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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

1º DOMINGO DA QUARESMA

"Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus" Com fé e esperança, a Igreja inicia sua caminhada para a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. É momento forte de oração e da prática do jejum e da esmola pelos cristãos. É tempo ainda de volta para Deus que sempre está de braços abertos a acolher aqueles que rasgam o coração para Ele e o acolhem na vida e na caminhada cotidiana. Nessa perspectiva, o tempo quaresmal é propício para re-avaliar a caminhada de fé, a adesão á proposta de Jesus e do Reino que ele veio anunciar. Recordamos, nesse sentido, na Liturgia dominical, a aliança que Deus mesmo fez com o seu povo (Gn 9, 8-15) e o rompimento dessa aliança de amor por parte do homem. Este não quis selar definitivamente seu pacto com Deus e foi infiel. Por isso, Cristo morreu, ou seja, para nos conduzir novamente a Deus (1Pd 3, 18-22). Jesus restabelece, pelo batismo, a nova aliança com o Pai por me

"Que a saúde se difunda sobre a terra" (Eclo 38,8)

"Vosso Filho, Jesus Cristo, em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos e de todos os sofredores, sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude" A Quaresma é o tempo que leva o homem ao encontro com o Cristo crucificado-ressuscitado. Nesse sentido, a esmola, o jejum e a oração indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza e misericórdia de Deus para uma vida nova que brota do sacrifício da Cruz e da Ressurreição do Senhor. Dessa maneira, atingidos pelo amor que Deus manifesta a cada um, a Igreja no Brasil estende esse amor a todas as situações que também devem ser transformadas para que todas as pessoas possam ter a vida plena no Reino que é de Deus, mas também nosso à medida que nos entregamos ao projeto de construí-lo já entre nós. Para concretizar esse amor, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança todos os anos a Campanha da Fraternidade que reflete e contempla as situações em que a vida está ameaçada e/ou necess

LUMEN GENTIUM

O Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965) foi a reunião dos Bispos e representantes religiosos de todo o mundo em vista de uma renovação ( agiornamento ) da fé. Como resultado desse grande encontro eclesial, foi elaborado o documento “Compêndio do Vaticano II” que consta de quatro constituições, oito decretos e três declarações. Nesse sentido, para nós cristãos, é necessário conhecer sobre a Igreja, sobre a vida de comunidade, tendo em vista que nossa fé é comunhão com Deus e com os irmãos. E é, justamente, a Constituição Dogmática Lumen Gentium que discorre sobre a Igreja. Dividida em oito capítulos, a Lumen Gentium quer mostrar aos fiéis o mistério da Igreja. “A Igreja é em Cristo como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo gênero humano” (n. 1). Ela é uma instituição divina, preparada na história do povo de Israel, fundada pelo próprio Jesus Cristo e manifestada a nós pela efusão do Espírito Santo. É o Povo de Deus que tem por c

SINAL LITÚRGICO DAS CINZAS - Bento XVI

SANTA MISSA, BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Basílica de Santa Sabina Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012 Venerados Irmãos Queridos irmãos e irmãs Com este dia de penitência e de jejum — Quarta-Feira de Cinzas — iniciamos um novo caminho rumo à Páscoa de Ressurreição: o caminho da Quaresma . Gostaria de meditar brevemente sobre o sinal litúrgico das cinzas, um sinal material, um elemento da natureza, que na Liturgia se torna um símbolo sagrado, muito importante neste dia que dá início ao itinerário quaresmal. Antigamente, na cultura judaica, o uso de colocar sobre a cabeça cinza em sinal de penitência era comum, combinado muitas vezes com o vestir-se com um saco ou com trapos. Para nós cristãos, ao contrário, há este momento único, que tem aliás uma notável relevância ritual e espiritual. Antes de tudo, a cinza é um destes sinais materiais que levam a criação dentro da Liturgia. Os principais são evidentemente os dos Sacramentos: a água, o óleo, o pão e

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Com a celebração da Quarta-feira de Cinzas a Igreja inicia sua caminhada penitencial em vista da conversão pessoal e comunitária para melhor viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. É, o tempo quaresmal, espaço privilegiado para penitenciar-se a si mesmo através das práticas de caridade, de amor, de jejum, esmola e oração. É momento em que o próprio Cristo acompanha cada cristão na luta contra o mal, os vícios e os pecados que acometem o ser humano na caminhada rumo à pátria definitiva. Nesta primeira celebração da Quaresma, a Liturgia nos remete aos mistérios da bondade e compaixão de Deus por seu povo quando este ouve do profeta (Joel 2, 12-18) que é tempo de voltar para o Senhor com todo o coração. Mais do que isso, é necessário rasgar não as vestes, mas o próprio coração - ou seja - a própria alma, o interior para que volte-se ao Senhor Deus, que é vosso Deus. Essa volta, inclusive o tempo quaresmal é essencialmente tempo de volta, repercute no que cada fiel t

TESTEMUNHAR A ALEGRIA DO AMOR DE CRISTO - BENTO XVI AOS NOVOS CARDEAIS

CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA COM OS NOVOS CARDEAIS   HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Bas í lica Vaticana Domingo, 19 de Fevereiro de 2012 Senhores Cardeais, Venerados Irmãos no episcopado e no sacerdócio, Amados Irmãos e Irmãs! Na solenidade da Cátedra de São Pedro Apóstolo, temos a alegria de nos reunir à volta do altar do Senhor, juntamente com os novos Cardeais que ontem agreguei ao Colégio Cardinalício. Para eles, em primeiro lugar, vai a minha cordial saudação, agradecendo ao Cardeal Fernando Filoni as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. Estendo a minha saudação aos outros Purpurados e a todos os Bispos presentes, como também às ilustres Autoridades, aos senhores Embaixadores, aos sacerdotes, aos religiosos e a todos os fiéis, vindos de várias partes do mundo para esta feliz ocasião, que se reveste de um carácter especial de universalidade. Na segunda leitura, há pouco proclamada, o apóstolo Pedro exorta os «presbíteros» da Igreja a serem pastores zelosos e solícitos

7º DOMINGO DO TEMPO COMUM

A Eucaristia é sempre o momento de encontro com Deus misericordioso e cheio de bondade. Sendo assim, a Liturgia do sétimo Domingo Comum vem mostrar que a fé de cada cristão é capaz de tocar o coração de Deus Pai e receber dele o perdão dos pecados e a cura das doenças. Para tanto, é necessário ouvir a voz do Senhor que se manifesta diariamente a cada um na sua Palavra que é palavra de vida e de amor. É abandonar as coisas antigas e passadas e não olhar para fatos antigos (Is 43, 18-19.21-22.24-25), as deixar com que o próprio Deus faça coisas novas e realize o seu plano de amor sobre cada um. É nesse sentido que Jesus dá cumprimento à Palavra do Pai de fazer coisas novas e novas todas as coisas. Trouxeram-lhe um paralítico, mas não conseguindo chegar até Ele abriram o teto e desceram o doente. Jesus, em sua infinita misericórdia e na íntima sintonia com o Pai perdoa os pecados daquele homem (Mc 2, 1-12). No entanto, algumas autoridades refletiam no coração como Jesus podia fazer tais

OS SACRAMENTOS NA VIDA*

Acabei de ler o livro de Leonardo Boff, "Os sacramentos da vida e a vida dos sacramentos". É um livro muito bom, rápido de ser lido porque contém, na versão que tenho, apenas 80 páginas. No entanto, é um livro com um conteúdo riquíssimo, cheio de coisas belas sobre a vida dos sacramentos e a vida do Povo de Deus que vive os sacramentos diariamente. O autor enfatiza que o homem não é apenas aquele que manipula seu mundo, mas alguém capaz de ler a mensagem que o mundo carrega em si, ou seja, o homem é capaz de ver e viver sacramentalmente o mundo a partir do momento que consegue dar sentido à própria existência. É o ser humano enquanto sabedor da possibilidade de viver em Deus todos os momentos da própria vida e história. É o homem, não apenas enquanto homem, mas como o maior sacramento de Deus em Jesus Cristo, sacramento vivo de Deus. Fazer das coisas e do mundo um sacramento é perceber que essas mesmas coisas evocam algo maior; permanecem na realidade, mas trazem e dizem al

SER SAL e nada mais...

Terminei, a pouco, de ler o livro "Sal da terra: o cristianismo e a Igreja Católica no limiar do terceiro milênio" de Joseph Ratzinger. Foi uma leitura bastante enriquecedora e, por isso, desejo aprtilhar alguns aspectos que mais refletiram na minha leitura e percepção pessoa. O livro é uma entrevista, ou um diálogo, com Peter Seewald, onde o Cardeal, até então, reflete alguns assuntos interessantes e até polêmicos da fé cristã católica. Importante que começa fazendo um percurso na vida do entrevistado, no qual ele relata algumas experiências pessoas, familiares e da Igreja. Depois como padre, professor, Bispo, Cardeal e Prefeito da COngregação para a Doutrina da Fé. Vou destacar apenas alguns elementos do livro que merecem alguma atenção, mas lembro que o mesmo merece uma leitura atenta e orante. São alguns momentos em que o Papa fala sobre a Igreja e os fiéis. 1) Cristianismo: experiência de novidade - sim, principalmente no nosso tempo, o Cristianismo deve ser uma novidad

6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Celebrando o 6º Domingo do Tempo Comum, a Igreja nos orienta a refletir sobre os perigos que existem na nossa vida, sobre os pecados e as enfermidades que carregamos dentro de nós. Assim, acontece desde há muito na história da salvação. É o caso da Liturgia da Palavra deste domingo. Na Primeira Leitura (2Rs 5, 9-14) vê-se Naamã que vaia té Eliseu para obter a cura. No entanto, Eliseu, homem de Deus, manda um mensageiro dizer a Naamã que é necessário se banhar para ficar puro.  Naamã, evidentemente, esperando uma acolhida diferente, fica irritado e, inicialmente, não entende o conselho de Eliseu. Enfim, seus servos o fazem refletir e ele entra no rio, banhando-se sete vezes e saindo limpo, purificado. Essa leitura se relaciona com o Evangelho (Mc 1, 40-45). Jesus tem o poder de curar e cura o leproso. É importante perceber que a ação do leproso é de total confinaça na pessoa e no poder de Jesus: "Se queres, podes curar-me". Parece-nos que a Liturgia desse final de semana diz

5º Domingo do Tempo Comum

Hoje a Igreja celebra o 5º Domingo do Tempo Comum. A caminhada desse tempo para os cristão é constantemente a decisão de seguir a Jesus no caminho cotidiano da vida, em todos os aspectos da existência. É a decisão de perceber que sem a pessoa de Jesus, sem um encontro pessoal e marcante com Ele, a vida perde o sentido, o homem não se torna realmente feliz, não consegue suportar e viver as dificuldades e os próprios limites. Nesse sentido, a Liturgia ajuda a perceber que seguir Jesus não é, deveras, o caminho mais fácil e tampouco o mais recompensador. Seguir Jesus é, por vezes, encontrar-se doente, sofrendo, sem respostas diante de alguma situação em que se vive. Mas é, sobretudo, a possibilidade de passar por tudo isso com esperança, com alegria, com uma paciência divina na certeza de que alguém caminha com cada pessoa, com cada comunidade. Que os nossos passos não são dados sozinhos, mas que há um Outro que ama, que acolhe, que está conosco. É enteder que a vida é um sopro (Jó 7, 1-

4º Domingo do Tempo Comum

Celebramos, com alegria e esperança, a quarta semana do Tempo Comum. Tempo forte de encontro com Deus e encontro com os irmãos no dia-a-dia da história da pessoa humana. Neste domingo, refletimos na Palavra de Deus a importância dos profetas Dt 18, 15-20). A importância e urgência de homens e mulheres em travar um contato íntimo com Deus e possibilitar aos demais a mediação com o Absoluto.á ainda O profeta é aquele que escuta Deus, que reza, que prega e que revela, mas também que denuncia, que coloca-se ao lado dos que sofrem e são perseguidos. Por isso, há ainda falsos profetas que querem apenas enganar e esvaziar o coração das pessoas com promessas que não são de Deus, com inquietações que não são as provenientes do Reino de Deus. O profeta deve ser, antes de tudo, aquele que se preocupa com o mundo no sentido de fazê-lo mais parecido com a vontade e o querer de Deus. É como o homem/mulher livres de preocupações (1Cor 7, 32-35). É o despojado totalmente para que Deus realize através

MENSAGEM PARA A QUARESMA - 2012

Esté se aproximando o Tempo Quaresmal. Tempo na Igreja de viver a conversão pautada na oração, no jejum e na esmola. Todos os anos, o Santo Padre publica uma Mensagem para que os cristãos vivam melhor esse Tempo na caminhada rumo ao Reino definitivo. Nesse sentido, faz-se necessário conhecer tal mensagem para que a quaresma seja uma realidade de mudança interior de vida que reflita nas atitudes e comportamentos diários. Esse ano o Papa escreve a partir da carta aos Hebreus, 10, 24 "Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras". Sua mensagem está divida em três momentos fortes: 1) Prestar atenção - o outro. É frequente na sociedade na qual estamos inseridos, tornar-se alheio e indiferente ao outro, à sua vida, seus problemas, as dificuldades que enfrenta. Nesse sentido, é urgente a atitude de cuidar do próximo, procurar o seu bem. No mundo em que perdeu o sentido e significado de bem e mal, urge a necessidade de reafirmar o sentido do bem e,

Bispos de todo o mundo pedem perdão

Ontem, 7 de fevereiro de 2012, Bispos de todo o mundo pediram perdão, em Roma em uma vigília penitencial, por todos os abusos sexuais cometidos por padres e que não foram devidamente responsabilizados por tais atos. A Igreja, nesse momento, torna-se, para os cristãos, modelo de humildade e de reconhecimento das falhas cometidas. Mesmo sendo uma parcela ínfima de seus ministros ordenados, a instituição reconhece que é necessário pedir perdão ao Bom Deus e misericórdia e também a todos quantos foram ofendidos por esses atos humilhantes. A nós, cabe rezar por todas as vítimas ao longo dos anos e rezar pela Igreja que embora santa, é pecadora também. "Na conclusão, uma senhora irlandesa que quando adolescente foi vítima de abusos, Marie Collins, tomou a palavra diante da cruz e em nome das vítimas, rezou: 'Senhor, ofendido pelos homens, homem de dores, para nós é difícil perdoar aqueles que nos fizeram mal; somente a tua graça pode nos conceder este dom; pedimos-te a força de uni