Pular para o conteúdo principal

PENTECOSTES


Esta palavra está ligada ao número cinquenta. São cinquenta dias transcorridos após o domingo da Ressurreição, domingo da Páscoa, quando Cristo, após morrer na cruz e ser sepultado, apareceu vivo para os seus discípulos. Foi um acontecimento inédito e misterioso para todos eles.

Pentecostes é um fato antigo e novo ao mesmo tempo. Ele é marcado por realidades que envolvem situações de mistério. A vinda do Espírito Santo transforma a vida das pessoas e atinge a maneira de ser das comunidades cristãs. Desperta atitudes de compromisso e testemunho na convivência social.
É festa da unidade porque faz superar divisões de raça e línguas no meio da diversidade dos dons. Faz as pessoas se colocarem a serviço umas das outras e edificar a comunidade. Com isto elas superam e ultrapassam seus limites simplesmente humanos.
Nem sempre nos damos conta dos carismas que nos acompanham. Se bem utilizados, muitos bens podem acontecer no meio das pessoas. São iniciativas naturais desenvolvidas por cada indivíduo, enriquecendo e fortificando o bem comum.
A presença do Espírito Santo é como um laço forte que nos une e transforma o mundo em ambiente de convivência e de realizações que elevam a vida e o coração das pessoas na comunidade cristã. Cria ânimo e dinamismo social.
Pentecostes é festa do perdão, da mútua solidariedade e de força decisiva na construção da comunidade Igreja. Desperta o calor da fé e da comunhão eclesial. Desinstala todos aqueles que vivem acomodados e abafando todas as suas qualidades e dons naturais.
Na cultura midiática, na era digital, a Igreja precisa ter a linguagem da justiça e do amor. Como diz Bento XVI, a linguagem da verdade. Ter em conta também a diversidade de possibilidades encontrada hoje nas diversas culturas e povos.
O que vemos, nos novos tempos, encanta a todos nós. As possibilidades para a defesa da vida e de uma sociedade mais saudável estão muito patentes nos instrumentos de comunicação e nos organismos em geral. É necessário é que sejam bem usados na conquista do bem.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Bispo de São José do Rio Preto - SP


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO: Introdução à eclesiologia

11.        INTRODUÇÃO O trabalho tem como objetivo resumir o livro “Introdução à Eclesiologia” de Salvador Pié-Ninot. Evidentemente não é uma tarefa simples, dado a complexidade do tema e, ao mesmo tempo, as discussões polêmicas que o mesmo está envolvido. Por exemplo: Jesus fundou a Igreja ou ela simplesmente foi aquilo que seus seguidores conseguiram oferecer? Essa e outras questões polêmicas perpassam na mente de qualquer estudante de teologia. Por isso, o resumo aqui apresentado fez questão de ser fiel ao autor nas observações, nos apontamentos e, ao mesmo tempo, na disposição dos capítulos que foram lidos e analisados. Para isso, no desenvolvimento está elaboraram-se tópicos que correspondem aos capítulos em número de 6 mais a conclusão. Assim, fala-se no estudo da história do Tratado de Eclesiologia, dos conceitos fundamentais relacionados à Igreja, de Jesus à Igreja, da Igreja primitiva e edificada pelos sacramentos, das dimensões da Igreja, da missão da Igreja e, final

ESSÊNCIA, PESSOA E SUBSTÂNCIA

I – INTRODUÇÃO             O presente trabalho apresenta uma breve definição das palavras ESSÊNCIA, PESSOA e SUBSTÂNCIA. A ordem de apresentação foi estabelecida a partir da ordem alfabética. Ao longo do texto notar-se-á que se buscou apresentar a origem do termo pesquisado, bem como a sua evolução e o que ele significa no campo teológico, mais especificamente em relação à Trindade. II – ESSÊNCIA, PESSOA, SUBSTÂNCIA             O problema inicial que permeia a definição de essência, pessoa e substância começa pelo fato de os gregos falarem de uma essência e três substâncias e os latinos de uma substância e três pessoas [1] . Sendo assim, corre-se o risco de confundir os termos e seus significados. Por isso, estudou-se apenas a concepção latina sem fazer as devidas comparações com a grega. a)       ESSÊNCIA Por esse termo é entendido, em geral, a resposta à pergunta “o quê?” [2] , por exemplo, na pergunta: ‘o que é o homem?’. A resposta, em geral, exprime a essên

A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)

RESUMO: A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)   1.       INTRODUÇÃO   O presente trabalho é um resumo da obra de Bruno Forte “A Igreja ícone da Trindade”. A leitura foi realizada de forma atenta e interessada tendo em vista a importância do tema. Divindade em três grandes partes, o livro apresenta a “ ECCLESIA DE TRINITATE – de onde vem a Igreja?”, a “ ECCLESIA INTER TEMPORA – o que é a Igreja? A forma trinitária da Igreja” e a “ ECCLESIA VIATORUM – para onde vai a Igreja?”. Dessa maneira, a apresentação desse resumo seguiu o mesmo esquema apresentado pelo autor. No entanto, no livro ele faz divisão de capítulos ao apresentar cada uma das três partes. Aqui, no entanto, pensou-se em apresentar em um único texto corrido a reflexão de Bruno Forte no intuito de elaborar um pensamento único que faça a conexão dos assuntos entre si, dado que todos estão inter-relacionados.   2.       A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE   Bruno Forte escreve este