 No tempo da Quaresma, que hoje tem início com a imposição das cinzas, somos convidados a fazer duas coisas importantes: a primeira é tomar consciência mais viva da obra redentora de Cristo, e a segunda é viver com mais empenho o nosso Baptismo. A consideração de quanto Jesus fez pela nossa salvação cria em nós a gratidão; e a forma de agradecer o imenso amor de Jesus, que Se deixou crucificar por nós, é a nossa conversão: é darmo-nos a Ele, amando os nossos irmãos. Não podemos habituar-nos às situações de degrado e miséria que encontramos no dia a dia: pessoas sem abrigo, refugiados sem assistência, lares sem oração, terra sem paz. Por amor da nossa tranquilidade, damo-nos por cansados, deixamos a outros a solução dessas situações, acabamos por nos habituar a elas. A Quaresma é o momento favorável para nos convertermos ao amor do próximo, fazendo nossos os sentimentos de gratuidade e misericórdia de «Nosso Senhor

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2014

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf.   2 Cor  8, 9) Queridos irmãos e irmãs! Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» ( 2 Cor  8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico? A graça de Cristo Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «s endo rico, Se fez pobre por vós ». Cristo, o Filho