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ASCENSÃO DO SENHOR

 


 "Membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória"

A Liturgia desse domingo lembra o momento em que Jesus subiu aos céus, foi de volta para o Pai, sentar à sua direita. Nesse sentido, o livro dos Atos dos Apóstolos (1, 1-11) procura descrever tudo aquilo que Jesus fez desde o começo de sua missão até os dias em que subiu aos céus. Relata que Jesus deu instruções aos apóstolos, mostrou-se vivo depos da paixão, realizou sinais e falou do Reino de Deus. No entanto, a leitura faz questão de mencionar que Jesus subiu aos céus à vista dos que estavam com ele e, mais ainda que ele virá do mesmo modo como subiu aos céus. 
Esse mesmo relato é colocado no Evangelho de Marcos (16, 15-20) e reafirmada a subida de Jesus aos céus. No entanto, acrescenta um detalhe importante: Jesus só sobe aos céus após deicar uma missão aos seus discípulos, ou seja, depois de enviá-los para pregar o Evangelho. Isso mostra que a missão de Jesus não termina com sua subida para os céus, mas que Ele além de ficar com a humanidade nos sacramentos e sinais, quer ficar também na presença daqueles que acreditaram n'Ele e em sua proposta. Mais do que isso, Jesus não abandonou seus mensageiros, seus anunciadores quando foi para o céu, mas disse que iria ajudá-los e estar com eles por meio dos sinais que os acompanhariam. 
Nessas duas leituras, percebe-se, por diversas vezes, que o projeto de Jesus não é um projeto vazio, que segui-lo não é atirar no escuro, mas ele mesmo, além de caminhar com os seus, ainda promeuteu-lhes voltar do mesmo jeito que fora um dia. 
Tudo isso motiva a ter a mesma convicção da comunidade de Éfeso (Ef 1, 17-23), ou seja, entender a Igreja como um grande corpo sendo a cabeça, Jesus Cristo. Portanto, membros do grande corpo de Cristo que é a Igreja, o cristão é chamado a ser testemunha de sua ressurreição e glória, e mais, chamado a permanecer na esperança que não decepciona: a fé que move e orienta a vida em direção a Deus.

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