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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL



CONDIÇÕES E FATORES DA ECLOSÃO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NA INGLATERRA

               Entre meados do século XVIII a Europa Ocidental passou por diversas transformações econômicas e sociais que assumiram um caráter revolucionário, embora tenham ocorrido sem derramamento de sangue. Esse conjunto de mudanças ficou denominado como Revolução Industrial. Do ponto de vista econômico, tal revolução foi, sobretudo, a passagem de um sistema de produção marcadamente agrário e artesanal para outro de cunho industrial dominado pela fábrica e maquinaria.
               Mas por que a Revolução Industrial explodiu[1] na Inglaterra e não na França? A França e a Inglaterra eram os dois maiores países da época. A França era um país mais agrícola que manufatureiro, mas a Inglaterra tinha uma maior política econômica de expansão capitalista. Na verdade, enquanto a França vivia a revolução pela liberdade e igualdade, disseminava-se na Inglaterra um diferente tipo de revolução: a Revolução Industrial.
               Difundindo-se inicialmente nos Estados Unidos e no continente europeu, hoje engloba praticamente o mundo inteiro onde o impulso de substituir o trabalho humano por máquinas continua em ritmo acelerado.       Além disso, o ocidente europeu era mais próspero que a maior parte do resto do mundo. Também a rápida expansão do comércio, inclusive o ultramarino, favoreceu a acumulação de capital.
               Envolvidos com ferrenhas disputas militares e comerciais, eram incentivados a fabricação de armas, uniformes e embarcações. Os primeiros Estados modernos apoiavam também a expansão do comércio como meio de arrecadar mais impostos. Esse desenvolvimento estimulou a expansão econômica que beneficiou muitas camadas sociais como os latifundiários, príncipes, mercadores, empresários inovadores, colonos plantadores de açúcar, negociantes de escravos, marinheiros e camponeses.
               Outro fator interessante é o crescimento demográfico que favoreceu à indústria mais consumidores e trabalho. O desenvolvimento agrícola que ocorreu a partir do século XVI com os cercamentos de campos comunais influenciou o surgimento da indústria porque destinava-se em grande parte à criação de ovelhas para a obtenção de lã utilizada como matéria prima na manufatura de tecidos.
               Esse fenômeno ocorreu porque nas áreas cultivadas, os grandes proprietários começaram a investir em novos métodos de plantio e foram, pouco a pouco, introduzindo melhorias técnicas que levaram à substituição do trabalho braçal pela energia mecânica. Com esse processo os trabalhadores rurais viram-se obrigados a deixar o campo e migrarem para as cidades ocasionando um grande crescimento populacional. Além disso, agora, as pessoas viviam mais, pois a agricultura era eficiente, a desnutrição diminuíra, as pessoas não morriam mais de fome, nem com as doenças e pestes, ou seja, havia mais nascimentos e menos mortes.
               Assim, a agricultura (que foi outro fator primordial para a revolução) estava apta a cumprir duas funções para a industrialização: aumentar a produção e a produtividade para baratear os preços dos alimentos, suprindo a crescente demanda das áreas urbanas; e fornecer mão-de-obra abundante e barata para o trabalho industrial. Isso nos é apresentado por Pedro (1982, p.217):

Os artesanatos e as pequenas manufaturas começam a ir para a falência e seus antigos donos vão para as fábricas trabalhar como operários. Como isso aconteceu? Com o passar do tempo, somente aqueles que possuíam muito dinheiro é que podiam ser os donos dos meios de produção (edifícios, máquinas, matérias-primas). Esses proprietários são os capitalistas que, para fazer funcionar suas máquinas, precisam de mão-de-obra. Os artesãos pobres, que não tem mais condições de se manterem trabalhando em suas oficinas (pois a concorrência das grandes indústrias é muito grande), acabam vendendo sua força de trabalho aos capitalistas.
Os latifúndios começam a crescer cada vez mais, fazendo com que os camponeses sejam expulsos de suas terras. Como estes não têm o que fazer no campo, vão para as cidades trabalhar nas indústrias a um salário extremamente baixo.

               A Inglaterra tornou-se também o país mais adiantado no setor dos transportes. Com os Atos de Navegação destruiu a supremacia marítima dos países baixos. A nação inglesa se definiu no comércio nacional pela exclusividade nacional, pois o comércio só deveria e poderia ser feito por barcos ingleses. Com isso, houve grande expansão do comércio.
               Um fator não menos importante foi a questão da energia. O carvão, nova base da indústria, localizava-se perto dos portos, facilitando a associação indústria + energia + comércio. Assim, a supremacia britânica naval garantiu um bom fluxo de matérias-primas (na entrada) e produtos manufaturados (na saída), ao mesmo tempo em que desorganizava e interrompia o comércio colonial de outras potências.

1.2    A REVOLUÇÃO SE INSTAURA

               Com a fábrica e suas modernas máquinas a vapor, o novo sistema, agora instaurado, multiplicou os meios de produção, acelerando abruptamente a concentração da renda. O capital aumentou demasiadamente a produção em escala ampliando o mercado e demandando uma renovação contínua nas técnicas de produção que não pararam de desenvolver até hoje.
               Dessa forma nota-se que não é a expansão comercial que define um novo sistema, mas o faz um novo modo de produção de mercadorias. No modo de produção baseado na cooperação não havia separação entre capital e trabalho. O trabalho era artesanal e os ofícios eram regulados por prescrições típicas de uma sociedade de estamentos, desconhecedora das leis de mercado.
               Já no modo de produção baseado na manufatura se observava uma divisão do trabalho. Havia separação entre trabalho e capital. O fabricante tinha os instrumentos e o trabalhador, que antes vivia em casa com seus instrumentos, com o tempo tem que alugar os mesmos para trabalhar. Assim, com a manufatura instaura-se uma primeira divisão do trabalho. Mas, vai ser o uso da máquina que definirá o modo de produção da era da grande indústria como afirma Mota (1986, 102):

A divisão do trabalho da etapa anterior (manufatureira) agora é levada ao extremo, acelerada pela automatização das máquinas e por novas fontes de energia. O capital fixo das empresas aumenta, o maquinismo torna impessoal a relação capital-trabalho e o operário vê-se distante da direção da empresa e dos destinos das mercadorias.

               Concomitante a isso, a burguesia era a classe revolucionária no século XVIII, que procurou moldar o mundo à sua imagem na economia, na ciência e na política. Então, na Revolução Industrial temos um movimento decisivo nas esferas econômica, social, política e cultural.
               Decisiva nesse processo, entretanto, é a entrada da máquina a vapor[2], de uso bem difundido no início do século XIX. Nos primeiros anos deste século as fábricas eram numerosas e as cidades industriais abrigavam um grande contingente de mão-de-obra. O regime do liberalismo, “baseado nas leis de mercado livre (oferta e procura, sem qualquer controle externo dos mercados), se esboça, mas as primeiras leis de fábrica põem limites a esse liberalismo desregulado” (MOTA, 1986, 103). O Estado também passa a intervir discretamente na vida das fábricas a partir de 1802.
               Antes, se a indústria de lã fora a base do antigo sistema de produção, a indústria de algodão será a base do novo sistema fabril. É que no algodão se encontravam as possibilidades de desenvolvimento de novos interesses, de investimentos, de novas colônias, como a Índia e Brasil, para fornecimento de matéria-prima.
               Já o advento do maquinismo está intimamente associado ao desenvolvimento da indústria do ferro. Se, por um lado, a máquina a vapor permitiu contratar trabalhadores mais fracos para o trabalho, por outro exigia máquinas feitas de metal mais resistente. Com isso, a produção de ferro foi bastante aprimorada a partir de 1780.
               Para alimentar as fornalhas, a indústria do ferro demandava grande produção de minas de carvão. Assim, o aumento na produção de carvão possibilitou melhorias constantes na fundição do ferro porque se as máquinas a vapor permitiam aos mineiros retirar água das minas com mais eficiência e de níveis mais profundos, os ricos veios das minas existentes tornaram-se acessíveis pela primeira vez. Posteriormente, a fabricação de aço tornou-se tão barata, graças a técnicas mais elaboradas, que ele logo substituiu o ferro da indústria, graças à sua durabilidade e resistência à tração.
               A máquina a vapor, o ferro e o aço inauguraram uma nova era nos transportes. À medida que acelerava a produção fabril, também se aperfeiçoavam os meios de transporte. Em 1830 foi construída na Inglaterra a primeira estrada de ferro. Isso marcou o início de um período em que se construíram estradas de ferro em todo o mundo. A navegação também mudou radicalmente com a utilização de barcos sem velas, cuja tonelagem era muito maior.

1.3    AS NOVAS RELAÇÕES SOCIAIS

               O capitalismo na Inglaterra aparece ligado à modernização e à aplicação de capitais excedentes gerados em transações financeiras e comerciais. Sem tal acumulação prévia não haveria a Revolução. O surgimento do grupo manufatureiro dá-se num processo de separação entre o produtor e os meios de produção.
               Notável é que não é o comerciante que se torna automaticamente industrial. A desagregação do antigo sistema de produção expeliu para os centros fabris grande massa de despossuídos, sem meios de sustento. Mas provocou também, em escala muito menor, o nascimento da camada industrial com os membros das famílias mais abastadas. Esses, preocupados com a valorização de suas terras, adaptaram-se num espaço de tempo a uma atividade nova e diversa daquela a que estavam habituados por séculos de tradição.
               Contudo, a passagem do capitalismo do campo para a cidade foi selvagem. Diante dessa realidade, Barbeiro (1976, 259) diz que:

O desenvolvimento industrial e a mecanização dos campos arrastaram as populações para os centros urbanos. Estes ainda não estavam em condições de receber o volume populacional que procurava emprego nas fábricas, uma vez que a pequena propriedade fora arruinada.
As condições de trabalho eram desumanas. Não existia legislação trabalhista nem proteção do Estado à classe trabalhadora. Assim, o trabalho nas fábricas processava-se em ambientes úmidos e insalubres. Nas tecelagens, os fios pingavam e os operários trabalhavam com os pés na água. As jornadas de trabalho atingiam até 16 horas por dia. O salário dava apenas para manter o trabalhador vivo. Nas minas de carvão havia infiltração de água. Os trabalhadores estavam sujeitos aos desabamentos, explosões e asfixia pelos gases. Não havia indenização para as viúvas. As crianças órfãs eram lançadas aos orfanatos. A prostituição era a opção para as mulheres que não tinham condições de sobrevivência.

               A Revolução industrial, com essa reestruturação social, destruiu a antiga divisão da sociedade em clero, nobreza e plebeus. O desenvolvimento da indústria e do comércio ocasionou o desenvolvimento de uma burguesia: a classe média que era representada por pessoas de origem simples que se haviam dedicado ao comércio e outros empreendimentos comerciais. Havia ainda a burguesia mais abastada que compreendia banqueiros, proprietários de fábricas e minas e comerciantes, mas a classe média incluía também lojistas, empresários, advogados e médicos.
               Além dessa separação, a industrialização evidenciou de forma clara a distinção entre classe média e classe operária. O proletariado abrangia diferentes níveis econômicos: trabalhadores rurais, mineiros e trabalhadores urbanos. Havia muitas graduações entre os trabalhadores urbanos, dos artesãos aos operários das fábricas e criados. Os operários, entretanto, eram o mais recente grupo social e o que mais rápido crescia.
               Os artesãos trabalhavam em construções, tipografias, pequenos estabelecimentos de alfaiates e costura, na preparação e processamento de alimentos e em ofícios que produziam artigos de luxo. Distinguiam-se dos operários porque suas habilidades técnicas eram fáceis de aprender e seus ofícios eram adquiridos em guildas, que ainda funcionavam como organizações sociais e econômicas. Eram, de modo geral, letrados, viviam na mesma cidade ou vilarejo por gerações e mantinham famílias estáveis, assegurando a seus filhos colocações em seus ofícios. Com a Revolução Industrial tornou-se difícil para eles concorrer com os produtos manufaturados que eram mais baratos.
               Os criados eram numerosos nas capitais. Em algumas cidades, havia mais criados que operários. Possuíam, em geral, alguma educação. Casavam-se e formavam família, ensinavam os filhos a ler e escrever e a adotar modos e valores da casa em que haviam trabalhado.
               Dessa forma, fica claro que a vida não era fácil para aqueles cujo trabalho contribuiu para o processo de industrialização. Com o advento das indústrias, os operários, aos poucos, começaram a reagir à exploração a que foram submetidos. Inicialmente de forma espontânea, depois percebendo a necessidade de se organizarem. Afinal não eram as máquinas que eram responsáveis por sua miséria. A partir daí começaram, em grupos, a exigir melhores condições de vida e melhores salários. Porém, até hoje existe esta dura separação entre os que mandam e os que não tem outra escolha a não ser obedecer.

Se as máquinas eram capazes de gerar tanta riqueza e tantos produtos, então porque, indagavam os observadores sociais, havia tantas pessoas pobres? Os relatos parlamentares e as investigações dos cidadãos de espírito cívico documentaram o sofrimento para que todos pudessem ler (PERRY, 2002, 364).

               Eis a realidade histórica da qual fazemos parte e na qual almejamos uma mudança radical. Será que ela é possível?

Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio - PR


REFERÊNCIAS


BARBEIRO, Heródoto. História geral. São Paulo: Editora Moderna, 1976.


GOMES, Paulo Miranda. História geral. Belo Horizonte: Livraria Lê, 1977.


HOBSBAWN, Eric J. A era das revoluções. Tradução de Maria Tereza Teixeira e Marcos Penchel. 25.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.


PERRY, Marvin. Civilização ocidental: uma história concisa. Tradução de Waltensir Dutra e Silvana Vieira. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.


MOTA, Carlos Guilherme. História moderna e contemporânea. São Paulo: Editora Moderna, 1986.


PEDRO, Antônio. História geral. São Paulo: Editora Moderna, 1982.


PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena. História moderna e contemporânea. 14.ed. São Paulo: Editora Ática, 2002.


VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2001. (Série Parâmetros)


              

              
              


[1] O que significa a frase “a revolução industrial explodiu”? Significa que a uma certa altura da década de 1780, e pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes de multiplicação rápida, constante, e até o presente ilimitada, de homens, mercadorias e serviços (HOBSBAWM, 2009, p. 59).
[2] O engenheiro escocês James Watt desenvolveu a máquina a vapor na década de 1760. Como essas máquinas eram movidas pela energia produzida por carvão ou madeira, e não por água, permitiam maior flexibilidade na localização dos moinhos têxteis. Não mais dependendo da energia fornecida pelos rios, e portanto sem a limitação de terem de se instalar no espaço disponível à margem de um curso de água, as fábricas podiam ser construídas em qualquer lugar. Com o vapor, alterou-se completamente o padrão de trabalho, pois os operários mais fracos, mais jovens ou menos qualificados podiam aprender as tarefas simples necessárias para vigiar a máquina em funcionamento. A substituição da mão-de-obra masculina pelo trabalho de crianças e mulheres representou uma importante mudança social (HOBSBAWM, 2009,356).

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