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ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA

1.      Defina o conceito de Antropologia Teológica.
Pode-se definir antropologia por estudo do homem, ou seja, aponta que o homem é o objeto do estudo. No entanto, o ponto de vista abordado é teológico, assim define-se antropologia teológica como o estudo do homem em sua relação com o Deus Uno e Trino revelado em Jesus Cristo.
2.      Qual a pergunta na doutrina cristã da criação no conjunto da dogmática?
As perguntas são sobre o destino do mundo e do ser humano: de onde, por que e para onde. Perguntas essas comuns nas tradições religiosas, afirma o autor.
3.      Quais os dois textos de estudos iniciais da Antropologia Teológica?
a)      Javista. Gn. 2,4b-3, 24 – segundo esta tradição, o homem é criado depois de todas as coisas e interpreta-se ainda que a ele Deus confia a responsabilidade de cuidar e de administrar o que antes já existia: a criação.
b)      Sacerdotal. Gn. 1,26-27 – de acordo com essa tradição, o ser humano foi criado antes dos animais e das plantas a fim de trabalhar e organizar a criação de acordo com o que necessita.  
4.      Reflexão Sistemática.
a)      Descreva a ação criadora de Deus.
A ação criadora de Deus tem, segundo o autor, duas tarefas. De um lado responder a pergunta do por que existe o mundo e não o nada e de outro responder a pergunta de como Deus é ativo criadoramente, ou seja, por que cria. Para o Vaticano I os bens da criação revelam a beleza do Criador e sua bondade. Deus não age em benefício próprio, mas age por amor às criaturas, para fazê-las participar da sua vida e de sua plenitude. Assim o interesse de Deus na criação não é si mesmo, mas antes um transbordamento de amor, um sair de si, o processo Kenótico, de rebaixamento para que o homem se dignifique. Nessa perspectiva, em Jesus Cristo se dá a realização da plenitude da salvação, ou seja, Cristo possibilita o conhecimento último da vontade de Deus com o mundo criado. Com Ele abre-se na esperança de completude da criação, ou seja, na perspectiva escatológica de que Deus irá consumar a criação com a vida eterna.
b)     O que é imanência e transcendência?
É possível pensar na imanência e transcendência de Deus pelo testemunho das Escrituras e da tradição no sentido de interpretação e confissão do Deus criador como aquele que é transcendente à sua criação e imanente à ela. Transcendência no sentido em que Deus é essencialmente diferente de sua criatura, não apenas em grau, mas oposto a ela. Já na sua imanência, Deus é ligado intimamente à sua criação, é ‘um’ com ela. Com a imanência Deus habita em tudo que é, permanecendo sempre transcendente, ou seja, distinto do ente individual como aquele que fundamenta o ser do ente inicialmente e permanentemente.
c)      Deus cria “do nada” ou de sua plenitude?
A tradição cristã descreve a ação criadora de Deus com vistas à origem, ou seja, como uma criação a partir do nada. É uma afirmação que pode ter sentido negativo na perspectiva de eliminar mal entendidos da ação criadora quanto positiva enquanto descreve a ação criadora de Deus. Na criação ex nihilo está expressa a grandeza de Deus, bem como seu poder e majestade. No entanto, é uma afirmação complexa aparentemente porque traz muitos problemas. Por exemplo, quando se usa a partícula ‘de’ dá-se a entender que já existe algo anterior à criação. Outra questão que deve ser entendida é que Deus não cria na necessidade de resultado, mas como liberdade e perfeição de seu ser. Deus cria em sua plenitude, porque cria a partir da pura bondade, doando-se desinteressadamente e concedendo à sua criação autonomia, mesmo permanecendo dependente dele. Outro problema quando se fala da criação ‘do nada’ é a questão temporal. Deus não cria a partir de dados cronológicos, mas ontológicos. Não existe a pergunta ‘antes’ da criação, porque não há um antes e um depois, mas uma permanência no ato criador de Deus, eternamente.
A ciência afirma a existência de algo antes, da evolução cósmica. No entanto, a teologia continua afirmando a criação ex nihilo como plenitude do ser de Deus, ou seja, Deus chamou tudo do não-ser ao ser; tempo, matéria e espaço devem sua existência ao seu querer espontâneo. As ciências, ou mesmo a capacidade humana, no entanto, não consegue abarcar a totalidade do mistério de Deus, a própria metafísica da criação. Entretanto, o mais importante não é descrever o ‘como’ do curso do mundo, mas tomar seu ‘por que’ por motivo para louvar a Deus pela existência da beleza da criação e por toda a bondade experimentada.
d)     Como explicar a possibilidade criadora de Deus de ação criadora própria.
O discurso da ação criadora de Deus fala da sua atividade que proporciona origem e duração para possibilitar a transição do não-ser para o ser, bem como para preservar a criatura. Assim, a atividade de Deus para cuidar o ser criado deve ser descrita como criação a partir do nada, porque por si só, a criatura não se mantém, mas necessita sempre do cuidado de Deus. Assim, é sempre um chamamento do Criador do não-ser para o ser. Aqui ganha sentido a afirmação da criação constante e permanente de Deus enquanto dá subsistência ao ser criado. Para compreender melhor essa relação da possibilidade criadora de Deus e da ação criadora própria é necessário entender alguns termos: criação, preservação e desenvolvimento.
Deus coloca o que é contingente (criatura) no tempo e o conserva nele. O próprio tempo enquanto duração para o ser criado é ação de Deus que tem que acontecer sempre para que a criatura não caia novamente no fora do tempo. Criação e preservação são, então, dois conceitos que descrevem realidades próximas no sentido de que expressam o mesmo cuidado de Deus que cria sempre. O termo desenvolvimento pressupõe as mudanças do contingente permitidas por Deus porque a atividade criadora de Deus já é dinâmica, possibilita o desenvolvimento.
Nesse sentido, entende-se, mais uma vez, a relação entre a criação de Deus e ação criadora própria na perspectiva de que a coisa criada se desenvolve, transcende, supera em virtude da ação criadora de Deus no processo evolutivo. Assim, o ser criado por Deus deve ser concebido de tal modo que potencialmente permita um desenvolvimento próprio, porque Deus, mesmo no processo permanente de criação, capacita-a para aproveitara as possibilidades nela colocadas por ele próprio e nisso superar suas possibilidades estando sempre em direção a algo mais: a Deus como felicidade última e plena. Com esses argumentos fica evidente que Deus é Criador ativo em todos os tempos e capacita a sua criatura mantendo-a na existência para um autodesenvolvimento, cujo resultado é o novo, não atingível por forças criaturais, mas possibilitado pela bondade divina. 
e)      Sê Deus conduz o mundo, como explicar o sofrimento?
Para entender o sofrimento humano é mister partir da seguinte premissa: Deus concede à coisa criada origem, duração e sentido (alvo). Deus cria e confere liberdade e autonomia, portanto a criatura tem a possibilidade, inclusive, de perverter a boa obra da criação, dar as ‘costas’ à Deus, por exemplo. Sendo assim, o conceito de ‘previdência’ é importante porque é a experiência de um Deus que planeja previdentemente todo o bem que pode ser experimentado para seu povo.
Em Tomás de Aquino fica mais claro esse conceito quando afirma que Deus conduzirá a seu alvo a sua criatura, ou seja, que a salvação em Deus está garantida em Jesus Cristo. Nesse sentido, o sofrimento é entendido não como imposição divina, ou participação de Deus no sofrimento como causa, mas como permissão. Deus permite o mal não porque não ama suas criaturas, mas porque as deu liberdade e porque pode transformar um mal em bem (Santo Agostinho).
Entretanto, a salvação pode sofrer os limites das escolhas humanas pelo absurdo, pelo mal, pela indiferença ao projeto de salvação de Deus. O sofrimento configura-se, então, não como oriundo de Deus, mas como unido a um evento global maior que é expressão da liberdade do mundo e da escolha de caminhos indiferentes a Deus e sua providência (Gisbert Greshake).
Deus não quer o sofrimento, por exemplo, para que os homens aprendam com ele, mas quer a salvação dos mesmos. Sua obra de salvação opõe-se à desgraça do sofrimento, mas faz com que esse ainda leve o ser humano à sua consumação escatológica. Essa esperança futura motiva e encoraja a lidar com a sofrida realidade de injustiças concretas e de indiferenças frente à proposta do Reino de Deus.
f)       A partir do homem Adão, explique o valor da evolução humana.
Primeiramente é necessário considerar que o surgimento da vida não se deve ao acaso, mas à vontade criadora de Deus. Depois, é mister afirmar também que a noção de vida humana pode fortalecer a consciência crente da ação maravilhosa de Deus na criação do homem. Assim, a encarnação, o nascimento, o surgimento da vida deve ser entendido como uma revelação irrevogável do direcionamento da autocomunicação de Deus ‘bem-sucedida’ e perfeita para uma resposta criatural.
Desse modo, a evolução humana a partir do homem Adão só pode ser compreendida a partir da revelação de Deus em Jesus Cristo como ‘novo Adão’, aquele que resgata a criação inteira redimindo-a e salvando-a. Deus revelou em Jesus Cristo, de modo irrevogável, escatológico-definitivo, que o alvo da criação, sua consumação na comunhão com seu Criador é atingível e será atingido. Assim, cada estágio evolutivo no processo da humanização de Deus visa a esta como sua causa-meta e adquire dela seu valor próprio. O evento da auto-revelação de Deus no homem Jesus Nazaré é, como evento histórico, um momento concreto do processo evolutivo, segundo a convicção cristã, porém, um momento que abrange todo o desenvolvimento humano.
g)      O homem como ser relacional.
Para entender o homem como ser relacional há que se recorrer à Escritura quando afirma que o mesmo é criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 26s). Ora, sendo imagem do seu Criador, a criatura humana pode-se compreender como um ser capacitado de uma existência relacional porque existe já uma capacidade dialogal impressa no ser ‘imagem’, ou seja, uma orientação, um impulso para a comunhão com Aquele que cria. O próprio ser criado tem consciência dessa relação com Deus e pode dar-lhe forma sendo responsável por esse processo relacional.
No entanto, o homem não é relacional apenas com O que o criou, mas com o mundo. Em um primeiro momento como oposto à criação não-humana no sentido de co-responsabilidade e preservação de toda a natureza, o bem-estar da criação. O homem também é possibilitado de se entender e enxergar como ser corporal-espiritual, tende para o totalmente Outro, para além de si, para a sua verdadeira Imagem, relacionando-se também com as ‘outras imagens’, homens e mulheres. Assim, esse ser criado manifesta-se historicamente como comunhão inter-humana, ou seja, o ser humano se realiza com ser-homem ou ser-mulher e a partir disso surgir uma nova vida pela relação íntima de sexos, acontecendo a ação criadora criacional, a fecundidade criadora.
Como homem e mulher, o ser humano é imagem de Deus, retrato de sua natureza amorosa que abrange a criação e a comunhão. O ser humano é ser relacional porque só pode ser compreendido como eu, como indivíduo, a partir do tu. Assim, a partir da realidade relacional com o outro, o homem e a mulher tomam consciência do eu e se transformam si mesmos porque se relacionam, amam, elogiam, criticam, saem do mundo pequeno do eu para o grande mundo do nós. Com isso, nota-se que toda pessoa vive em relação com os outros, ao menos intencionalmente, procura compreensão e reconhecimento, e nisso descobre a fundamentação de sua existência.
h)     Universalidade e socialidade do pecado humano.
O que se torna importante na experiência da vida cristã é entender que a origem do mal não está em Deus, mas se encontra no comportamento humano e que a liberdade do ser humano para o bem não está totalmente destruída, embora os homens sempre também sofrem derrotas na luta contra a tentação para o mal e o pecado. A partir disso, é evidente que o sofrimento experimentado pro todos os homens de todos os tempos não é vontade de Deus para a sua criação.
Para justificar então a universalidade do pecado, os teólogos o vêem a partir do ‘pecado hereditário’, ou seja, o pecado que todos carregam por causa do pecado do primeiro homem, Adão. Juntamente com a universalidade do pecado, é preciso perceber que conjuntamente a isso vem a necessidade da redenção da humanidade. No entanto, essa universalidade do pecado está intrinsecamente ligada à sociabilidade do mesmo. Isso tendo em vista a responsabilidade pessoal pelo mal, pelo ato pecaminoso. Mas como? O indivíduo está limitado em sua capacidade de escolher o bem, ele é gerado dentro de um contexto de vida que, de fato, exclui a possibilidade de viver sem pecado. Entretanto, a partir de Jesus Cristo, o novo Adão, a redenção atinge a todos os salvando.
O discurso da universalidade do pecado leva, então, ao chamado à conversão que se funda na vontade humana e na sua tendência para o bem apontando para a realização de uma vida salutar. Toda essa discussão sobre a universalidade e sociabilidade do pecado faz ver, mais uma vez, a dimensão relacional do ser humano no sentido do envolvimento de todos numa comunhão de destino, na qual o ato de uns não fica sem efeito sobre o fazer e o sofrer dos outros.
Por fim, essa relação de comunhão apresentada leva também a Jesus Cristo enquanto concede serenidade e alegria em face da salvação que, em última análise não depende do próprio fazer, mas já foi conquistada por Deus de modo escatológico-definitvo como possibilidade para todos: como redimidos, co-herdeiros de Cristo (Cf. Rm 8, 17)
i)        Mundo visível e invisível.
Para falar de mundo é preciso ter em mente o uso corrente dessa expressão e seus múltiplos significados. Isso faz notar que aqui se apresenta numa perspectiva teológico-bíblica, como designação da totalidade da realidade criada, de todos os espaços e de todos os tempos. Mostra, de outra forma, a responsabilidade do homem pela preservação do mundo, da terra e sua natureza, da criação não-humana.
Em relação ao mundo visível e invisível, trata-se de partir do Credo Niceno-Constantinopolitano que confessa a fé em Deus que tudo criou, céu e terra, “o mundo visível e invisível”. Primeiramente, a percepção do mundo invisível recorda e anuncia a Deus como Criador também dessa realidade. Ele é o Criador de tudo. É o transbordamento de amor de Deus que socorre no perigo e garante a vontade salvífica. Seria o mundo dos anjos, da realidade espiritual, mas sem muita referência na doutrina da Igreja lembrando, sobretudo, o IV Concílio de Latrão que confessa que Deus é autor de todas as coisas, visíveis e invisíveis, corporal e espiritual, mundo dos anjos e mundo terreno.  Outra interpretação do mundo invisível faz referência à proteção de Deus, bênçãos e, de outro modo, a influência do mal.
Quanto ao mundo visível se recorda todo o mundo criado e colocado ao conhecimento e experiência do ser humano para cuidar, preservar e dele retirar o sustento de sua vida, como apontado no início dessa questão.
j)       O tempo do mundo.
A tradição judeu-cristã entende o tempo como grandeza criada, da qual se pode falar somente com relação ás demais realidades criadas. Estendido entre um princípio atemporal e um fim também atemporal, o tempo do mundo é um presente de Deus, no qual a realidade não-divina, portanto, temporal, pode alcançar o conhecimento de Deus e participação na vida temporal-eterna de Deus.
Nesse contexto, a concepção de tempo tem várias interpretações e percepções. Ás vezes um conceito qualitativo de tempo, a experiência do quanto o tempo é determinado pelos conteúdos de vida, sensação etc. O tempo nota-se, é então percebido menos como uniforme, de momentos de igual valor, do que por experiência que marcam a vida cotidiana de alegrias ou tristezas.
k)     O fim do tempo e do mundo e a consumação da criação.
Evidentemente toda a vasta discussão da origem do mundo e do mecanismo temporal não exclui, antes aponta para a preocupação com o futuro, o fim de toda realidade criada. Os estudiosos apontam para uma catástrofe cósmica. Já para um olhar e compreensão teológica, não-científica, portanto, essas especulações não eliminam a experiência da fé numa consumação da criação, porque ela não é concebida como uma consumação no tempo e, sim, como uma transformação do mundo em uma forma imperecível.
O espaço de vida de Deus, o ‘céu’, a ‘nova criação’ é, para a consciência humana, uma realidade que não passa, que não está no temporal-terreno, mas no eterno. Assim, a reflexão teológico-criacional entende a forma e duração de toda a realidade como sempre e permanentemente dependente da vontade de Deus constante, livre. A partir de si, o ser humano não pode ter em mente o que acontecerá no hoje ou no amanhã em sua própria vida. Portanto, a atitude adequada à fé é perceber o significado único de cada momento.

De modo algum, porém, o futuro da realidade criada, portanto do mundo e do tempo, é incerto, mas já se tornaram, pela ação de Deus em Jesus Cristo, que tem em Deus a promessa da consumação. Crer em Deus, o Criador, é confiar na Sua automanifestação segundo a qual tudo tem sua origem no Deus vivo e tudo está chamado à eterna comunhão com ele. 

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