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QUANDO O SOFRIMENTO BATER À SUA PORTA... é melhor abrir

Hoje terminei de ler o livro "Quando o sofrimento bater à sua prota" do Pe. Fábio de Melo. Gosto dos escritos do referido autor, porque, por vezes, a vida humana precida de motivações e impulsos para superar dores, sofrimentos, desesperanças e continuar seu curso normal. Tem me afligido muito, nos últimos tempos, a questão do sofrimento. Isso porque tenho lidado com várias pessoas que sofrem muito, às vezes demasiado, por coisas, fatos ou situações que não merecem todo aquele desprendimento de energia. 
Nesse sentido, cheguei ao Cebo e encontrei esse sugestivo livro do Pe. Fábio. Em seus escritos, Pe. Fábio de Melo trabalha justamente questões como essas que acabei de apontar. O quanto se sofre por coisas pequenas e o quanto, em detrimento disso, não é valorizado como importante na vida. Quanto tempo se perde chorando as angústias e marcas traumaticas de situações que já aconteceram, que é impossível mudar e que já ficaram no passado da própria história.
Importante ainda a leitura que o autor faz do sofrimento, no sentido de colocá-lo como normal, próprio da vida humana. Mais cedo ou mais tarde ele vai chegar, vai bater á porta, e, segundo o escritor, é melhor abrir. Discute várias experiências concretas no livro, aponta quantas pessoas, vivas, parecem estar mortas para si mesmo e para o mundo. E mais, apresenta uma leitura cristã muito interessante do sofrimento. Prova disso são os últimos quatro capítulos do livro. Pe. Fábio trabalha a questão de qual ou quais sofrimentos precisam realmente serem vividos, quais sofrimentos nos levam do absurdo ao sentido na perspectiva de motivar, de tirar do desânimo e da falta de coragem de enfrentar a vida, de lutar pelo que se quer e se sonha. Além disso apresenta a alegria, afirmando que se se fecha a porta para o sofrimento, no sentido de não se abalar sempre e demasiadamente com ele, não se pode, no entanto, fechar a porta à alegria, às alegrias possíveis, inclusive às alegrias das coisas mais simples do cotidiano.
Finalmente, termina o livro com o capítulo "Transformados pelo sofrimento" apresentando a ótica da sacralidade que deve permear todo sofrimento enquanto entrega daquilo que se é, que se passa nessa vida em busca do céu. 
É um livro interessante e merece ser considerado, sobretudo nas situações mais adversas da vida e da prórpia história.

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