Celebramos com muita fé e alegria o Quinto Domingo do Tempo Pascal. Mais uma vez ressoa em nossos corações o vibrante anúncio: “Ele não está aqui! Ressuscitou como havia prometido”. A emoção e a felicidade dos nossos antecessores na fé continuam a falar a cada um de nós neste tempo favorável para as graças e as bênçãos dos céus que vêm sobre nós.
Neste domingo, as leituras nos inserem no mistério daqueles primeiros homens e mulheres que foram testemunhas da Ressurreição do Senhor e que deram continuidade à sua obra. Na Primeira Leitura (At 6,1-7) percebemos que o serviço ao Senhor exige exclusividade. Não é possível a servir a dois senhores em um mesmo momento. Foi o que os Doze Apóstolos concluíram e por isso reuniram a comunidade para escolher sete homens repletos do Espírito e de sabedoria para servirem à pregação da Palavra de Deus. A multidão escolheu tais homens e a Palavra de Deus continuava a se espalhar e a tocar nos corações, frutificar havendo, assim, o aumento do número dos discípulos e daqueles que aceitavam a fé.
Já na Segunda Leitura (1Pd 2,4-9), o Apóstolo Pedro nos convida a aproximarmo-nos do Senhor, pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus. Interessante é que muitas vezes o que é pequeno, fraco, humilde, simples e frágil parece ser rejeitado pelos homens. No entanto, é escolhido e honrado em Deus e por Ele. É justamente este, que aos olhos humanos é rejeitado e desprezado, que será escolhido por Deus para ser a pedra angular, aquela que para os que não crêem torna-se pedra de tropeço. Portanto, é preciso acolher a Palavra, meditá-la no coração e proclamar as obras maravilhosas que o Senhor realiza entre nós.
A Liturgia deste domingo ainda é muito atual porque em meio a uma sociedade que anuncia a correria, a pressa, a falta de tempo para si, para os irmãos e para Deus, no Evangelho (Jo 14,1-12), Jesus nos ensina a não perturbar o coração, a ficarmos tranqüilos porque temos fé em Deus e n’Ele também. E a nossa fé não é vã, sem significado e importância, mas ela nos garante a morada na Casa de Deus. Sim, na Casa do Pai há muitas moradas e lá o Senhor vai preparar um lugar para nós. Tudo isso porque Jesus não nos abandona, antes quer levar-nos aonde Ele for.
E Jesus afirma que nós conhecemos o caminho. Mas como conhecemos o caminho, indaga Tomé? E então Ele revela-se como o Caminho, a Verdade e a Vida. Não há outra forma de ir ao Pai senão por meio dele. Ainda com a insistência de Filipe que quer conhecer o Pai, Jesus responde que quem O vê, vê o Pai. Notamos a presença do Pai nas ações do Filho, em suas palavras, nas suas obras. E quem acredita em Jesus fará obras tão belas quanto as que Ele mesmo faz e ainda fará maiores.
Peçamos ao Deus de amor e bondade que nos mantenha sempre firmes na fé e no caminho que leva à eterna Morada, afinal estamos aqui de passagem. De Deus viemos e para Ele desejamos voltar um dia. Amém.
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR
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