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Mostrando postagens de agosto, 2012

DOM LUCIANO: o amor tem rosto e tem nome

Celebrando os seis anos de passagem de Dom Luciano Mendes de Almeida, não poderia deixar de lembrar a vida e os exemplos desse memorável homem de Deus. Para isso, sugiro a leitura do texto do Pe. José Antônio de Oliveira que, magistralmente, apresenta-nos Dom Luciano, certo de que o amor tem rosto e tem nome.  Dom Luciano: O amor tem rosto e tem nome No primeiro dia da semana, estando fechadas as portas da UTI do Hospital das Clínicas de São Paulo, Jesus entrou. Aproximou-se do leito de dom Luciano e disse: Vem comigo, bendito de meu Pai! Era o dia 27 de agosto. Festa litúrgica de Sta. Mônica; aquela que, por anos sonhou e lutou pela conversão de um filho. Partia alguém que, por anos a fio, sonhou e lutou pela conversão da sociedade. Era véspera da festa de Sto. Agostinho. Ali estava alguém que tão bem encarnou seu pensamento: “Para vós sou bispo, convosco sou cristão; aquilo é um dever; isto é uma graça”. Lá fora, o sol se punha. Era o ocaso para alguém que vei

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

"Bem aventurada aquela que acreditou..." Hoje a Igreja celebra, com enorme veneração a Solenidade da Assunção de Maria aos céus. Elevada de Corpo e Alma a Deus ela é cooperadora na obra da redenção, nossa medianeira e intercessora junto de Deus.  Foi Ela, que como a mulher da Primeira Leitura (Ap 11,19; 12,1.3-6.10), vestida de sol, do esplendor de sua pureza e virgindade, coroada de estrelas do céu, fez-se humilde e obediente á Palavra do Senhor. Foi essa mesma mulher, Maria Santíssima, que no decorrer da vida de Jesus esteve sempre ao seu lado alegrando-se com Ele, chorando e sofrendo quando Ele padecia por nossos pecados. É essa mesma mulher, Assunta aos Céus, que hoje continua a acompanhar cada cristão na luta contra a maldade do mundo, é Ela que, ainda hoje, aponta para Jesus Cristo como Aquele que veio para governar todas as nações com cetro de ferro.  Ela, Nossa Senhora, é aquela que acreditou (Lc 1, 39-56), que escutou com atenção a Palavra do Senhor e que co

JESUS E A FÍSICA QUÂNTICA

   Semana passada tive a grata satisfação de ler o livro "JESUS E A FÍSICA QUÂNTICA" de Isidoro Mazzarolo. Pela leitura, conclui-se que o autor se ocupou, em sua obra, de tratar aspectos relacionados entre o itinerário missionário de Jesus, suas falas e atitudes, com os príncipios da físisca quântica.    Para tanto, percorreu como que um caminho ao longo de seu escrito, começando por fazer uma distinção entre religião e espiritualidade. Nesse capítulo dá a entender que a espiritualidade tem um papel fundamental na vida do ser humano e que a religião sem esta não é totalmente completa.    Em um segundo momento dala da cosmologia e criação e utiliza um termo interessante, para mim novo, dizendo que o ser humano é um "inquilino transitório no cosmos" - essa expressão utiliza-a na introdução em referência à segunda parte da obra. Além disso, afirma que "Para Jesus, o cosmos é o espaço de Deus e dos homens".    Em seguida esboça a relação entre o ser h

XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

 AINDA TENS UM CAMINHO LONGO A PERCORRER...    Nesse domingo, XIX do Tempo Comum, a Liturgia da Igreja propõe a reflexão sobre o alimento que fortifica a caminhada e que prepara para a vida que não tem fim. Não mais o maná que os pais receberam no deserto, alimento que perece, mas alimento que dá traz a vida eterna, o próprio Senhor Jesus, pão da vida!    É nessa perspectiva que se insere o Evangelho desse domingo (Jo 6, 41-51), o discurso de Jesus sobre Ele mesmo como pão que mata a fome do mundo.  Jesus é aquele que sacia a fome, que alimenta com o pão da eternidade. No entanto, esse Pão vivo descido dos céus não é aceito, querido. É rejeitado por ser apenas um homem simples, da região, filho de um carpinteiro. Mas, não sabiam eles, os que murmuravam, que ali falava o Filho de Deus, o Ressuscitado. Por isso, o discurso de Jesus é para aqueles que fizeram a experiência de estar com Ele. Mas quando se trata desse discurso aos seus, àqueles que já tem consciência de sua m

DEUS EXITE?

Uma boa pergunta para aqueles que creêm. Esse é o tema do livro entrevista de Bento XVI (até então Cardeal Ratzinger - católico), Paolo Flores d'Arcais (ateu) e o entrevistador Gad Lerner (judeu). Por sinal, um debate muito interessante, dado que a diversidade de crenças e de pensamentos é extrema.  Foi com essa ideia que comecei a ler o livro que encontrei na Feira Internacional do Livro em Palmas - TO. Um título intrigante para quem crê, uma experiência fascinante para quem lê. É composto por dois artigos. O primeiro de Ratzinger que fala sobre a "PRETENSÃO DA VERDADE POSTA EM DÚVIDA:  a crise do cristianismo no início do terceiro milênio" que discorre sobre a crise de verdade pela qual o mundo do terceiro milènio vem passando e da qual cada um que vive nesse tempo é testemunha. Nessa ótica, Card. Ratzinger fundamenta seu escrito na verdade que deve ser aceita e compreendia: Deus, o amor supremo. Só esse amor, esse pensamento único de um Deus que se revela como amo

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Hoje a Igreja celebra o XVIII Domingo do Tempo Comum, tempo de graça e esperança na vida da Igreja e dos cristãos. Hoje a Palavra de Deus orienta a viver segundo a vida de Cristo e não apenas dos milagres que Ele faz. Ou seja, o interesse maior em seguir a Jesus é perceber como é seu modo de viver e se relacionar com o Pai e com os irmãos e fazer o mesmo na vida cotidiana. Por isso, a liturgia proporciona uma boa lembrança do que Deus mesmo fez com os pais na fé e com o povo que Ele mesmo libertou do Egito (Ex 16, 2-4.12-15). Foi Deus quem enviou o maná para que o povo se alimentasse e não passasse fome nem murmurasse contra o Deus que os tirou da escravidão.  De modo semelhante, no Evangelho (Jo 6, 24-35), Jesus retoma a mesagem do Êxodo, mas reforça que o povo o procurou porque ele tinha alimentado a multidão em outra ocasião e adverte para que a preocupação não seja demasiada com os bens terrenos, passageiros, mas com aqueles que não perecem, que duram a vida eterna. O que

XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Bastariam dois pães e dois peixes e o milagre do amor, pra acabar com tanta fome, acabar com tanta dor! Neste domingo, a Igreja vive na sua Liturgia a celebração festiva da multiplicação dos pães. Os discípulos, evidentemente vendo tantas pessoas preocuram-se com o que dar de comer para aquela multidão (Jo 6, 1-15). No entanto, esqueceram-se que do pouco Deus faz muito, pois "comerão e ainda sobrará" (2Rs 4, 43).  É desse pouco que Jesus faz o milagre do amor, da partilha, da divisão do que tem pouco para o que nada tem. Por isso, a vida da comunidade cristã deve sempre ser suportada pelo amor, pela humildade e mansidão (Ef 4, 1-6) para que o milagre do amor continue a acontecer ainda hoje saciando a fome material, mas também a fome de justiça, de paz, de fraternidade, de liberdade e de amor!

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

... eram como ovelhas sem pastor! Na liturgia deste domingo há, sobretudo, um convite para a unidade que o Senhor faz a cada cristão. É ele mesmo quem vai reunir o resto de suas ovelhas, aquelas que estão dispersas e a fará voltar aos seus campos, lugares que se reproduzirão e multiplicarão (Jr 23, 1-6).  É esse mesmo Senhor que fará ainda nascer um descendente de Davi para reinar. Mas será um rei diferente, aquele que tem compaixão, que ama, que vê as ovelhas sem pastor e coloca-as perto de si, para descansar, para curar, para amar (Mc 6, 30-34). É por este descendente de Davi, Jesus Cristo, que todos serão unidos, "Ele é a nossa paz", diz Ef 2, 14. Por ele tem-se acesso ao Pai pelo Espírito.