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NINGUÉM O VIU


REFLEXÕES DE UM INICIANTE

Estamos vivendo jubilosos as alegrias da Páscoa do Senhor. O Pai cumpriu sua promessa e enviou-nos seu Filho que, pela vitória sobre o pecado e a morte, ressurgiu para uma vida nova nos concedendo a vida em plenitude. É essa alegria contagiante de Jesus que está no meio de nós “Ele está no meio de nós!” que deve impelir-nos ao anúncio corajoso da fé que professamos n’Ele. Fé que rompe barreiras e nos insere no mistério salvífico de Deus.
Nesse sentido, a liturgia deste Terceiro Domingo da Páscoa convida-nos a reconhecermos Jesus não só no partir do pão, como o fizeram os discípulos de Emáus, mas na caminhada do dia-a-dia e nas Sagradas Escrituras. Assim, a primeira leitura (AP 2,14.22-23) conta-nos a atitude de Pedro que diante dos onze levantou-se e falou de Jesus, desde a bondade de Deus que o enviou a nós, até a sua morte e ressurreição, dos quais somos testemunhas. Além disso, Ele recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai. Este Espírito foi derramado sobre todos nós e continua a impelir-nos a reconhecer Jesus que se manifesta nas mais variadas situações de nossas vidas.
Na segunda leitura (1Pd 1,17-21), vemos mais uma vez Pedro dizendo que é necessário viver respeitando a Deus neste mundo porque a nossa fé e esperança estão nele. Fico imaginando como essa palavra é atual e cheia de sentido. Como urge essa necessidade de respeitar o Senhor e viver n’Ele porque as coisas passageiras do mundo não nos oferecem respostas que conduzem à vida eterna. As coisas passageiras do mundo não respondem às nossas mais profundas inspirações. Isso só Deus pode responder. Só Ele nos conhece por inteiro. Busquemos, pois, as coisas do alto, onde se encontram nossas mais felizes e verdadeiras esperanças.
O Evangelho (Lc 24,13-35) é maravilhoso. Os discípulos que voltam cansados e tristes para casa porque o Nazareno morreu e a esperança deles havia terminado. Não havia mais sentido ficar em Jerusalém, não havia mais sentido em continuar a caminhada porque o Mestre havia sido vencido pela morte. A esperança morreu! No entanto, os discípulos não haviam compreendido a mensagem e a missão de Jesus. Ele não veio para realizar a sua vontade e missão, mas a do Pai. E assim, Jesus juntou-se a eles no caminho. Interrogou-os. Conversou com eles e explicou-lhes as Escrituras. Por fim, parecendo que ia passar, pediram que ficassem com eles, pois a noite chegava. E ao partir o pão, seus olhos como que abriram e reconheceram Jesus. Que bonita trajetória. Como diante das trevas, dúvidas, desânimos e incertezas da vida Jesus se faz presente simplesmente numa caminhada desinteressada conosco. Nem imaginaram quem lhes falava. Assim pode acontecer conosco. No entanto, nossa experiência de fé com o Ressuscitado deve motivar-nos a ir sempre ao encontro do Mestre e a aprender dele a caminhar com aqueles que ainda estão tristes e desanimados, cansados e fatigados sob o peso de tantos males que atualmente nos afligem. “Fica conosco, Senhor! É tarde e a noite já vem. Fica conosco, Senhor! Somos teus seguidores também!”
A nossa resposta diante da presença de Jesus deve ser aquela meditada no salmo: junto de vós felicidade sem limites! Que o Bom Deus nos conserve nos bons propósitos de nossa fé, de nossa vida e de nossa missão de cristãos!


A todas as nossas mães, neste mês da Mãe Maria, um Feliz Dia das Mães com muitas bênçãos vindas dos céus pelas mãos maternais e bondosas de Maria. Deus vem à humanidade pelas mãos de uma mulher. Essa mulher torna-se a Mãe de Deus e nossa Mãe também. Que ela seja o exemplo de Mãe e Mulher para todas as mães que lutam diariamente nas mais diversas situações da vida para que a vida de seus filhos seja mais feliz e agradável aos olhos de Deus.

Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio - PR

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