Reflexões de um inciante... “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor!’, ‘Senhor!’, entrará no Reino dos céus...”
Celebramos com muita alegria e esperança o nono domingo do Tempo Comum. Tempo esse bonito na vida da Igreja, pois nos faz experimentar Deus no cotidiano de nossa vida, em nossa casa, no nosso trabalho, enfim, nos nossos muitos e diversos afazeres diários.
Também muito inspiradora é a Liturgia deste domingo: Deus que se mostra ao homem como Aquele que deixa o ser humano livre diante de suas decisões (Dt 11, 18.26-28). Deus que apresenta ao homem, sua criatura amada, os caminhos que ele tem à sua frente, mas que adverte: “ponho diante de vós benção e maldição”. A benção, caso obedeças aos meus mandamentos, a maldição se afastares do caminho que hoje te prescrevo.
Inicialmente pode parecer-nos que o Senhor nos obriga a escolher um caminho: o da benção. Interessante que, longe de pensarmos e percebermos um Deus mal, bravo, devemos percebê-lo como um Deus que se preocupa com o nosso bem. Que sabe que se escolhermos o caminho da desobediência poderemos nos perder ante as dificuldades e realidades da vida. É para o nosso bem que Ele nos admoesta.
Concomitante a esta Leitura, o Evangelho (Mt 7 21-29) também é muito claro. Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas somente os que ouvem a palavra de Jesus e a põe em prática. Parece que o nosso Deus, em Jesus Cristo , nos fala que o mais importante talvez não seja simplesmente rezar, pedir. Essa oração e esse pedido ganham seu sentido pleno à medida que estão encarnados em nossa vida diária. É o Cristo mesmo quem nos diz que é preciso escutar e praticar sua palavra, seus ensinamentos.
Muito interessante, ainda, são as comparações de Jesus. Quem ouve e pratica as suas palavras é como o homem que construiu sua casa sobre a rocha e a tempestade não a derrubou. Ao contrário, aquele que é indiferente ao que Ele fala e ensina, esse é parecido com o homem que construiu a sua casa sobre a areia. Veio a chuva e a casa desabou. As condições climáticas são as mesmas para os dois homens: chuva, enchentes, ventos, mas a construção de um estava alicerçada em Deus, a do outro não.
Aqui cabe uma bonita e necessária reflexão pessoal a cada um de nós: onde estou construindo a minha casa? Qual a rocha/areia que a sustenta? Será que em meio a uma realidade tão difícil e desafiante eu e você damos testemunho da fé que professamos em Cristo?
Entretanto, Deus nunca abandona o ser humano. Isso nos mostra São Paulo na Segunda Leitura (Rm 3, 21-25.28): “Deus se manifestou [...] mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há diferença [...]”. De fato, o nosso Deus é misericórdia infinita e sempre está disposto a amar-nos, seus filhos queridos. Mais uma vez o coração de Deus se compadece diante da nossa fragilidade e pecado. É Deus mesmo que, em Jesus Cristo , o Salvador, vem visitar-nons e conceder-nos a grande esperança de sermos melhores e de alcançarmos, um dia, as alegrias que nos aguardam na pátria celeste.
Que o Senhor nos auxilie nesta caminhada rumo ao Reino definitivo e que Ele torne os nossos propósitos agradáveis a seus olhos. Senhor, nós confiamos e esperamos em vós!
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio - PR
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