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Mostrando postagens de junho, 2012

ESPIRITUALIDADE PASTORAL: como superar uma pastoral sem alma

Livro de Salvador Valadez Fuentes, presbítero mexicano, é fascinante no seu modo de tratar das questões pastorais que, não só o padre, mas todos os leigos enfrentam no dia-a-dia da vida paroquial.  O autor divide seu escrito em sete partes contendo, cada uma delas, assuntos interessantes de se trabalhar na paróquia com os líderes de comunidade e pastorais. Assim sendo, desenvolve uma boa conceituação dos termos da Espiritualidade Pastoral como elemente constitutivo da iaconia eclesial, sobretudo na importância da experiência de Deus como fundamento. Depois aponta alguns elementos da pastoral na Sagrada Escritura, fonte da fé dos cristãos e testemunho dos primeiros seguidores de Jesus. Em seguida, Pe. Salvador apresenta o modelo do Cristo, Bom Pastor, como referência de toda atividade pastoral e o ministério pastoral como seguimento e caminho de plenitude passando pelas vias da conversão pastoral, do discernimento e da "ascese" como experiências místicas de Deus. Contin

A ORAÇÃO COMO ENCONTRO - Anselm Grun

Terminei de ler, esses dias, esse precioso livro de Anselm Grun. Diante dos grandes desafios que a cultura pós-moderna colcoa hoje sobre as pessoas, é interessante a reflexão que o autor faz sobre a oração. Primeiro, coloca a oraão como experiência de encontro. Experiência esta que pode se dar de duas maneiras: estar diante de Deus como Aquele que me ouve, mas que eu não trato realmente da minha vida e situação e estar diante de Deus como Aquele que sabe tudo a respeito de mim e, portanto, posso estar interiamente livre diante D'ele e rezar com a minha vida, alegrias e sofrimentos, trsitezas, sofrimentos e esperanças.  O autor divide seu livro em duas partes. Primeiro apresenta a oração como encontro consigo mesmo, encontro com Deus, diálogo com Deus e silêncio diante de Deus. Nesse momento o autor quer dizer o que é a oração, ou seja, um encontro inicialmente consigo mesmo no sentido de rezar com tudo aquilo que se é, depois um encontro com Deus, com o autor da vida e criador

XI DOMINGO DO TEMPO COMUM

"... MAS ELE NÃO SABE COMO ISSO ACONTECE" A Igreja celebra com entusiasmo e esperança o XI Domingo do Tempo Comum. Nesse domingo, deseja refletir sobre o Reino de Deus instaurado por Jesus e continuado por cada cristão chamado a ser semeador desse Reino. Nesse sentido, o Evangelho desse domingo fala claramente que o Reino de Deus se assemelha com alguém que espalha a semente na terra, mas não vê a semente nascer e crescer. O Reino de Deus é semelhante porque, em Jesus, cada um espalha também a semente, mas não vê a grandiosidade do Reino acontecer de forma visível, chamativa, mas na simplicidade de uma semente que vai germinando aos poucos. O Reino de Deus é ainda semelhante à semente de mostarda, que é a menor das sementes, mas concretiza-se numa frondosa árvore. Assim é o Reino, com aparência pequena e simples, é capaz de tornar-se uma imensa árvore para salvar os filhos de Deus e acolhê-los na eternidade (Mc 4, 26-34).  Tudo isso, porque Deus é aquele que diz e

AUDIÊNCIA GERAL, 20 DE JUNHO DE 2012

Queridos irmãos e irmãs, Muitas vezes, quando nos dirigimos a Deus é para pedir ajuda numa necessidade. Contudo, a nossa oração deve ser caracterizada não tanto pela petição, como sobretudo pelo louvor, agradecimento, à glorificação a Deus, que é nosso Pai e nos demonstra diariamente o seu Amor. No primeiro capítulo da Carta de São Paulo aos Efésios, temos um significativo exemplo de oração cristã. Aqui, o Apóstolo das gentes bendiz a Santíssima Trindade pela sua ação na história: o Pai, que nos escolheu e nos chamou à santidade antes da criação do mundo, o Filho, que nos remiu pelo seu sangue, e o Espírito Santo, que nos foi dado como penhor da nossa redenção definitiva e da glória futura. Tal é o desígnio amoroso de Deus na história da humanidade e na nossa história pessoal. Na oração nós nos abrimos à contemplação deste grande mistério, e aprendemos a ver os sinais deste desígnio misericordioso no caminho da Igreja, que, com a Palavra e os Sacramentos, nos insere c

ANGELUS, 10 DE JUNHO DE 2012

Amados irmãos e irmãs! Hoje, na Itália e em muitos países, celebra-se o Corpus Christi, ou seja, a solene festividade do Corpo e Sangue do Senhor, a Eucaristia. É tradição sempre viva, neste dia, realizar procissões solenes com o Santíssimo Sacramento, pelas ruas e nas praças. Em Roma, esta procissão já foi realizada a nível diocesano na quinta-feira passada, dia exacto desta celebração, que todos os anos renova nos cristãos a alegria e a gratidão pela presença eucarística de Jesus no meio de nós. A solenidade do Corpus Christi constitui um grandioso acto de culto público à Eucaristia, Sacramento no qual o Senhor permanece presente inclusive para além do tempo da celebração, para estar sempre connosco, ao longo do transcorrer das horas e dos dias. Já são Justino, que nos deixou um dos testemunhos mais antigos acerca da liturgia eucarística, afirma que, depois da distribuição da Comunhão aos presentes, o Pão consagrado era levado pelos

ANGELUS, 3 DE JUNHO DE 2012

Prezados irmãos e irmãs Não encontro palavras para dar graças por esta Festa de Deus, por esta comunhão da Família de Deus, que nós somos. No encerramento desta celebração, uma grandiosa acção de graças a Deus que nos concedeu esta grande experiência eclesial. Quanto a mim, dirijo um profundo agradecimento a todos aqueles que trabalharam por este acontecimento, a começar pelo Cardeal Ennio Antonelli, Presidente do Pontifício Conselho para a Família — obrigado, Eminência! — e pelo Cardeal Angelo Scola, Arcebispo de Milão — obrigado! Inclusive por este bonito templo de Deus que nos concedeu. Agradeço a todos os responsáveis pela organização e a todos os voluntários. E estou feliz por anunciar que o próximo Encontro Mundial das Famílias terá lugar no ano de 2015, em Filadélfia, nos Estados Unidos da América. Saúdo o Arcebispo de Filadélfia, D. Charles Chaput, e agradeço-lhe desde já a disponibilidade oferecida. Saúdo as famílias dos diversos países de língua portuguesa,

AUDIÊNCIA GERAL, 13 DE JUNHO DE 2012

Amados irmãos e irmãs O encontro quotidiano com o Senhor e a frequência dos Sacramentos permitem abrir a nossa mente e nosso coração à sua presença, às suas palavras e à sua acção. A oração não é apenas o respiro da alma mas, para usar uma imagem, é também o oásis de paz no qual podemos ir buscar a água que alimenta a nossa vida espiritual e transforma a nossa existência. E Deus atrai-se a Si, faz-nos subir ao monte da santidade, para estarmos cada vez mais próximos dele, oferecendo-nos luz e conforto ao longo do caminho. Esta é a experiência pessoal à qual são Paulo faz referência no capítulo 12 da segunda Carta aos Coríntios, sobre o qual desejo meditar hoje. Diante de quantos contestavam a legitimidade do seu apostolado, não enumera as comunidades que fundou e os quilómetros que percorreu; não se limita a recordar as dificuldades e as oposições que enfrentou para anunciar o Evangelho, mas indica a sua relação com o Senhor, uma relação tão intensa a ponto de ser cara

X DOMINGO DO TEMPO COMUM

Neste final de semana a Igreja celebra o X Domingo do Tempo Comum. Dia do Senhor, o Domingo, é dia de reunir-sem comunidade para celebrar e viver a fé que é comunhão, tornar-se família de Deus.  A Liturgia da Palavra desse domingo é interessante. Já na primeira leitura (Gn 3, 9-15) aparece o homem, Adão, escondendo-se de Deus porque está em situação de pecado, estava nu. Mas só tinha essa consciência de sua nudez porque comeu do fruto proibido por Deus. A desobediência é sinal de pecado, é atestar contra a vontade do Pai que tudo oferece com amor para que os homens sejam felizes. Na segunda leitura, Paulo (2Cor 4, 13-5,1) mostra que o homem não ficará imerso no pecado, porque Aquele que ressuscitou dos mortos poderá ressuscitar também a todos e clocá-los ao lado de Deus nos céus. Para tanto, é necessário e eficaz que a graça de Deus cresça entre os que crêem no Cristo para a maior glória de Deus. Afinal, não é o desânimo que sutenta a caminhada, mas o olhar voltado para as coi