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ESPÍRITO EM PAULO



 
1. INTRODUÇÃO

 

O presente trabalho discorre sobre “A pneumatologia de Paulo como a mais significativa narração das experiências pneumáticas pós-pascais”. O objetivo dessa pesquisa é perceber como Paulo trata do Espírito em seus escritos e que efeitos têm a presença do Espírito nas primeiras comunidades cristãs.

Para isso, o conteúdo foi apresentado da seguinte maneira: inicialmente, uma primeira tentativa de definir o Espírito Santo em Paulo. Depois, o estudo foi dividido em três pequenos tópicos que procuram justificar a definição apresentada anteriormente que é o reflexo da teologia paulina sobre o Espírito.

Sendo assim, no primeiro item trata das fontes do conceito paulino de Espírito onde se procura a base da teologia pneumatológica em Paulo. No segundo momento, faz-se uma indagação, “Espírito de Deus?”, “Espírito de Paulo?” na tentativa de perceber porque há essas variações na menção do Espírito nos escritos paulinos, bem como perceber a relação do Espírito com Deus-Pai e com Jesus Cristo já em vista da relação trinitária que se externaliza na revelação.

Finalmente, apresenta-se a atuação do Espírito no corpo de Cristo procurando identificar como são as experiências pneumáticas pós-pascais no início do cristianismo. Como se manifestam, o que suscitam nas pessoas e nas comunidades recentes.

 

2.      A PNEUMATOLOGIA DE PAULO COMO A MAIS SIGNIFICATIVA NARRAÇÃO DAS EXPERIÊNCIAS PNEUMÁTICAS PÓS-PASCAIS

 

A primeira indagação que vem à mente quando se estuda um assunto é a definição do que se quer compreender melhor. Assim, pode-se lançar a pergunta: Quem é o Espírito Santo? Para Paulo, o Espírito não é uma força anônima, mas a forma de atuação do Senhor exaltado, a dádiva escatológica do poder de Deus[1]. O Espírito aparece como sujeito no processo de libertação (Gl 4, 5-7), de vivificação (Rm 8, 10s), de santificação (1Cor 6, 11), de doador dos carismas (1Cor 12), de testemunha (Rm 8, 6), intercessor (Rm 8, 26s), revelador (2Cor 6, 4.6), inspirador dos pregadores (1Ts 1, 5), guia (Rm 8, 14)[2].

Para Paulo, a obra fundamental do Espírito é que ele abre os nossos olhos e o nosso coração para Jesus. Por isso, dá ênfase ao fato de que o Espírito insere o homem no corpo de Cristo e que distribui os dons “[...] de forma que cada um necessite do outro e que ninguém possa pensar possuir tudo [...]”[3]. O Espírito, portanto, aquele que edifica a comunidade, cria comunhão. Não é possível a comunidade sem a presença atuante do Espírito. Desse modo, a dinâmica da existência cristã constitui o lugar privilegiado em que a compreensão paulina do Espírito aparece em plena luz[4].

Em Paulo, o Espírito só pode ser definido pelo que ele faz. É no Espírito que os fieis experimentam o amor de Deus em Jesus Cristo que suscita nova possibilidade de vida (liberdade) e de relação (amor).

Mas pode-se perguntar ainda: como Paulo chega a essa compreensão do Espírito Santo? É preciso, então, ver quais são as fontes do conceito paulino de Espírito, onde o apóstolo se fundamenta e percebe o Espírito como tal.

 

2.1.AS FONTES DO CONCEITO PAULINO DE ESPÍRITO

 

O conceito paulino de Espírito tem três fontes principais: a revelação no cânon neotestamentário, o judaísmo intertestamentário e o pensamento cristão primitivo[5]. No Antigo Testamento, somente três vezes o Espírito é chamado “santo” (Is 63, 10-11; Sl 51, 13), mas essa designação se torna comum no período intertestamentário. Falar do Espírito é falar da presença e do poder de Deus que é santo, porque do mesmo modo que Deus é um, há também um só Espírito de Deus (1Cor 12, 4-6).

O termo espírito é bastante usado nos escritos judaicos mais tardios para designar anjos ou demônios em Quamran, na literatura rabínica e apocalíptica. O Espírito é associado também à profecia (Nm 11, 29) onde tem caráter moral no sentido de justiça no julgamento e modo de vida em aliança (Is 4, 4). O Antigo Testamento oferece uma esperança: de que esse Espírito, poder de profecia e vida na aliança, seja característica da futura era messiânica de benção (Is 32, 15). Essa promessa profética fundamenta a visão paulina do Espírito como parte da norma da vida cristã[6].

No entanto, o Espírito tem uma proeminência nos escritos paulinos muito maior que no Antigo Testamento. Explica-se essa importância crescente do Espírito nos textos paulinos com base na experiência que as comunidades cristãs primitivas tinham do Espírito em seu meio. Percebiam-no como imanência de Deus durante o culto, na realização de milagres e na inspiração da profecia, na experiência de coragem e sabedoria para anunciar o Evangelho. Essas experiências eram provas claras de que o Espírito estava presente e atuante na comunidade cristã.

E os primeiros cristãos entendiam a experiência do Espírito como realização da esperança profética de que o Messias derramasse o Espírito sobre Israel (Ex 36, 25). Ele é o Espírito da promessa (Gl 3, 14). A presença do Espírito é ainda a confirmação de que o Senhor ressuscitado é realmente o Messias (At 2, 14-24).

 

2.2.ESPÍRITO DE DEUS? ESPÍRITO DE CRISTO?

 

Em alguns textos paulinos o Espírito aparece ora como “Espírito de Deus”, ora como “Espírito de Cristo”. Então quem é esse Espírito? É de Deus? É de Cristo? Tem atuação própria?

Paulo quer demonstrar primeiro que o Espírito Santo é Deus. O Espírito representa Deus presente em seu povo. O apóstolo não aborda diretamente a questão da personalidade do Espírito Santo, mas, às vezes, o Espírito e Deus se sobrepõem e têm funções aparentemente idênticas. Em outros casos, o Espírito está separado de Deus e de Cristo (1Cor 13, 13; Gl 4, 6) e isso evidencia suas características pessoais: guia dos fieis (Gl 5, 18), revelador do mistério do Evangelho (1Cor 2, 6-16), ajuda os fieis na oração (Rm 8, 15.26); o Espirito tem desejos (Gl 5, 16-17).

Paulo certamente não trabalho com definições de “pessoas divinas” como as que surgiram com a evolução do pensamento cristão, mas “[...] está ansioso para que suas Igrejas saibam que tipo de personalidade o Espírito tem: ele tem caráter de Deus e, mais precisamente de Jesus Cristo”[7].

O Espírito tem o caráter de Cristo e é isso o distingue da fé israelita e judaica: “[...] a íntima associação do Espírito com o Senhor Jesus ressuscitado, o ‘caráter de Jesus’ do Espírito”[8]. Por isso é chamado ‘Espírito de Cristo’ ou ‘Espírito do Filho de Deus’ (Rm 8, 9; Gl 4, 6). O Espírito transforma os fieis a partir do coração para que tenham o caráter de seu Senhor, Jesus Cristo e entrem em comunhão com ele.

Por ser de Cristo, o Espírito é também associado à cruz, à humildade e ao serviço aos outros. “A vida terrena de Jesus é modelo para a maneira como o Espírito atua nos fieis [...]”[9]. Esse caráter de Jesus do Espírito explica o maior ato de Deus, o amor, que foi mostrado à criação na morte de Cristo pela redenção que operou. Desde a ressurreição Jesus se relaciona com a Igreja e com o mundo pelo Espírito, por intermédio dele.

Em alguns momentos o Espírito e Cristo parecem sobrepor-se ou se até mesmo se confundirem, referindo-se à mesma realidade (1Cor 15, 45). No entanto, Paulo distingue claramente os dois: somente Jesus é o Filho do Pai (Rm , 3; Gl 4, 4), somente ele teve uma natureza humana (Rm 1, 3), somente Jesus Cristo morreu, ressuscitou e está à direita do Pai (1Cor 15, 3; Cl 3 1). Isso nunca é dito do Espírito nos escritos de Paulo.

No entanto, em vários outros textos o Espírito vem relacionado a Cristo. O Espírito vem só em resultado da fé em Cristo (Gl 3, 1-2), o Espírito é conhecido porque promove a confissão de fé em Jesus como Senhor (1Cor 12, 3), e dá testemunho quanto à verdade a respeito de Jesus (1Ts 1, 6). O Espírito traz aos fieis e nova realidade da relação com Deus: filhos no Filho (Gl 4, 4-6). A vinda do Espírito é subsequente à obra de Cristo (Gl 4, 4-6) e considerada dependente do que ele realizou.

Os dois, Jesus Cristo e o Espírito, têm relações idênticas, mas são distintos. Retomando João (16, 12-14; 1Cor 12, 3), Paulo afirma que o Espírito glorifica Cristo. Nesse sentido, o Espírito tem um lugar todo especial na teologia paulina porque “[...] possibilita a união do Jesus histórico, que ressuscitou dos mortos, com o Senhor celeste, ao mesmo tempo presente entre seu povo”[10].

 

 

2.3.A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO NO CORPO DE CRISTO

 

As comunidades paulinas viveram verdadeiras experiências do Espírito Santo. Foram fundadas em tais experiências[11]. Partiram de fatos concretos, da presença do Espírito que clama uma ação, um agir histórico. Trata-se de uma experiência vivida na ação pela qual o cristão e toda a comunidade constroem a Igreja e um mundo novo. Experimenta-se o Espírito nas atividades concretas da construção de um novo mundo possível que produz alegria[12].

Então, esse Espírito fala na pessoa do crente e na Igreja toda. É uma relação da vida pessoa e da vida comunitária. O Espírito é, em Paulo, o motivador da organicidade real nas relações entre os membros de um grande corpo: a Igreja[13]. O Espírito Santo evidencia-se como Espírito da vida, que cede aos seres humanos uma nova abertura e capacidade para relacionar-se e os junta para formar comunhão.

“Estar em Cristo” e “estar no Espírito” identificam-se no nível da comunidade: ela é o corpo de Cristo, templo de Deus, no qual habita o Espírito (1Cor 3, 16). A Igreja é, para Paulo, essencialmente comunhão espiritual. Através do seu serviço prestado à humanidade, comunica um dom espiritual de graça e as comunidades se dão mutuamente a participação nos dons do Espírito[14]. Nesse sentido, todos devem esforçar-se pelos dons, visto que todos são beneficiados e interagem em uma comunhão fraterna.

Os dons do Espírito, e Paulo, estão para o serviço à comunidade. Chega a preocupar-se com aqueles que procuram apenas os efeitos mágicos dos dons e procura congregá-los no mesmo Espírito, no mesmo Senhor, embora com habilidades, atitudes, dons diversos (1Cor 12-14). Por isso mesmo, em Paulo usa-se poucas vezes a expressão “forças” que designa ações milagrosas ou extraordinárias (1Cor 12, 6.10). Em geral, utiliza a palavra “serviço”, termo tipicamente paulino, que caracteriza os dons para a edificação da comunidade[15].

Assim sendo, os dons para Paulo são atitudes cristãs básicas e o esforço cotidiano de realiza-las, concretizá-las, é o esforço de ser cristão, de apegar-se na oferta do Espírito de tornar-se seguidor de Jesus. Ao mesmo tempo, os dons são entendidos como “ministeriais”, ou seja, devem servir à vida espiritual das comunidades cristãs.

Por isso, Paulo faz questão de não colocar obstáculos à ação do Espírito Santo (1Ts 5, 19-21), mas sempre discernir e ficar com o que é bom. Nessa avaliação valem, ao menos, dois critérios: a confissão de fé em Jesus Cristo e a edificação da comunidade. No seguimento a Jesus Cristo a moção do Espírito se refere essencialmente numa fé que, em sua fraqueza, confia inteiramente na força de Deus (1Cor 2, 1-5).

O Espírito, em Paulo, revela Jesus Cristo crucificado-ressuscitado que o ser humano só pode receber como uma dádiva de Deus[16]. Esse ser humano não deve mais olhar sua carne, seus sucessos externos ou internos, ou derrotas. Deve olhar para Jesus e confiar na sua força que se manifesta também na fraqueza.

Para Paulo o Espírito Santo manifesta-se realmente quando nos dá a capacidade de orar. Aprendemos a dizer com o Ressuscitado “Abba”, Pai (Rm 8, 15-17). Aprende-se a conhecer Deus como aquele que ama seus filhos imensamente. É a confiança de que Deus pode agir na vida de cada um e da comunidade. Mas essa confiança em Deus, certeza de sua presença não acontece por acaso. Se o ser humano aprende a viver a dádiva de Deus, a sua doação total em Jesus Cristo, ela o marcará.

Já não se vive mais para si, mas é o Cristo que vive, é o Espírito que vive. Aqui encontra-se a verdadeira vida. É a santificação. Em Jesus Cristo, os pecados da humanidade são lavados e apagados “[...] pelo fato decisivo de que Deus nos aceita como somos”[17]. Somos justificados por Jesus, convocados a ser “templo do Espírito Santo” que habita em cada um porque foi o próprio Deus quem comprou a humanidade por um alto preço (1Cor 6, 19-20). Assim, o Espírito é sempre o Espírito da santificação (Rm 15, 16).

Todo esse envolvimento no Espírito, vida nele, é disponibilidade para os outros. Quem tornou-se livre de si, de suas fragilidades, está também libertado para todos aqueles que precisam do seu amor. Cada cristão é, portanto, multiplicador do dom que o Espírito lhe comunicou. É nessa dinâmica que se pode dizer que formamos em um só Espírito, um só corpo (1Cor 12, 13). “A palavra ‘corpo’ quer realçar que por seu intermédio fomos inseridos numa solidariedade viva com todos os outros crentes, isto é, na comunidade”[18]. Por isso, o amor é citado como caridade em 1Cor 13, o mais alto dom do Espírito que inclui todos os outros e edifica a comunidade.

 

 

3.      CONCLUSÃO

 

Nesse trabalho tentou-se definir a compreensão do Espírito Santo nos escritos de Paulo. Partindo de uma definição do Espírito nos escritos paulinos, elaborou-se um percurso que levou a comprovar que o Espírito Santo é identificado na teologia paulina a partir de sua ação nas pessoas e na comunidade distribuindo seus dons e despertando o coração para acolher a salvação de Deus ofertada em Jesus Cristo, crucificado-ressuscitado.

Por isso, julgou-se necessário esclarecer as fontes do pensamento paulino, suas raízes no Antigo Testamento, na tradição judaica e na experiência das primeiras comunidades. Estas estavam cientes da presença muito próxima de Deus em seu meio pelo Espírito, na concretude da sua história e da sua vida. Esse Espírito é que encorajou as comunidades e as iluminou e inspirou no sentido de perceberem-se como diversas, mas unidas num só Espírito, numa só fé, num só Corpo, a Igreja.

Evidentemente a ação do Espírito, a sua manifestação não pode ser entendida separada da Trindade. Paulo não procura definir as pessoas da Trindade, mas sua obra revela a unidade e a diversidade do Deus que se compadece do humano e faz morada nele. Outrora na criação, nos pais da fé, nos juízes, reis, profetas, depois em Jesus Cristo, presença real, encarnada de Deus na história humana e hoje no seu Espírito que congrega a todos na unidade. Claro que a ação é do mesmo Deus e todas as pessoas da Trindade estão presentes e atuantes em todas as fases dessa história de salvação, mas o que se quis pôr em evidência é a unidade do Espírito com o Pai e o Filho. Nesse sentido, é Espírito Santo, é Espírito do Pai e é Espírito de Cristo.

Finalmente esse transbordamento de amor que leva à doação total de Deus não pode ficar apenas em um ou outro, mas deve ser comunicado. Desse modo, a atuação do Espírito no corpo de Cristo, na Igreja, nas primeiras comunidades é fundamental para compreender as experiências pneumatológicas pós-pascais porque são o florescer das primeiras comunidades cristãs. É a consciência de ser um só em Cristo e, ao mesmo tempo, de ser diverso nos dons, carismas, nas possibilidades de fazer com que o Espírito viva em cada pessoa, na comunidade reunida em vista do amor, do dom total de Deus à humanidade para transformá-la. Eis a missão!

 

 

 

 

 

4.      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

COMBLIN, José. O Espírito Santo e a libertação. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1988.

 

HAWTHORNE, Gerald F; MARTIN, Ralph P. Dicionário de Paulo e suas cartas. Tradução de Barbara Theoto Lambert. São Paulo: Loyola, 2008.

 

LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário crítico de teologia. Tradução de Paulo Meneses. São Paulo: Loyola; Paulinas, 2004.

 

PIXLEY, Jorge V. Vida no Espírito: o projeto messiânico de Jesus depois da Ressurreição. Tradução de Jaime A. Clasem. Petrópolis: Vozes, 1997.

 

SCHNEIDER, Theodor (org.). Manual de dogmática. Tradução de Ilson Kayser, Luís Marcos Sander, Walter Schlupp. 2.ed.v.1. Petrópolis: Vozes, 2000.

 

SCHWEIZER, Edward. O Espírito Santo. Tradução de Romana Ghirotti Prado. São Paulo: Loyola, 1993.



[1] SCHNEIDER, Theodor (org.). Manual de dogmática. Tradução de Ilson Kayser, Luís Marcos Sander, Walter Schlupp. 2.ed.v.1. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 427.
[2] Id.
[3] SCHWEIZER, Edward. O Espírito Santo. Tradução de Romana Ghirotti Prado. São Paulo: Loyola, 1993. p. 125.
[4] LACOSTE, Jean-Yves. Dicionário crítico de teologia. Tradução de Paulo Meneses. São Paulo: Loyola; Paulinas, 2004. p. 651.
[5] HAWTHORNE, Gerald F; MARTIN, Ralph P. Dicionário de Paulo e suas cartas. Tradução de Barbara Theoto Lambert. São Paulo: Loyola, 2008. p. 484.
[6] HAWTHORNE, G.; MARTIN, R., op.cit., 2008, p. 485.
[7] HAWTHORNE, G.; MARTIN, R., op.cit., 2008, p. 486.
[8] Ibid., p. 487.
[9] Id.
[10] Ibid., p. 489.
[11] COMBLIN, José. O Espírito Santo e a libertação. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1988. p. 17.
[12] Ibid., p. 18-19.
[13] PIXLEY, Jorge V. Vida no Espírito: o projeto messiânico de Jesus depois da Ressurreição. Tradução de Jaime A. Clasem. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 142.
[14] SCHENEIDER, T., op.cit., 2000, p. 425.
[15] Ibid., p. 426.
[16] SCHWEUZER, E., op.cit., 1993, p. 89.
[17] Ibid., p. 91.
[18] Ibid., p. 92.

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