Pular para o conteúdo principal

II Domingo da Páscoa: VIMOS O SENHOR



          Hoje celebra-se o II Domingo da Páscoa. Esse tempo especial da graça de Deus manifestada ao seu povo, do cumprimento da promessa de que estaria conosco sempre, desde os pais e mães da fé, profetas, reis, tribulações e dificuldades. 
          A páscoa nos recorda e faz reviver a passagem de Jesus da morte para a vida, a palavra definitiva de Deus aos homens: a vida que dura para sempre. Por isso, neste tempo, todo cristão deve procurar aprender com as primeiras comunidades cristãs, com suas experiências, porque é a experiência dos primeiros que conviveram com Aquele que veio salvar a humanidade inteira e fazê-la totalmente nova. A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma (At 4, 32-35). Não havia divisões e contendas entre eles, mas todos tinham em comum aquilo que possuiam. Ninguém passava necessidade porque aprenderam com Jesus o que significa a partilha, o amor, a fraternidade e o amor aos irmãos.
          Por isso todo aquele que percebe o outro, que vê nele a imagem do próprio Cristo ama a Deus mesmo, segue seus mandamento (1Jo 5, 1-6). Porque sabe que é com Deus, pela fé que se vence as dificuldades e o mundo da injustiça, da má divisão de bens e do desprezo para com o próximo. Se busca-se uma alternativa para a vida no mundo, esta está na FÉ. É ela que garante a vitória sobre tudo que impede de viver concretamente na história tudo aquilo que Jesus pregou e vive. Ela, a FÉ, garante a vitória sobre si mesmo, os medos, os egoísmos e tantos outros males que afastam de Deus e da comunidade de irmãos. 
          Nesse sentido, tudo aquilo que divide a comunidade, que a faz mesquinha não provém de Deus, porque este é um Deus-comunidade. Assim aconteceu na comunidade dos primeiros seguidores de Jesus. Estando reunidos Jesus entrou no meio deles e desejou a Paz. Enviou a eles o Espírito Santo e deu-lhes poder de perdoar pecados. No entanto, um membro, Tomé não estava presente. Os outros discípulos contaram-lhe: VIMOS O SENHOR, mas Tomé não acreditou no testemunho dos irmãos de comunidade. Então Jesus aparece novamente e mostra a Tomé que está vivo, Ressuscitou como havia dito. E Tomé faz uma das mais belas expressões de fé: MEU SENHOR E MEU DEUS...
          Da atitude de Tomé pode-se aprender várias coisas, dentre ela duas: 1) o testemunho da comunidade reunida é verídico, porque foi Jesus mesmo que assegurou que onde estivessem reunidos, em seu nome, dois ou três, Ele mesmo se faria presença ali. Então, hoje, mais que nunca, o testemunho da comunidade continua vivo e continua capaz de trazer a boa notícia ao mundo, VIMOS O SENHOR. 2) mas, apesar da falta de fé na comunidade, Tomé expressou um grande ato de fé: MEU SENHOR E MEU DEUS. De fato, Jesus é Senhor e Deus dos homens, da história, do mundo, do universo, de tudo. Essa profissão de fé de Tomé deve ser assimilada e vivda na intenção de espalhar e testemunhar a todos os cantos da terra que o único Senhor é Jesus, Aquele que fez-se pequeno, servo de todos, mas Aquele que está vivo para a vida do mundo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RESUMO: Introdução à eclesiologia

11.        INTRODUÇÃO O trabalho tem como objetivo resumir o livro “Introdução à Eclesiologia” de Salvador Pié-Ninot. Evidentemente não é uma tarefa simples, dado a complexidade do tema e, ao mesmo tempo, as discussões polêmicas que o mesmo está envolvido. Por exemplo: Jesus fundou a Igreja ou ela simplesmente foi aquilo que seus seguidores conseguiram oferecer? Essa e outras questões polêmicas perpassam na mente de qualquer estudante de teologia. Por isso, o resumo aqui apresentado fez questão de ser fiel ao autor nas observações, nos apontamentos e, ao mesmo tempo, na disposição dos capítulos que foram lidos e analisados. Para isso, no desenvolvimento está elaboraram-se tópicos que correspondem aos capítulos em número de 6 mais a conclusão. Assim, fala-se no estudo da história do Tratado de Eclesiologia, dos conceitos fundamentais relacionados à Igreja, de Jesus à Igreja, da Igreja primitiva e edificada pelos sacramentos, das dimensões da Igreja, da missão da Igreja e, final

ESSÊNCIA, PESSOA E SUBSTÂNCIA

I – INTRODUÇÃO             O presente trabalho apresenta uma breve definição das palavras ESSÊNCIA, PESSOA e SUBSTÂNCIA. A ordem de apresentação foi estabelecida a partir da ordem alfabética. Ao longo do texto notar-se-á que se buscou apresentar a origem do termo pesquisado, bem como a sua evolução e o que ele significa no campo teológico, mais especificamente em relação à Trindade. II – ESSÊNCIA, PESSOA, SUBSTÂNCIA             O problema inicial que permeia a definição de essência, pessoa e substância começa pelo fato de os gregos falarem de uma essência e três substâncias e os latinos de uma substância e três pessoas [1] . Sendo assim, corre-se o risco de confundir os termos e seus significados. Por isso, estudou-se apenas a concepção latina sem fazer as devidas comparações com a grega. a)       ESSÊNCIA Por esse termo é entendido, em geral, a resposta à pergunta “o quê?” [2] , por exemplo, na pergunta: ‘o que é o homem?’. A resposta, em geral, exprime a essên

A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)

RESUMO: A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE (Bruno Forte)   1.       INTRODUÇÃO   O presente trabalho é um resumo da obra de Bruno Forte “A Igreja ícone da Trindade”. A leitura foi realizada de forma atenta e interessada tendo em vista a importância do tema. Divindade em três grandes partes, o livro apresenta a “ ECCLESIA DE TRINITATE – de onde vem a Igreja?”, a “ ECCLESIA INTER TEMPORA – o que é a Igreja? A forma trinitária da Igreja” e a “ ECCLESIA VIATORUM – para onde vai a Igreja?”. Dessa maneira, a apresentação desse resumo seguiu o mesmo esquema apresentado pelo autor. No entanto, no livro ele faz divisão de capítulos ao apresentar cada uma das três partes. Aqui, no entanto, pensou-se em apresentar em um único texto corrido a reflexão de Bruno Forte no intuito de elaborar um pensamento único que faça a conexão dos assuntos entre si, dado que todos estão inter-relacionados.   2.       A IGREJA ÍCONE DA TRINDADE   Bruno Forte escreve este