Pular para o conteúdo principal

A QUESTÃO INDÍGENA NOS PRIMÓRDIOS DO BRASIL


1.      INTRODUÇÃO

 
O presente trabalho tem a finalidade de estudar a presença indígena no Brasil no início da colonização portuguesa. Sabe-se que chegando ao Brasil, a tripulação do navio de Cabral deparou-se com seres estranhos aos europeus. Apresentavam-se nús, às vezes pintados e parece que não eram poucos esses seres denominados “índios”.

Mas de onde vieram? Quantos eram? Quais eram seus costumes? Tinham religião? Todas essas inquietações motivaram a pesquisa que culminou na elaboração desse pequeno e modesto texto.

Para que o objetivo seja alcançado, o texto está distribuído em pequenos tópicos que apresentam o resultado da investigação. Começa-se por dar uma definição da palavra “índio”, bem como da sua aplicação aos povos autóctones do Brasil. Em seguida apresentam-se os índios do Brasil: quem são de onde vieram.

Em seguida, aparece as características, costumes e cultura dos povos indígenas brasileiros e, posteriormente, a exploração e escravidão indígena por parte dos colonizadores portugueses e de seus interesses financeiros. Já finalizando a pesquisa, há um tópico que discorre sobre a relação da Igreja com os índios, onde desponta a figura do Apóstolo do Brasil, São José de Anchieta.

Finalmente, o trabalho é encerrado com a relação da Igreja do Paraná e os índios. Nesse item é destacada a presença de Frei Timóteo de Castelnuovo que viveu com vários povos indígenas no Aldeamento São Pedro de Alcântara, hoje a cidade de Jataizinho, chamado “norte velho” do Paraná, Diocese de Cornélio Procópio.

Ao leitor, fica o convite a mergulhar na história dos “descobridores” do Brasil, os denominados “sem alma”, inferior aos homens, mas que são os verdadeiros proprietários desta Terra de Santa Cruz!

 

 

 

 

 

 

 

2.      PRESENÇA INDÍGENA NO BRASIL NO INÍCIO DA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

 

Segundo o Dicionário Aurélio, os índios são indivíduos pertencentes a qualquer um dos povos aborígenes das Américas[1]. A designação “índio” deriva de Cristóvão Colombo quando ao encontrar o Novo Mundo, chamou seus habitantes de “índios” pensando ter chegado à Índia[2]. É um dos equívocos mais sagrados de nossa história. “O almirante usou o termo pela primeira vez, segundo o famoso Padre Bartolomeu de Las Casas, ao comentar uma visita que recebeu do comandante de uma das naus, a Pinta, o capitão pero Martin Alonso Pinzón, a quem enviara três ‘índios’”[3].

Quando os europeus chegaram à terra que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia bastante homogênea em termos culturais e linguísticos. De onde vieram? Os estudos modernos coincidem na atribuição de uma origem comum a todos os povos da América. Provavelmente eles pertencem ao grupo racial xantodermo, mas há grande variedade de tipos físicos. Procedentes do nordeste da Ásia, a partir de 40.000 a.C. atravessaram o estreito de Behring[4] e povoaram o continente americano com sucessivas ondas migratórias[5]. Essa população autóctone foi quase dizimada pelos conquistadores europeus.

 

2.1. OS ÍNDIOS DO BRASIL: QUEM SÃO? DE ONDE SÃO? QUANTOS SÃO?

 

“Então lançamos fora os bateis e esquifes. E logo vieram todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor. E ali falaram. E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia homens aos dois e aos três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito ou vinte”. (Pero Vaz de Caminha)

 

Em 1498, Vasco da Gama realizou a maior façanha da navegação portuguesa: alcançou Calicute, na Índia, contornando a África. Para consolidar o domínio do novo caminho, os portugueses organizaram rapidamente novas expedições.

Sob o comando de Pedro Álvares Cabral, uma nova e suntuosa expedição partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1500 com treze navios e cerca de 1500 homens. Mas, em 22 de abril a esquadra aportou em novo e estranho lugar[6]. Chamaram as novas terrar de “Ilha de Vera Cruz”, nome mudado no ano seguinte para “Terra de Santa Cruz” e, a partir de 1503, para “Terra do Brasil”, chamada também por longo tempo de “Terra dos Papagaios”[7].

À época do achamento do Brasil, encontraram aqui nativos que, à primeira vista, foram muito cordiais. De acordo com Pero Vaz de Caminha[8]: “[...] avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro”[9]. [10]

Calcula-se que havia cerca de 1 milhão de índios no brasil[11]. Outros dizem quem em 1500 estima-se que tinha cerca de 5 e 6 milhões de índios no Brasil[12]. Atualmente a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) calcula que a população indígena seja de 896 mil pessoas (incluindo aqueles que se declaram índios por raça, cor, que se consideram indígenas e que moram ou não em áreas indígenas)[13].

De 1500 até a década de 1970, a população indígena decresceu consideravelmente e muitos povos foram extintos. Esse desaparecimento, entretanto, passou a ser visto como contingência histórica apenas lamentável. Essa situação começou a mudar no século passado quando os povos indígenas foram incluídos no censo demográfico nacional pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas)[14].

Com isso, a população indígena brasileira tem sido mais valorizada e seus direitos tem sido garantidos. No entanto, é de perceber a grande diferença populacional em 500 anos. De 6 milhões para menos de 1 milhão[15]. Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do encontro do Antigo e do Novo Mundo, da ganância e da ambição, formas culturais da expansão do que se convencionou chamar o capitalismo mercantil[16].

Mas quem eram esses habitantes autóctones? Formavam uma população heterogênea divididos em vários povos: tupinambás, potiguares, guaranis etc. Falavam línguas diferentes e tinham costumes diferentes. As primeiras notícias que chegaram à Europa sobre estes povos vinham através de viajantes, naufrágos e missionários que viveram em aldeias litorâneas.

Os relatos generalizavam os traços culturais e, durante muito tempo, os índios foram considerados todos iguais. Mas não era assim. Cada povo era formado por diversas tribos que falavam a mesma língua, mantinham os mesmos costumes e estavam ligadas por fortes traços culturais. Nas aldeias em que viviam, as habitações eram geralmente organizadas em forma de círculo. Algumas tribos contavam com uma única habitação coletiva[17].

Não utilizavam metais, mas praticavam a agricultura, a pesca e a cerâmica. Conheciam o fogo e teciam fibras vegetais. Pertenciam a cinco grandes grupos linguísticos e a pequenos grupos que viviam isolados: os Tupi-Guarani (vivam longe da costa), os Jês (viviam nos planaltos Central e Meridional e próximos ao litoral no Espírito Santo e na região fluminense de Campos), os Aruák (Amazônia ocidental, fabricantes de cerâmica marajoara), os Karíb (da Amazônia setentrional até as Antilhas ou mar das Caraíbas), os karirí (do sertão do Nordeste que se adaptaram à vida do pastoreio e desapareceram pela miscigenação), os Panos e os Tukâno (vivem ainda hoje em áreas pouco acessíveis da Amazônia)[18].

Os índios brasileiros da costa foram logo dizimados pelas doenças adquiridas no contato com os brancos europeus, pela escravidão a que foram submetidos e pelas guerras, massacres e violência para com eles. Os que fugira para o interior, foram mortos física ou culturalmente pela expansão colonial a partir do século XVII. Atualmente no Brasil, existem cerca de 100 mil indivíduos (alguns dizem até 200 mil) divididos em 206 grupos[19]. Dessa população indígena, 27% de mantêm isolados da sociedade brasileira, 14% em contato intermitente, 23% em contato permanente e 36% se encontram integrados à população.

 

2.2. SUAS CARACTERÍSTICAS, COSTUMES, CULTURA

 

“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas”.[20]

 

2.2.1.      Vida e costumes

 

De maneiras diferentes, os índios habitam o território brasileiro garantindo sua sobrevivência nos recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente. Em geral, caçam, pescam, coletam, plantam e produzem os instrumentos necessários para estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela o seu próprio sustento.

Existe, na cultura indígena, uma divisão do trabalho por idade ou por sexo: cabe à mulher o cuidado da casa, das crianças e das roças. O homem é responsável pela defesa, pela caça e pela colheita dos alimentos na natureza. A caça, único meio que possuem de obter carne, pode ser individual ou coletiva.

Além de um conhecimento profundo da vida e dos hábitos animais, os índios possuem técnicas que variam de povo para povo. Com a chegada da civilização europeia, foram introduzidas a arma de fogo e o cão, que para os índios é muito querido como animal de estimação[21]. Na pesca, é comum o uso de substâncias vegetais que intoxicam e atordoam os peixes, tornando-os presas fáceis.

A maioria dos índios do Brasil pratica a agricultura segundo uma técnica, a coivara[22], idêntica à de outras populações que habitam a região tropical[23].

 

 

2.2.2.      Organização

 

Os índios vivem em aldeias que constituem unidades independentes. A forma das aldeias varia conforme o povo indígena e seus costumes. No achamento do Brasil haviam inúmeras tribos na terra brasileira, mas infelizmente grande parte foi dizimada e hoje existem tribos que se reduzem a uma única aldeia.

As casas também diferem. Geralmente eram habitadas ou por uma família extensa que compreende várias famílias. São feitas com estacas fincadas no chão e recobertas com folhas de palmeiras. É muito comum os povos se dividirem em duas metades. Os casamentos se fazem sempre entre indivíduos de metades diferentes. As crianças quando nascem passam a pertencer a uma das metades[24].

 

2.2.3.      Ritos e mitos

 

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, colonizaram e converteram muitos índios ao catolicismo, inclusive desrespeitando suas crenças e costumes. O fato é que os povo indígenas têm sua cultura e muitas tribos possuem seus ritos de culto às suas divindades. Há ritos de passagem, por exemplo, em que uma pessoa passa de uma situação para outra. São ritos que se ligam à gestação e ao nascimento, ao casamento ou à morte, dentre outras.

 

2.2.4.      Arte

 

Na cultura indígena a arte não é uma atividade separada, individualizada. Ela se mistura à via cotidiana e suas manifestações se encontram ligadas aos objetos utilitários ou a elementos rituais. A pintura corporal, trabalhos em madeira, a pintura e o desenho indígenas, os cestos, alguns a cerâmica, todos são sinal de crenças, de pertença a um povo e a uma cultura.

Caminha, descreve bem alguns resultados da arte indígena: “Davam-nos daqueles arcos e setas em troca de sombreiros e carapuças de linho, e de qualquer coisa que a gente lhes queria dar”, ou então, “e andavam lá outros, quartejados de cores, a saber metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, um tanto azulada; e outros quartejados d’escaques”[25].

 

2.3. A EXPLORAÇÃO E ESCRAVIDÃO INDÍGENA

 

A descoberta do Brasil não foi seguida pela ocupação da terra. A colônia só apareceu no quarto decênio depois da tomada de posse pelos europeus. O interesse dos portugueses na América era estabelecer contatos comerciais com os povos dos países e continentes descobertos. Mas em comparação com a Índia, o Brasil ofereceu poucas possibilidades ao espírito mercantil.

O nível cultural inferior dos indígenas, as condições geográficas e climáticas e a falta de metais preciosos cooperaram em um sentido desfavorável à troca de mercadorias. Essas circunstâncias esclarecem o pouco interesse nas novas terras da América durante os primeiros decênios do século XVI[26].

Durante este período o domínio português manteve-se na construção de feitorias (isso porque a extração do pau-brasil demandava um comportamento nômade: os exploradores deslocavam-se pelas matas litorâneas à medida que a madeira ia-se esgotando. Por isso essa atividade não deu origem a núcleos significativos de povoamento[27]) que sustentavam o comércio com os indígenas. Era o interesse, sobretudo, no pau-brasil, único artigo comercial significativo. No entanto, o comércio do pau-brasil ganhou rapidamente importância. Essa mercadoria era vista na Europa como lucrativa. Então a coroa portuguesa tratou logo de assegurar o monopólio da madeira e concedeu os direitos de exploração aos comerciantes.

Os métodos comerciais dependeram totalmente das condições da nova terra descoberta. Assim, os comerciantes ficaram na dependência do trabalho dos indígenas. A procura do lugar apropriado para a extração do pau-brasil, a derrubada, o transporte e a carga eram possível somente com sua ajuda. A falta de animais, fez dos índios o meio auxiliar para tal serviço. Em troca recebiam simples objetos, usados e velhos, vindos de Portugal[28] – o escambo[29].

Entretanto, embora os indígenas ofereceram gratuitamente seus serviços, com o passar do tempo ficaram mais exigentes, afinal “[...] só com grande dificuldade podia obter pau-brasil, porque os índios só realizavam o seu trabalho a contra-gosto e exigiam grandes recompensas”[30]. O sistema era posto então em perigo. Os portugueses atraíram, em pouco tempo, a inimizade de várias tribos. Como consequência disso, a coroa começou a dar prescrições sobre o trato com os indígenas brasileiros.

A primeira medida foi tomada pela expedição do navio “Bretoa” que continha ordens explícitas do rei português D. Manuel I condenado aqueles que ofendesses ou causasse prejuízo aos indígenas[31]. Não era bondade da coroa portuguesa, mas uma medida esperta de ter os índios a seu lado. Mas os franceses também estavam se interessando na mercadoria do Brasil. Isso foi alvo de muitas lutas entre as duas coroas. Afinal, não haviam “donos do Brasil” morando aqui e cuidando das fronteiras. Finalmente, João III reconheceu que o único caminho para a preservação do Brasil se encontrava na ocupação. Sendo assim, a expedição de Matim Afonso de Souza (1530-1533) conduziu à tomada de posse definitiva do país.

Embora a preocupação de manter os indígenas do lado da coroa, a tradição da expansão portuguesa, no século XV, o comércio de escravos foi praticado no Brasil desde o começo. A coroa foi concedendo, cada vez mais frequentemente a pessoas particulares uma licença para o comércio de escravos índios. Milhares de índios devem ter sido escravizados e enviados à Europa. O grande destino eram as Antilhas. Lá, o extermínio total da população originária levara à necessidade de mão-de-obra.

Dom João III transportou ao Brasil o sistema de doações feudais, as capitanias. O Brasil foi dividido em longas faixas de terra , inicialmente 15, em que crescia a expansão do território e também o cultivo da cana-de-açúcar. As fazendas e os engenhos criaram as condições de permanecer na colônia. Mas o número dos imigrantes brancos era insuficiente para a colonização e para o trabalho. Em 1570 viviam no Brasil cerca de 20 a 25 mil homens brancos[32]. Consequentemente, a construção econômica da colônia brasileira teve que ser suportada pelo trabalho dos indígenas.

Já antes da ocupação da terra os colonos portugueses e franceses serviram-se da mão-de-obra indígena mediante o escambo. Mas com a cultura da cana-de-açúcar os índios não eram mais tão disponíveis. Não estavam acostumados ao nível pesado do trabalho dos civilizados. Os ocupantes viram, então, no trabalho forçado dos índios, a solução para firmar-se e enriquecer-se economicamente. A justificativa era que somente o trabalho forçado os faria sair do seu modo natural de vida que denominava-se como vadiagem, preguiça para familiarizá-los com a civilização europeia.

Os escravos índios eram negociados, vendidos ou presenteados como objetos. O número era muito variável nas diversas regiões do Brasil. Mas, aos poucos, o trabalho forçado demostrou-se um meio inadequado para civilizar os índios e para induzi-los à realização de tarefas pacíficas. Muitos foram mortos nas plantações, nos trabalhos forçados porque esse ritmo era incompatível com o seu modo de vida de até então. O trabalho nas plantações chocava contra o caráter do índio. “O marcado senso de liberdade do homem natural opunha-se à apropriação do ambiente de uma fazenda. O seu monótono ritmo de vida e de trabalho encontrava-se em contraste com a vida nômade da natureza selvagem[33][34].

Os índios foram vítimas da violência à sua dignidade e da perda da liberdade. A escravidão indígena tem seu início por volta do ano 1534 e vai até 1755. O fim dessa escravidão se deu pelas leis de 1755 e 1758 por iniciativa do marquês de Pombal. Primeiro a lei de 6 de junho de 1755 que foi válida inicialmente para os Estados do Grão Pará e do Maranhão. Depois em 1758 a lei foi ampliada, por alvará, para todo o território brasileiro[35].

 

2.4. A IGREJA E OS ÍNDIOS

 

“Neste ilhéu, onde fomos ouvir missa e sermão [...]”.[36]

 

O povo indígena era, até então, desconhecido pelo mundo da época. Apenas chegando à América que se teve notícia desses numerosos povos. Para a sociedade contemporânea, os índios eram animais. Não tinham nem alma. Somente com a bula do Papa Paulo III “In Nomine Sancte” de 1537 sobre a evangelização[37] é que a Igreja vai reconhecer os índios como homens com alma.

A partir dessa bula fica estabelecido como devem se administrar os sacramentos para esses novos convertidos ao cristianismo, sobretudo sobre o batismo e o matrimônio. Nesse processo todo de colonização os índios sofreram muito nas mãos dos portugueses, espanhóis, franceses. Mas “não se pode negar que os missionários católicos tenham cuidado dos índios”[38]. A Igreja teve papel decisivo na defesa dos povos indígenas desde o achamento do Brasil. Evidentemente não faltaram clérigos que também defenderam as ideias de que os índios eram inferiores aos humanos, mas houvera expoentes da fé católica que lutaram pelos direitos indígenas até o próprio martírio.

Para proteger os índios, os missionários organizavam aldeamentos que excluíam os colonos. Desde o final do século XVI os jesuítas criaram no Uruguai, Paraguai e Brasil as “reduções”[39] que agrupavam até 100 mil autóctones[40]. Como a língua era a dificuldade da comunicação os próprios padres aprendiam a língua dos nativos e elaboravam catecismos para apresentarem a fé aos mesmos.

O próprio Papa Bento XIV em 1741 escreveu a bula “Imensa Pastorum” onde defendia direitos indígenas. Condenava todos aqueles que tiverem ousado fazer escravos os índios, transportá-los para longe de suas terras e privá-los de alguma forma de liberdade[41]. No Brasil, merece destaque José de Anchieta[42], cognominado “Apóstolo do Brasil” e beatificado pelo Papa Francisco em 3 de abril de 2014.

São José de Anchieta foi autor da primeira gramática da língua Tupi e um dos primeiros autores da literatura brasileira. Em 1533, com apenas 20 anos, é enviado ao Brasil onde começa seus trabalhos de catequese dos indígenas na capitania de São Vicente (hoje a cidade de São Paulo), quer pregando-lhes a religião diretamente, quer escrevendo autos, peças teatrais e outros.

Em 1554 funda o colégio de São Paulo, o terceiro colégio regular do Brasil. Foi um dos grandes mestres e quase o único. Encarregou-se de ensinar latim, castelhano, doutrina cristã e até a língua brasílica. A ele se deve a edificação da cidade de São Paulo. Em 1567 ajudou Estácio de Sá a expulsar os franceses do Rio de Janeiro, em 1578 foi eleito provincial do Brasil. Em 1585 pediu a dispensa do cargo de provincial e passou seus últimos dias na aldeia fundada por ele, Reritiba. Passou 40 anos no Brasil convivendo com os povos autóctones. Estes o chamavam de pagé-guaçu (padre grande), os portugueses davam-lhe o título de santo[43].

 

 

 

2.5.A IGREJA DO PARANÁ E OS ÍNDIOS

 

Na realidade paranaense a presença indígena também é realidade. Segundo pesquisas de Frei Adelino Frigo, “[...] orçava-se em 10.000 o número dos selvagens contido no território inculto da nossa Província”[44]. Outra fonte pesquisada pelo mesmo autor afirma: “Em estado de completa selvageria, errantes pelas matas, pode-se calcular em mais de 40.000 das tribos Gayuás, Guaranys, Coroados e Botocudos, além de outros de pequenas tribos pouco conhecidas”[45].

A relação da Igreja com os nativos que aqui se encontravam não é possível ser estabelecida sem a menção ao grande missionário capuchinho Frei de Castelnuovo[46]. Frei Timóteo nasceu em Castelnuovo Magra a 6 de fevereiro de 1823. Partiu para o Brasil no fim de 1850. Após alguns trabalhos no Rio de Janeiro e em São Paulo, Frei Timóteo chegou ao Paraná em 6 de dezembro de 1854 em companhia de Frei Matias de Gênova.

Quando esses dois freis chegaram a Jataí (Paraná) já haviam aqui um grupo de índios recolhidos das selvas por ordem do Barão de Antonina. Frei Timóteo passou a dedicar a sua vida à catequese dos índios enquanto Frei Matias foi encarregado do atendimento à população branca.

Frei Timóteo foi encarregado de fundar o aldeamento São Pedro de Alcântara (em Jataí), como ele mesmo afirma: “No mesmo ano de 1855, aos 25 de março, eu, freti Timóteo de Castelnuovo, missionário apostólico capuchinho, escolhi este lugar, para fundar o supradito aldeamento conforme as instruções recebidas do Exmo. Senhor, o Senador Barão de Antonina [...]”[47]. Nesse aldeamento haviam cerca de 11casas cobertas de telhas, inclusive a destinada à celebração do culto divino. Havia nele também uma ferraria e uma olaria, alguns índios, porém, moravam em ranchos cobertos de palha[48].

Quanto ao número de pessoas, há registros de que em 1876 haviam 1.487 pessoas assim distribuídas: “brasileiros e estrangeiros - 124; índios coroados – 902; índios caiuás – 461”[49]. Em 1893, no último recenseamento realizado no aldeamento, já no período republicano, existiam: “índios coroados – 247; índios caiuás e guaranis – 884; de origem europeia e africana – 184”[50].

Muitos foram os problemas enfrentados por Frei Timóteo para ajudar os índios paranaenses. Contratempos, intempéries no clima, secas, muitas chuvas, pássaros que dizimavam a colheita, irredutibilidade dos índios, incompreensão do poder central do Brasil, dentre outros. Aos poucos o trabalho foi ficando penoso e Frei Timóteo via suas forças sucumbirem. Segundo relatos, Frei Timóteo formava um indiozinho padre. Esse seu seminarista morreu à sua vista numa travessia do rio Tibagi. Dizem que após esse fato Frei Timóteo, desgostoso, começou a morrer”[51].

Frei Timóteo morreu aos 18 de maio de 1895 em São Pedro de Alcântara rodeado pelos seus índios e amigos. Conhecido como o “velho cacique do Tibagi” viveu quarenta anos de dedicação aos povo indígenas do norte do Paraná. Morreu nos braços de um velho negro. Chamado carinhosamente pelos caiúas de “ciramoin” (meu avô) e pelos caingangues “o nosso Pandaré Kufá” (nosso velho padre”[52].

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3.      CONCLUSÃO

 

Em abril de 1500 a expedição de Pedro Álvares Cabral chegava ao Brasil. No mesmo mês, no dia 26 era rezada a primeira Missa nessa nova terra descoberta. Quem eram os expectadores, a assembleia? Um bocado de portugueses e uma multidão de índios. São animais? Homens? Tem dignidade? Tem alma?

Crê-se que essas perguntas foram respondidas ao longo do texto que ora se apresentou. Diante do grande número de aborígenes que aqui se encontravam no século XVI vê-se uma decadência enorme desse número ao longo da história brasileira. Muitos são os fatores, mas certamente os maus tratos, a exploração, o trabalho, a invasão da cultura, dentre outras coisas são causas sérias da extinção de diversas nações indígenas.

Esses índios têm sua cultura, seus costumes, sua crença e maneira de ser. Foram invadidos desrespeitados pelos que vieram de fora e roubaram-lhes sua terra, liberdade, sua natureza. Foram escravizados, explorados e enganados, mas souberam resistir, mesmo a duras penas. A Igreja? Evidentemente não poucos religiosos e teólogos investiram contra os povos indígenas, mas intrépidos missionários e o Magistério mesmo deram-lhe a sua merecida dignidade e apoio.

Foram apresentados à fé católica, batizados, receberam os outros sacramentos e puderam viver conforme todos os homens e mulheres que vieram de outras terras para o Brasil. Até mesmo o Paraná pôde contar com o auxílio da Igreja no cuidado dos seus índios e na sua defesa.

Esse trabalho serviu à informação sobre as raízes da história brasileira, bem como à conscientização de valorizar a cultura do outro, de enxergá-la como riqueza que deve ser respeitada. Vários povos indígenas foram dizimados, mas ainda restam sementes de esperança em meio a realidade penosa do sofrimento indígena. Lutemos, ainda hoje, pelos seus direitos que constantemente são ameaçados!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4.      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

AGUILAR, Jurandir Coronado. Intrépidos missionários da Igreja no Paraná: biografias de presbíteros. Curitiba: Champagnat, 2010.

 

ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a história: história geral e história do Brasil. 11.ed. São Paulo: Ática, 2002.

 

BIHLMEYER K.; TUECHLE, H. História da Igreja: Idade moderna.v.3. Tradução de Ebion de Lima. São Paulo: Paulinas, 1965.

 

CAMINHA, Pero Vaz de. Carta do achamento. Porto (?), Portugal, 1450; Calecute, Índia, 15 de dezembro de 1500.

 

COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

 

CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

 

DONISETE, Luís; GUPIONI, Benzi. Índios no Brasil. 4.ed. São Paulo: Global; Brasília: MEC, 2000.

 

ENCICLOPÉDIA NOVO SÉCULO.v.7. São Paulo: Editora e Gráfica Visor do Brasil, 2002.

 

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3.ed. Curitiba: positivo, 2004.

 

FRIGO, Adelino. Memórias de um herói. Londrina: Grafmark, 1995.

 

GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL.v.13.São Paulo: Larousse; Nova Cultural, 1995, 1998.

 

MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero a nossos dias – II: a era do absolutismo. Tradução de Orlando Soares Moreira. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1996.

 

PIERRARD, Pierre. História da Igreja. Tradução de Álvaro Cunha. São Paulo: Paulinas, 1982.

 

SILVA, Dionísio da. De onde vêm as palavras. São Paulo: A Girafa Editora, 2004. p. 448.

 

THOMAS, Gerog. Política indigenista dos portugueses no Brasil: 1500-1640. Tradução de Jesús Hortal. São Paulo: Loyola, 1981.

 


 

http://alfabetanews.files.wordpress.com/2011/04/indios_seringueiros.jpg

 

http://bdmx.mx/detalle/?id_cod=13#.VBeKcJW5eP8

 


 

http://colegioparigot.blogspot.com.br/2011/05/18-de-maio-aniversario-de-morte-de-frei.html

 

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/geografia/4geografia/4estreito_bering.jpg

 


 


 


 

http://luval-historiaonlineblogspotcom.blogspot.com.br

 

http://penta2.ufrgs.br/rgs/historia/setePovosMissoes.html

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO I

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO II

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO III

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO IV

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO V

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO VI

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO VII

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO VIII

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO IX

 




[1] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3.ed. Curitiba: positivo, 2004. p. 1096.
[2] ENCICLOPÉDIA NOVO SÉCULO.v.7. São Paulo: Editora e Gráfica Visor do Brasil, 2002. p. 1176.
[3] SILVA, Dionísio da. De onde vêm as palavras. São Paulo: A Girafa Editora, 2004. p. 448.
[4] Anexo I.
[5] ENCICLOPÉDIA NOVO SÉCULO, op.cit., 2002, p. 1176.
[6] Casual ou intencional? Duas questões relacionadas à chegada dos portugueses à América provocam muitas dúvidas e discussões. A primeira diz respeito aos precursores de Cabral, pois há fortes indícios de que, em 1499, Américo Vespúcio e Vicente Pizón estiveram em terras que hoje fazem parte do nosso território. Há suspeitas inclusive de que os próprios portugueses aportaram aqui antes de 1500, com o navegador Duarte Pacheco Pereira. A segunda questão tem a ver com a intencionalidade da conquista: pretendia Cabral chegar às terras americanas ou se desviou da rota e chegou aqui por acaso? Há argumentos a favor das duas hipóteses. Mas parece que os portugueses, se não tinham certeza, pelo menos desconfiavam da existência das terras americanas mesmo antes da expedição de Cabral. Caso contrário, como se explicaria a insistência de dom João II em transferir a linha demarcatória entre terras espanholas e portuguesas para 370 léguas a oeste de Cabo Verde, tal e qual estabeleceu no Tratado de Tordesilhas? Além disso, o conhecimento que os portugueses tinham dos mares, parece difícil acreditar que o acaso tenha conduzido Cabral até a América”. ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda a história: história geral e história do Brasil. 11.ed. São Paulo: Ática, 2002. p. 186
[7].Id.
[8] “Caminha era um letrado. Um homem de formação humanística, mais interessado em descrever o que via do em calcular os lucros que o achado traria. Sua carta, portanto, é uma pequena obra prima dentro do gênero, tão rica de informações quanto singela em suas exposições. E, ademais, é o único documento coetâneo registrando a chegada dos portugueses ao Brasil”. DONISETE, Luís; GUPIONI, Benzi. Índios no Brasil. 4.ed. São Paulo: Global; Brasília: MEC, 2000. p. 39.
[9] CAMINHA, Pero Vaz de. Carta do achamento. Porto (?), Portugal, 1450; Calecute, Índia, 15 de dezembro de 1500.
[10] Anexo III.
[11] GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL.v.13.São Paulo: Larousse; Nova Cultural, 1995, 1998. p. 3142.
[12] FERREIRA, A., op.cit., 2004, p. 1096.
[13] Disponível em < http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/o-brasil-indigena-ibge> Acesso em 11 de set. 2014. 20:18hs.
[14] Disponível em < http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao> Acesso em 11 de set. 2014. 20:22hs.
[15] Anexo II.
[16] CUNHA, Manuela Carneiro da (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 199. p. 12.
[17] ARRUDA, J.; PILETTI, N. op.cit., 2002, p. 188.
[18] GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL op.cit., 1998, p. 3142.
[19] GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL op.cit., 1998, p. 3142.
[20] CAMINHA, P., op.cit.
[21] GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL op.cit., 1998, p. 3142.
[22] Anexo IV.
[23] Coivara: “Restos ou pilha de ramagens não atingidas pela queimada, na roça à qual se deitou fogo, e que se juntam para serem incineradas a fim de limpar o terreno e adubá-lo com as cinzas para uma lavoura”. FERREIRA, A., op.cit., 2004, p. 494.
[24] GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSE CULTURAL op.cit., 1998, p. 3143.
[25] CAMINHA, P., op.cit.
[26] THOMAS, Gerog. Política indigenista dos portugueses no Brasil: 1500-1640. Tradução de Jesús Hortal. São Paulo: Loyola, 1981. p. 27-28.
[27] COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e geral. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 195.
[28] Anexo V.
[29] Em troca de objetos (pedaços de tecidos, anzóis, facas) os índios derrubavam as árvores com os machados fornecidos pelos europeus. COTRIM, G., op.cit., 2005, p. 195.
[30] THOMAS, G., op.cit., 1981, p. 30.
[31] THOMAS, G., op.cit., 1981, p. 31.
[32] THOMAS, G., op.cit., 1981, p. 41.
[33] Anexo VI.
[34] THOMAS, G., op.cit., 1981, p. 46.
[35] Dia da abolição da escravidão indígena. Disponível em <http://alfabetanews.wordpress.com/2011/04/01/dia-da-abolicao-da-escravidao-indigena/> Acesso em 15 de set. 2014. 18:4hs.
[36] CAMINHA, P., op.cit.
[37] Disponível em <http://bdmx.mx/detalle/?id_cod=13#.VBeKcJW5eP8> Acesso em 15 de set. 2014. 21:58hs.
[38] PIERRARD, Pierre. História da Igreja. Tradução de Álvaro Cunha. São Paulo: Paulinas, 1982. p. 197.
[39] Anexo VII.
[40] Id.
[41] MARTINA, Giacomo. História da Igreja: de Lutero a nossos dias – II: a era do absolutismo. Tradução de Orlando Soares Moreira. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1996. p. 319.
[42] Anexo VIII.
[43] BIHLMEYER K.; TUECHLE, H. História da Igreja: Idade moderna.v.3. Tradução de Ebion de Lima. São Paulo: Paulinas, 1965. p. 187-188.
[44] FRIGO, Adelino. Memórias de um herói. Londrina: Grafmark, 1995. p. 3.
[45] Ibid., p. 4.
[46] Anexo IX.
[47] AGUILAR, Jurandir Coronado. Intrépidos missionários da Igreja no Paraná: biografias de presbíteros. Curitiba: Champagnat, 2010. p. 298.
[48] FRIGO, A., op.cit., 1995, p. 9.
[49] Id.
[50] Id.
[51] AGUILAR, J., op.cit., 2010, p. 303.
[52] Ibid., p. 304.
[53] Disponível em <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/2010/geografia/4geografia/4estreito_bering.jpg> Acesso em 11 de set. 2014. 20:01hs.
[54] Disponível em < http://www.funai.gov.br/index.php/in
dios-no-brasil/quem-sao> Acesso em 11 de set. 2014. 20:27hs.
[55] Disponível em < https://www.google.com.br/search?q=indios+no+descobrimento+do+brasil&biw=1438&bih=708&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=mjUSVLytGLeCsQSRl4HIDQ&ved=0CBwQsAQ#facrc=_&imgdii=_&imgrc=fHfhF5-VN2I0lM%253A%3BauIYzVnIaPVCEM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.paraty.tur.br%252Fimg%252Fimg_indios01.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.paraty.tur.br%252Findios.php%3B540%3B370> Acesso em 11 de setembro. 2014. 20:53hs.
[56] Disponível em < http://pib.socioambiental.org/pt/povo/canela-apanyekra/1850> Acesso em 15 de set. 2014. 16:21hs.
[57] Disponível em < http://luval-historiaonlineblogspotcom.blogspot.com.br/> Acesso em 15 de set. 2014. 17:19hs.
[58] Disponível em <http://alfabetanews.files.wordpress.com/2011/04/indios_seringueiros.jpg> Acesso em 15 de set. 2014. 118:08hs.
[59] Disponível em <http://penta2.ufrgs.br/rgs/historia/setePovosMissoes.html> Acesso em 15 de set. 2014. 22:13hs.
[60] Disponível em <http://www.bing.com/images/search?q=JOS%c3%89+DE+ANCHIETA&FORM=HDRSC2#view=detail&id=6C4F82B9ADE6ED2AAED4F00DC32CC6BCBFA2AB45&selectedIndex=50> Acesso em 15 de set. 2014. 22:49hs.
[61] Disponível em <http://colegioparigot.blogspot.com.br/2011/05/18-de-maio-aniversario-de-morte-de-frei.html> Acesso em 15 de set. 2014. 23:01hs.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO: Introdução à eclesiologia

11.        INTRODUÇÃO O trabalho tem como objetivo resumir o livro “Introdução à Eclesiologia” de Salvador Pié-Ninot. Evidentemente não é uma tarefa simples, dado a complexidade do tema e, ao mesmo tempo, as discussões polêmicas que o mesmo está envolvido. Por exemplo: Jesus fundou a Igreja ou ela simplesmente foi aquilo que seus seguidores conseguiram oferecer? Essa e outras questões polêmicas perpassam na mente de qualquer estudante de teologia. Por isso, o resumo aqui apresentado fez questão de ser fiel ao autor nas observações, nos apontamentos e, ao mesmo tempo, na disposição dos capítulos que foram lidos e analisados. Para isso, no desenvolvimento está elaboraram-se tópicos que correspondem aos capítulos em número de 6 mais a conclusão. Assim, fala-se no estudo da história do Tratado de Eclesiologia, dos conceitos fundamentais relacionados à Igreja, de Jesus à Igreja, da Igreja primitiva e edificada pelos sacramentos, das dimensões da Igreja, da missão da Igreja e, final

ESSÊNCIA, PESSOA E SUBSTÂNCIA

I – INTRODUÇÃO             O presente trabalho apresenta uma breve definição das palavras ESSÊNCIA, PESSOA e SUBSTÂNCIA. A ordem de apresentação foi estabelecida a partir da ordem alfabética. Ao longo do texto notar-se-á que se buscou apresentar a origem do termo pesquisado, bem como a sua evolução e o que ele significa no campo teológico, mais especificamente em relação à Trindade. II – ESSÊNCIA, PESSOA, SUBSTÂNCIA             O problema inicial que permeia a definição de essência, pessoa e substância começa pelo fato de os gregos falarem de uma essência e três substâncias e os latinos de uma substância e três pessoas [1] . Sendo assim, corre-se o risco de confundir os termos e seus significados. Por isso, estudou-se apenas a concepção latina sem fazer as devidas comparações com a grega. a)       ESSÊNCIA Por esse termo é entendido, em geral, a resposta à pergunta “o quê?” [2] , por exemplo, na pergunta: ‘o que é o homem?’. A resposta, em geral, exprime a essên

A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)

RESUMO: A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)   1.       INTRODUÇÃO   O presente trabalho é um resumo da obra de Bruno Forte “A Igreja ícone da Trindade”. A leitura foi realizada de forma atenta e interessada tendo em vista a importância do tema. Divindade em três grandes partes, o livro apresenta a “ ECCLESIA DE TRINITATE – de onde vem a Igreja?”, a “ ECCLESIA INTER TEMPORA – o que é a Igreja? A forma trinitária da Igreja” e a “ ECCLESIA VIATORUM – para onde vai a Igreja?”. Dessa maneira, a apresentação desse resumo seguiu o mesmo esquema apresentado pelo autor. No entanto, no livro ele faz divisão de capítulos ao apresentar cada uma das três partes. Aqui, no entanto, pensou-se em apresentar em um único texto corrido a reflexão de Bruno Forte no intuito de elaborar um pensamento único que faça a conexão dos assuntos entre si, dado que todos estão inter-relacionados.   2.       A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE   Bruno Forte escreve este