Pular para o conteúdo principal

A ASCENÇÃO DO VOSSO FILHO JÁ É NOSSA VITÓRIA!


Celebramos neste domingo a Ascensão do Senhor aos céus. Sua volta para junto do Pai e ao mesmo tempo sua promessa de ficar conosco até o fim dos tempos, de não nos deixar órfãos. A celebração deste dia tem uma grande alegria: comunicar a nós todos, cristãos e cristãs, o cumprimento da promissão de Jesus de garantir-nos um lugar aonde ele for, afinal na casa do Pai existem muitas moradas. Do mesmo modo, é um convite para que nós assumamos a missão de ser testemunhas do Ressuscitado e preparemo-nos a nós e aos nossos irmão para habitar um dia nos céus com a Trindade Santa, os santos e anjos. Mas lembremo-nos, a realidade celeste, a pátria definitiva começa aqui neste mundo de encontros e desencontros, união e discórdia, vida e morte. Aqui se fazem necessárias as nossas atitudes de seguidores do Filho de Deus.

Na Primeira Leitura (At 1,1-11) vemos o relato da Ascensão de Jesus aos céus, inclusive a sua volta. Esse Jesus é aquele que nasceu, viveu, morreu e ressuscitou entre nós. Que passou quarenta dias instruindo os Apóstolos, ensinando, mostrando-se vivo e falando do Reino de Deus. É esse Jesus que hoje volta para o Pai e que nos deixa o ensinamento e o caminho de como se chega a Deus.

Já Paulo na sua carta aos Efésios (Ef 1,17-23) roga que o Senhor nos dê um espírito de sabedoria que nos faça verdadeiramente conhecer. Que ele mesmo (o Senhor) abra o nosso coração para que saibamos qual a esperança que o nosso chamamento nos dá. A nossa fé não é vazia, sem sentido. Ela tem um fundamento, uma esperança: Jesus Cristo. É ele a cabeça da Igreja que é seu corpo. É nele que a nossa caminhada eclesial adquire sentido. É nele que depositamos nossas forças, alegrias, coragem e desejo de servir. É ele a razão da nossa jornada. É dele e nele que a Igreja recebe força e disposição para continuar sua missão profética no mundo de hoje.

No Evangelho (MT 28,16-20) é bonito perceber que Jesus convoca os discípulos ao monte, na Galiléia, para dar-lhes uma missão. Agora eles são os responsáveis para anunciar, fazer mais discípulos e batizar todos os povos em nome da Trindade. Mas não vão sozinhos. Jesus não abandona ninguém na sua missão evangelizadora. Ele mesmo se coloca à frente, como cabeça, como guia, como porto seguro diante das possíveis atribulações. Aquele que nos chama não nos deixa só. Portanto, só aqueles que sabem onde está sua esperança, só aqueles que viram o Senhor e com ele fizeram um encontro de amor podem continuar a caminhada, podem enfrentar os desafios de ser testemunha do Ressuscitado. É preciso ter coragem de assumir a fé, de assumir a vida e de assumir a história como manifestações do Deus que entre nós se fez e faz presente, que não abandona, mas que permanece fiel.

Esse Deus fiel é necessário anunciar hoje. Esse Deus que nos põe a seu serviço, em sua missão. É ele a certeza da nossa vitória. É nele que depositamos todo o nosso esforço de tornar o mundo melhor, mais fraterno e igual. Nestes tempos em que se fala tanto de Deus, mas que se vive muito pouco segundo a vontade de Deus, que seja Ele mesmo nossa força perante os obstáculos da vida e que seja ele a alegria da nossa vitória.

Neste domingo comemoramos o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Rezemos por todos aqueles que trabalham nesse meio. Para que, inspirados pelo Pregador da Boa Nova do Reino, façam dos meios de comunicação um instrumento de evangelização e de encontro das pessoas com o Grande Comunicador, Jesus de Nazaré.

Iniciamos também neste dia a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Rezemos para que todos nós que professamos a fé em Jesus Cristo possamos nos empenhar em colocar em prática o desejo do mesmo Senhor de sermos um só rebanho conduzidos por um só Pastor. Amém!



Eduardo Moreira Guimarães

5º Período de Filosofia

Diocese de Cornélio Procópio – PR

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO: Introdução à eclesiologia

11.        INTRODUÇÃO O trabalho tem como objetivo resumir o livro “Introdução à Eclesiologia” de Salvador Pié-Ninot. Evidentemente não é uma tarefa simples, dado a complexidade do tema e, ao mesmo tempo, as discussões polêmicas que o mesmo está envolvido. Por exemplo: Jesus fundou a Igreja ou ela simplesmente foi aquilo que seus seguidores conseguiram oferecer? Essa e outras questões polêmicas perpassam na mente de qualquer estudante de teologia. Por isso, o resumo aqui apresentado fez questão de ser fiel ao autor nas observações, nos apontamentos e, ao mesmo tempo, na disposição dos capítulos que foram lidos e analisados. Para isso, no desenvolvimento está elaboraram-se tópicos que correspondem aos capítulos em número de 6 mais a conclusão. Assim, fala-se no estudo da história do Tratado de Eclesiologia, dos conceitos fundamentais relacionados à Igreja, de Jesus à Igreja, da Igreja primitiva e edificada pelos sacramentos, das dimensões da Igreja, da missão da Igreja e, final

ESSÊNCIA, PESSOA E SUBSTÂNCIA

I – INTRODUÇÃO             O presente trabalho apresenta uma breve definição das palavras ESSÊNCIA, PESSOA e SUBSTÂNCIA. A ordem de apresentação foi estabelecida a partir da ordem alfabética. Ao longo do texto notar-se-á que se buscou apresentar a origem do termo pesquisado, bem como a sua evolução e o que ele significa no campo teológico, mais especificamente em relação à Trindade. II – ESSÊNCIA, PESSOA, SUBSTÂNCIA             O problema inicial que permeia a definição de essência, pessoa e substância começa pelo fato de os gregos falarem de uma essência e três substâncias e os latinos de uma substância e três pessoas [1] . Sendo assim, corre-se o risco de confundir os termos e seus significados. Por isso, estudou-se apenas a concepção latina sem fazer as devidas comparações com a grega. a)       ESSÊNCIA Por esse termo é entendido, em geral, a resposta à pergunta “o quê?” [2] , por exemplo, na pergunta: ‘o que é o homem?’. A resposta, em geral, exprime a essên

A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)

RESUMO: A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)   1.       INTRODUÇÃO   O presente trabalho é um resumo da obra de Bruno Forte “A Igreja ícone da Trindade”. A leitura foi realizada de forma atenta e interessada tendo em vista a importância do tema. Divindade em três grandes partes, o livro apresenta a “ ECCLESIA DE TRINITATE – de onde vem a Igreja?”, a “ ECCLESIA INTER TEMPORA – o que é a Igreja? A forma trinitária da Igreja” e a “ ECCLESIA VIATORUM – para onde vai a Igreja?”. Dessa maneira, a apresentação desse resumo seguiu o mesmo esquema apresentado pelo autor. No entanto, no livro ele faz divisão de capítulos ao apresentar cada uma das três partes. Aqui, no entanto, pensou-se em apresentar em um único texto corrido a reflexão de Bruno Forte no intuito de elaborar um pensamento único que faça a conexão dos assuntos entre si, dado que todos estão inter-relacionados.   2.       A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE   Bruno Forte escreve este