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XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

UMA GRANDE FAMÍLIA EM JESUS CRISTO

   A Liturgia do 27º Domingo do Tempo Comum faz refletir sobre a família. Mas uma reflexão da vida conjugal, familiar, propriamente dita e sobre a grande família que constituiu-se todo aquele que professa a fé em Jesus Cristo. 
   Assim, toda a temática do matrimônio, mais especificamente, gira em torno da pergunta dos fariseus sobre a permissão ou não ao homem de divorciar-se de sua mulher (Mc 10, 2b). A partir desse questionamento, Jesus mesmo retoma as escrituras e lembra Moisés e a criação. 
   Segundo o Lirvro do Gênesis (2, 18-24), Deus mesmo disse que não era bom que o homem ficasse só, então resolveu dar-lhe uma auxiliar. No entanto, entre os seres criados, não encontrou tal auxiliar. O Senhor fez então Adão passar por um sono e tirou-lhe uma costela da qual fez nascer a mulher. Essa sim, reconheceu Adão, é "osso dos meus ossos e carne de minha carne"(Gn 2, 23)! Por isso, por serem de mesma natureza os dois, homem e mulher, unirão-se e formarão uma só carne (Gn 2, 24b). 
   E Jesus, partindo da criação faz uma bonita catequese sobre o valor do matrimônio, sobretudo sobre a sua união e indissolubilidade. Afinal, o que Deus uniu, o homem não separa (Mc 10, 9). E quem o fizer, comete adultério. 
   Mas além dessa visão da família, pai e mãe, filhos, a Segunda Leitura da Carta aos Hebreus (2, 9-11), também faz pensar numa grande família constituída em nome de Cristo. Jesus é visto coroado de glória e de honra por causa da sua morte. Ele sofreu por toda a humanidade. Mas pela sua glória, pela ressureição, todos são santificados. Assim, tanto o santificador, como os santificados partem de um mesmo ancestral: Deus. E Jesus mesmo não se envergonha de chamar o ser humano de irmão. Aqui pode-se também fazer uma bonita reflexão sobre a irmandade da humanidade em Jesus Cristo. Nele somos redimidos e tornados irmãos na fé. Nele somos unidos na grande família de Deus, formando um só corpo, a Igreja. 
   Que o Senhor Jesus guie e ilumine sempre a vida das famílias e da grande família Igreja, sobretudo nesse tempo em que inicia-se o Sínodo para a Nova Evangelização e a abertura do Ano da Fé, na certeza de um despertar para a vivência da fé e o encontro com Jesus Cristo!


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