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Mostrando postagens de janeiro, 2012

CRISTIANISMO: experiência de novidade

Aprecio muito os textos de Bento XVI. Acredito que é um Papa para o nosso tempo, para os grandes intelectuais da modernidade e para o povo simples - no jeito próprio que o Sumo Pontífice tem de tocar o mais íntimo dos corações. O fato é que comecei a ler o livro "O sal da terra", e estou encantado com as palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger. O assunto que mais desperta atenção, entre tantos, é o tema desse escrito: "Cristianismo como experiência de novidade". Nos nossos dias, parece que a Igreja, o Cristianismo tem perdido, cada vez mais, a credibilidade, ou melhor, deixa (aos poucos) de ser aquela Igreja de maioria, de grandes espetáculos, de reunião de grandes massas. Isso é fato. No entanto, com algumas crises que a Igreja enfrenta atualmente e não só ela, mas a sociedade de modo geral (a violência, a depreciação e descrédito dos valores, a desvalorização e relativização da família, as drogas, os vícios, a corrupção política, dentre tantos outros) o Cristi

Silêncio e palavra: caminho de evangelização - MENSAGEM PARA O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES

A Santa Sé publicou hoje a Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. O título da Carta é "Silêncio e palavra: caminho de evangelização". Nessa mensagem, nosso Supremo Pastor traz à nossa reflexão uma bonita e útil abordagem sobre a importância do silêncio na comunicação. É através dele que conseguimos tomar as decisões de forma mais adequada, mais acertada. É pelo silêncio que conseguimos refletir nossas ações, retomar o caminho, quando é necessário, expressar-se de formas diferentes, escutar as pessoas e ter um contato mais íntimo com a Palavra de Deus e com Deus mesmo. Além de tudo isso, o Papa ainda ressalta que no mundo tão conturbado e cheio de palavras, de falas diversas, o silêncio pode ser o grande meio da evangelização. Por ele certamente chega-se ao íntimo de Deus e das pessoas. Silêncio e palavra: caminho de evangelização Amados irmãos e irmãs, Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco

3° DOMINGO DO TEMPO COMUM

"LEVANTA-TE E PÕE-TE A CAMINHO" Continuando a caminhada do tempo Comum, vivemos o 3°ingo desse tempo de esperança, de caminhada com Jesus na vida e na história de toda a humanidade. Hoje, de forma especial, Jesus quer atingir, através da Liturgia, a todos e espera de cada um que refaça o caminho que Ele mesmo fez um dia. Jesus quer que cada um se coloque a caminho, mas não sozinho, com Ele. Na Liturgia da Palavra deste domingo surgem dois aspectos centrais de reflexão. primeiro o resumo da pregação de Jesus, depois a vocação dos primeiros discípulos. Como bem escreve São Paulo (1Cor 7, 29-31), o tempo está abreviado e a figura deste mundo passa. O que se vive aqui não é eterno, mas passageiro como a noite. Até Jesus a humanidade viveu o tempo da promessa e da espera. Tempo em que Deus enviou profetas e mensageiros para que todos se convertessem e esperassem a vinda do Messias. Com Jesus realizou-se o cumprimento da promessa de Deus. O seu Reino foi instalado entre os homens

2° DOMINGO DO TEMPO COMUM

"Eis o Cordeiro de Deus" Celebramos neste domingo o 2° Domingo do Tempo Comum. Após fazermos a caminhada do Advento em preparação para oNatal do Senhor e vivermos este Tempo de graça, retornamos à nossa caminhada no Tempo Comum. Para nós, cristãos, o Tempo Comum não é um momento vazio de sentido, mas aquele tempo em que procuramos caminhar com Jesus, tempo em que conferimos sentido à nossa caminhada cotidiana. Tempo esse de viver tudo aquilo que ouvimos e aprendemos nas grandes celebrações do Tempo do Natal. Por isso, a Igreja, sabiamente, nos propõe este momento de concretizar a nossa fé, de testemnhá-la na vida. No início desse tempo da esperança, a liturgia oferece a nós o tema da vocação e da missão de Jesus na celebração de hoje. Para iniciarmos a caminhada de fé, a iniciativa é sempre de Deus, para realizarmos algo na vida, a iniciativa, o chamado parte sempre de Deus como no caso de Samuel (1Sm 3, 3b-10.19). Samuel escutava alguém chamá-lo, mas pensava que era Eli. No

COMPREENDER PARA CRER... 50 anos do Vaticano II

COMPREENDER PARA CRER... Este ano de 2012 é, para nós católicos, ano de grande graça do Senhor. É um ano especial porque celebramos os 50 anos da Abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, 21° Concílio da Igreja. O Concílio, em simples palavras, é uma reunião das autoridades eclesiásticas para discutir e deliberar sobre questões de fé, da doutrina da Igreja, assuntos pastorais, dentre outros. O Concílio Vaticano II teve início no dia 11 de outubro de 1962 com o pontificado de João XXIII e foi encerrado em 8 de dezembro de 1965 pelo Papa Paulo VI. De acordo com João XXIII [1] , diante da grande crise da sociedade moderna, o Concílio deseja “por em contato com as energias vivificadoras e perenes do evangelho o mundo moderno” . Pensando desse modo, se voltarmos nossa atenção para a Igreja, perceberemos que ela nunca permaneceu inerte aos acontecimentos, mas seguiu passo a passo a evolução dos povos, o progresso científico, as revoluções sociais e não deixou, evidentemente, de denunciar

"CRISTIANISMO: o mínimo do mínimo"

Terminei de ler, a pouco, este livro de Leonardo Boff, "Cristianismo, o mínimo do mínimo" . É um livro muito interessante que discute alguns temas do cristianismo e aponta algumas pistas de reflexão e ação contemplados pelo autor nos seus variados escritos. Ao ler este escrito, percebi ser de grande utilidade para os cristão, porque aborda de forma simples e espiritualizada a realidade do cristianismo, Deus enquanto Mistério, a pessoa de Jesus, o Deus-Truindade e o cristianismo na história. De forma muito particular gostei muito da parte 3, tópico 2: "Um sonho: o Reino de Deus". O teólogo trata de maneira linda o sonho de Jesus, o sonho de instaurar o Reino de Deus aqui e agora. Também muito útil foi a esplanação sobre o Pai-Nosso, neste mesmo item. É um livro que merece ser lido e apreciado pelos católicos. É bem verdade que o autor  não poupa críticas à Igreja e à hierarquia. Mas, para bons leitores as opiniões diversas ajudam a formar o próprio ponto de vista.

EPIFANIA DO SENHOR

“Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo” Celebramos hoje a festa da Epifania do Senhor, ou seja, da manifestação de Deus a todos os povos da terra. A liturgia desta celebração é muito bonita e cheia de sentido, porque nos faz entender que o Cristo que se manifesta a todas as nações, manifesta-se a nós e não nos deixa parados no comodismo, mas nos anima a também manifestá-lo aos outros. Toda a celebração desse tempo forte e único do Natal do Senhor nos motiva a abrir o coração e a vida para que Deus habite no meio de nós. Por isso, São Paulo nos adverte (Ef 3, 2-3a.5-6) que se soubéssemos da graça que Deus tem nos concedido ao realizar o seu plano a nosso respeito e por nos fazer conhecer o seu mistério. Porque o Pai não revelou estes mistérios às gerações passadas, mas no-lo revela, agora, a nós transformando-nos num só corpo em Cristo Jesus. Deus fez com que nós nos sentíssemos um só na pessoa de Jesus. Por isso veio habitar entre nós, manifestou-se no nosso meio. Por

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS - Dia Mundial da Paz

“Ó Deus, que pela virgindade fecunda de Maria destes à humanidade a salvação eterna, dai-nos contar sempre com a sua intercessão, pois ela nos trouxe o autor da vida.” (Oração da Coleta) QUANDO SE COMPLETOU O TEMPO PREVISTO, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher (Gl 4, 4-7). Quando celebramos a Solenidade da Santa Mãe de Deus somos levados a contemplar a importância de Maria na história da salvação. Deus quis que, por uma mulher, seu Filho viesse ao mundo. Ele mesmo quis se encarnar no ventre de uma mulher, pura, santa e imaculada a seus olhos. Para nós, cristão, o essencial na vida e na pessoa de Maria é olhá-la como nosso exemplo, como estrela que aponta para o grande Sol da nossa vida e história: Jesus Cristo. Para nós é necessário ter as atitudes de Maria – guardar todas as coisas no coração (Lc 2, 16-21). Maria é aquela que nos ensina a viver do jeito de Jesus, da maneira que Deus quer. Foi ela que, por primeiro se entregou à vontade do Pai. Foi ela que soube entender

NATAL DO SENHOR – MISSSA DO DIA

“Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas e pelo qual também ele criou o universo.” Celebramos hoje a Solenidade do Natal do Senhor. É Deus mesmo quem vem nos fazer companhia, quem habita entre nós. Deus não mais nos fala como outrora disse a nossos pais pelos profetas, por homens e mulheres de boa vontade, mas ele fala-nos por meio de seu Filho, a quem constituiu rei e herdeiro de todas as coisas (Hb 1, 1-6). É Deus mesmo que se faz homem e vem nos falar do seu modo, do seu jeito, na sua própria pessoa. É Deus mesmo quem faz com que o seu Filho venha ao mundo para que nos constitua também seus filhos e filhas sejam congregados numa só família. É o Pai mesmo quem faz com que o Filho, na ação do Espírito, torne-se um de nós – menos no pecado. Ele agora é o grande mensageiro. Como nos diz o Profeta Isaías (52, 7-10): como são belos os pés do

NATAL DO SENHOR – MISSA DA NOITE

“HOJE, NA CIDADE DE DAVI, NASCEU PARA VÓS UM SALVADOR, QUE É O CRISTO SENHOR” Nesta noite santa, em clima de grande solenidade, comemoramos o Nascimento de Jesus. Toda a nossa vida de fé adquire sentido e vigor com o Natal de Jesus. Ele mesmo vem a nós para nos salvar. O povo, que andava na escuridão, pode agra alegrar-se porque a salvação chegou até nós (Is 9, 1-6). Deus veio iluminar a nossa vida, o nosso coração, a nossa história. A opressão que o povo sofria teve fim, porque o nosso Deus não quis mais ficar olhando-nos dos céus. Ele mesmo quis fazer-se como nós em tudo, menos no pecado, para nos garantir a salvação e para mostrar que a humanidade pode ser santificada, pode tornar-se mais divina, mais de Deus. É por isso que grande deve ser a nossa alegria, porque hoje nasceu para nós o Salvador, o Cristo Senhor (Lc 2, 1-14). Deus veio morar entre nós. Deus quer provar das nossas alegrias, dos nossos sofrimentos, angústias, Ele quer viver conosco para ensinar-nos a viver, amar-no

4° DOMINGO DO ADVENTO

“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Hoje iniciamos a última semana do Tempo do Advento. Com alegria, vivemos estes últimos dias em preparação para a vinda do Senhor. É Jesus mesmo que se faz presença entre nós. É Jesus mesmo quem deseja habitar no nosso meio para nos trazer a paz. Deus, na sua infinita misericórdia, não abandona seus filhos, antes se preocupa com eles, constrói uma casa para os homens (1Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16). Mas não constrói qualquer casa, mas casas vivas, casas onde o povo pode viver tranqüilo e em paz. Casas estáveis onde o seu Reino seja permanente. É Deus mesmo quem tem o poder de confirmar a nossa fé, de nos edificar como casas vivas, de confirmar-nos na fidelidade ao evangelho (Rm 16, 25-27). É Deus mesmo quem manifesta-se a nós. E manifesta-se na forma de um menino, vai até uma jovem, uma virgem (Lc 1, 26-38). Preocupada, a virgem – Maria – não entende (de início) a mensagem do anjo enviado por Deus. Mas o anjo a relata que ela, na sua simp

3° DOMINGO DO ADVENTO

“Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” Rumando em direção ao Natal do Senhor celebramos o 3° Domingo do Advento, tempo bonito de espera e de conversão, de mudança de vida e de atitude de cristão. Tempo de escutar a voz do Senhor e de espalhá-la, anunciar sua mensagem, apontar para Jesus, a luz da nossa vida. É assim que a alegre liturgia desse dia nos convida a esperar o Senhor. É preciso exultar de alegria em Deus, porque ele nos veste com as vestes da salvação (Is 61, 1-2a.10-11). É momento ainda de perceber que o Espírito do Senhor que esteve com João Batista, com Jesus está conosco também e nos incentiva a proclamar o ano da graça, dar a boa-nova aos humildes. Anunciar a graça de Deus aos mais simples é permanecer sempre alegres, rezar sem cessar (1Ts 5, 16-24). É dar graças a Deus em todas as circunstâncias e, mais ainda, não apagar as moções do Espírito em nós. É deixar com que Deus opere em nós a santidade de espírito, de alma e de corpo é perceber

2° DOMINGO DO ADVENTO

“... esperais com anseio a vinda do Dia do Senhor...” Continuando nossa caminhada na expectativa da chegada do Senhor, celebramos o 2 Domingo do Advento. Esse tempo de espera é, sobretudo, tempo de ação. Tempo de preparar os caminhos do Senhor, porque ele vem (Is 40, 1-5.9-11). Vem com poder e seu braço tudo dominará. Ele vem como pastor para apascentar o seu rebanho, para reunir todas as ovelhas, inclusive as que estão desgarradas. É necessário preparar os caminhos do Senhor, porque o tempo de Deus é muito diferente do nosso tempo, do tempo dos homens. Para Ele mil anos são como um dia e um dia como mil anos ( 2Pd 3, 8-14). Sim, preparar os caminhos porque o Dia de Deus chegará e nós, que esperamos novos céus e uma nova terra, poderemos contemplar Deus face a face. Assim, os mensageiros de Deus, como o fora João Batista, vem à frente d’Ele para aplainar as estradas, para levar-nos à conversão, ao perdão dos pecados (Mc 1, 1-8). No entanto, o mensageiro nunca é maior do que o Senhor.

1° DOMINGO DO ADVENTO

“Nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, jamais olhos viram que um Deus, exceto tu, tenha feito tanto pelos que nele esperam” Iniciamos, com um sentimento de grande e ativa espera, o Tempo do Advento. Tempo esse marcadamente de vigilância, de conversão, porque é momento de preparação para a chegada de Jesus, nosso Salvador. Ao mesmo tempo, iniciamos um novo ano litúrgico, uma nova caminhada com o Senhor rumo ao Reino definitivo que começa já, no aqui e agora da nossa vida. Nesse ano chamado “B” meditaremos o evangelista Marcos que nos aponta, no seu evangelho, quem é Jesus. Sendo assim, começamos nossa caminhada de preparação para o Natal do Senhor. Ele vem vindo e nos visitará. Preparemos bem o nosso coração para que o Senhor encontre a nossa casa limpa, alegre e cheia de fé e boas obras. É preparar-se para o encontro do Cristo que vem. Nesse sentido, a Palavra de Deus nos orienta e nos anima. O profeta Isaías (63, 16-17; 64, 2-7) nos faz louvar a Deus pela sua bonda

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

Hoje celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Celebrar Jesus como rei é vê-lo e senti-lo como único Senhor da nossa vida e história. É entender que o reino que Jesus   veio instaurar vai muito além dos reinos que estamos acostumados a ver e viver. Jesus vem nos apresentar seu reino de amor, de justiça, de paz, fraternidade, solidariedade, humildade – valores e atitudes que não condizem com os reinos da exploração, da injustiça, do consumismo, egoísmo, individualismo e tantos outros males que afligem a nossa época. O Reino de Jesus é o Reino de Deus, é o Reino onde todos nos sentimos irmãos, onde somos livres, felizes e nos sentimos família de Deus e família de irmãos. Celebrar a festa de Jesus Cristo Rei é – mais uma vez - percebê-Lo como o pastor que cuida das ovelhas (Ez 34, 11-12.15-17). É entender que é o Senhor mesmo quem vem procurar suas ovelhas e tomar conta delas. É Ele mesmo que resgata a cada uma, vai atrás da que se perdeu. É esse Jesus que mostra que a mo

33° DOMINGO DO TEMPO COMUM

“... SEJAMOS   VIGILANTES E SÓBRIOS” Celebramos o 32° Domingo Comum na alegria e na certeza de que Deus nos ama e caminha conosco. A liturgia da Palavra deste domingo nos convida a permanecermos vigilantes para que o Senhor, ao voltar, não nos surpreenda como um ladrão, mas encontre-nos sóbrios e vigilantes (1Ts 5, 1-6). Essa vigilância, esse cuidado em estar preparado para o Dia do Senhor é portar-se como uma mulher forte, que é a segurança da família, que dá alegria e não desgosto (PR 31, 10-13.19-20.30-31). A vigilância verdadeira é, portanto, fazer frutificar os talentos que Deus nos concede (Mt 25, 14-30). É receber os talentos de Deus, sejam cinco, dois ou um. Mas recebê-los e fazê-los “render”, frutificar, para que quando o patrão voltar estejamos prontos para recebê-lo e entregá-lo muito mais do que aquilo que ele nos confiou. Que o Senhor Jesus ajude-nos a viver a vigilância e a sobriedade, valores que nos fazem participar Reino nos céus, e que nos disponhamos a viver esta s