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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS - PAPA FRANCISCO

PAPA FRANCISCO AUDIÊNCIA GERAL Praça de São Pedro Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2014 Amados irmãos e irmãs, bom dia! Gostaria de vos falar hoje do Sacramento da Unção dos enfermos, que nos permite ver concretamente a compaixão de Deus pelo homem. No passado era chamado «Extrema Unção», porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Ao contrário, falar de «Unção dos enfermos» ajuda-nos a alargar o olhar para a experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus. 1. Há um ícone bíblico que expressa em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos enfermos: é a parábola do «bom samaritano», no Evangelho de Lucas (10, 30-35). Todas as vezes que celebramos este Sacramento, o Senhor Jesus, na pessoa do sacerdote, torna-se próximo de quem sofre e está gravemente doente, ou é idoso. Diz a parábola que o bom samaritano se ocupa do homem sofredor derramando sobre as suas feridas óleo e vinho. O óleo faz-nos pensar

PAPA FRANCISCO: "[..]a vocação do Bispo, do Cardeal e do Papa é precisamente esta: ser servo, servir em nome de Cristo".

PAPA FRANCISCO ANGELUS Praça de São Pedro Domingo, 23 de Fevereiro de 2014 Queridos irmãos e irmãs, bom dia! Na segunda Carta deste domingo, são Paulo afirma: «Ninguém, pois, se glorie nos homens, pois tudo é vosso: quer Paulo, quer Apolo, quer Cefas, quer o mundo, quer a vida, quer a morte, quer o presente quer o futuro, tudo é vosso; mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus» ( 1 Cor  3, 21-23). Por que diz isto o Apóstolo? Porque o problema que tem à sua frente é o das divisões na comunidade de Corinto, onde se tinham formado grupos que se referiam aos vários pregadores considerando-os seus chefes; diziam: «Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefas...» (1, 12). São Paulo explica que este modo de pensar é errado, porque a comunidade não pertence aos apóstolos, mas são eles — os apóstolos — que pertencem à comunidade; mas a comunidade, na sua totalidade, pertence a Cristo! Desta pertença deriva que nas comunidades cristãs — dioceses, paróquias, associações, mov

HOMILIA DO SANTO PADRE FRANCISCO: "O Cardeal – digo-o especialmente a vós – entra na Igreja de Roma, Irmãos, não entra numa corte".

SANTA MISSA COM OS NOVOS CARDEAIS HOMILIA DO PAPA FRANCISCO Basílica Vaticana Domingo, 23 de Fevereiro de 2014 «A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito» (Colecta). Esta oração, pronunciada no início da Missa, convida-nos a uma atitude fundamental: a escuta do Espírito Santo, que vivifica a Igreja e a anima. Com a sua força criativa e renovadora, o Espírito sustenta sempre a esperança do povo de Deus que caminha na história, e sempre sustenta, como Paráclito, o testemunho dos cristãos. Neste momento, todos nós, juntamente com os novos Cardeais, queremos ouvir a voz do Espírito que nos fala através das Escrituras proclamadas. Na primeira Leitura, ressoou este apelo do Senhor ao seu povo: «Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo» ( Lv  19, 2). E faz-lhe eco, Jesus, no Evangelho: «Haveis, pois, de ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» ( Mt  5, 48). Estas palavras interpelam-nos a todos nós, discípulos do Se

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM - "Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!" (Mt 5, 44)

"Há uma convicção profunda em Jesus. Não se pode vencer o mal à base de ódio e violência. Ao mal só se vence com o bem".  (José Antônio Pagola - O caminho aberto por Jesus: Mateus, p. 81) Celebra-se o 7º do Tempo Comum, tempo de alegria e de esperança, de viver os mistérios da fé no cotidiano da vida e da história. Nesse tempo litúrgico medita-se, de forma particular, a vida de Jesus e seus feitos durante a realização da sua missão de inaugurar o Reino de Deus. Jesus tem sempre um modo muito concreto de anunciar o Reino, de dizer como se deve agir para que ele esteja no meio de cada um e da comunidade toda. No Evangelho desse domingo (Mt 5, 38-48), o Senhor apresenta muito concretamente o seu mandamento novo: "Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem" (Mt 5, 44).  Ao que parece à primeira vista, o mandamento de Jesus é muito exigente e de difícil realização. E isso é verdade. Ele exige da parte do cristão de hoje a renúncia a alguns

CANTAR A QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2014

“’O Apóstolo aconselha aos fieis, que se reúnem em assembleia para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais’ (Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (At 2, 46). Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da missa, tendo em vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembleia litúrgica” . 1 – ABERTURA Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar, Vem não demores mais, vem nos libertar. Venham celebrar o amor de Deus! Pois fez uma aliança com o povo seu. Do nosso serviço, ele é a razão, Ele nos reanima na nossa missão! Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito, Glória à Trindade santa, glória ao Deus bendito. Aleluia irmãs, aleluia irmãos, Do seu povo escolhido ele é a salvação! 2 – RECORDAÇÃO DA VIDA – silêncio – oração – partilha 3 – LEITURA BÍBLICA – Mt 5, 38-48 4 – ORAÇÃO FINAL – Ó Deus, fonte de toda sabedoria, conduze nossos trabalhos ao longo dessa

VERITATIS SPLENDOR, n. 40

Número 40.             Neste número o Santo Padre, João Paulo II esclarece conceitos importantes para a teologia moral. Afirma que “[...] a vida moral exige a criatividade e o engenho próprios da pessoa, fonte e causa dos seus atos deliberados”. Dizendo isso, esclarece que cada um é responsável por seus atos morais, portanto, que a pessoa é a fonte do ato. Existe, nessa ótica, a autonomia da pessoa em relação ao ato moral cometido e, evidentemente, às consequências que tal ato implica.             Apresenta também a carta encíclica que “[...] a razão obtém a sua verdade e autoridade da lei eterna, que não é senão a própria sabedoria divina”. O que é mister nessa asseveração é que esclarece o fato de que a autonomia do ser humano em relação a seus atos morais se dá de acordo com uma lei, que é divina. A pessoa é autônoma enquanto realiza determinado ato conscientemente e intencionalmente, no entanto, não é autônoma no sentido de criar “uma moral” a partir de si mesmo. O critéri

VIDA, DOM DE DEUS

O PRESENTE TEXTO FOI ELABORADO PENSANDO-SE NUMA PALESTRA PARA UM GRUPO DE FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL CATÓLICO TENDO EM VISTA A DOUTRINA MORAL CATÓLICA. Senhores e senhoras, distintos colaboradores deste hospital, boa noite! “Com efeito, cada homem, desde o primeiro momento da sua vida, é o sinal evidente do amor fiel de Deus pela humanidade, é o ícone vivo do ‘sim’ do Criador à história dos homens, uma história de salvação que se realizará em comunhão plena com Ele, na alegria da vida eterna. De fato, cada ser humano, desde a sua concepção, é uma unidade de corpo e alma, possui em si mesmo o princípio vital que o levará a desenvolver todas as suas potencialidades, não só biológicas, mas também antropológicas” [1] .             Nosso desejo hoje é refletir um pouco sobre o valor da vida, tendo como pano de fundo “A vida como dom de Deus”. Nosso instrumento de trabalho será, em grande parte, a Encíclica do Papa João Paulo II Evangelium Vitae [2] . O Evangelho da vida, adver