ABERTURA – Venham ó nações ao Senhor cantar! p.630 (Ofício das Comunidades)
Dinâmica: Caixinha de fósforo.
Texto Bíblico: Lc 24, 13-35 – Reflexão
1ª ALOCUÇÃO – A FÉ – [...] lugar e a tarefa da fé no universo: no meio das forças vitais da natureza, que estão em volta do homem e também dentro dela, a fé é uma força diferente, que responde a uma palavra profunda, “que saiu do silêncio” [...]. A palavra da fé precisa de um grande silêncio interior para ouvir e obedecer a uma voz que está além do visível e do tangível. Essa voz fala também através dos fenômenos da natureza, porque foi o poder que criou e que governa o universo; mas para o reconhecer é preciso um coração humilde e obediente [...][1].
Canto: Creio Senhor, mas aumentai minha fé! p.88 (MFC)
2ª ALOCUÇÃO – O encontro com Jesus Cristo – Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (Jô 1,38), mas é o Senhor quem os chama: “Segue-me” (Mc 1,14;MT 9,9). É necessário descobrir o sentido mais profundo da busca assim como é necessário propiciar o encontro com Cristo que dá origem à iniciação cristã. Esse encontro deve renovar-nos constantemente pelo testemunho pessoal, pelo anúncio[2]. A oração pessoal e comunitária é o lugar onde o discípulo, alimentado pela Palavra e pela Eucaristia, cultiva uma relação de profunda amizade com Jesus Cristo e procura assumir a vontade do Pai. A oração diária é sinal do primado da graça no caminho do discípulo missionário. Por isso, “é necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender essa arte dos lábios do Mestre”[3].
Canto: p.9 (MFC)
3ª ALOCUÇÃO – A solidão, ser humano, o silêncio – A solidão faz parte do ser humano, porque nada na vida pode preencher completamente as necessidades do coração humano. [...] A solidão é força fundamental que induz os místicos a uma união mais profunda com Deus. [...] Uma experiência com Deus sacia a sede pelo absoluto, mas ao mesmo tempo, paradoxalmente, estimula essa sede, por se tratar de uma experiência que nunca pode ser total; inevitavelmente, o conhecimento de Deus é sempre parcial. Assim sendo, a solidão abre os místicos para um desejo de amar todos os seres humanos como Deus os ama[4].
Canto: p.32 (MFC)
Quando começamos a entender a nós mesmos, começamos a entender os outros. Somente quando todas as nossas fraquezas são aceitas como parte da nossa humanidade, nossa auto-imagem negativa e perturbada pode ser transformada. À medida que vivemos, trabalhamos e rezamos juntos, construímos uma nova forma de família. A oração é um momento em que devemos deixar a luz fluir para nossa vida, para literalmente “iluminar” cada dia. [...] Rezar, portanto, é mais escutar do que falar. Rezar é estar centrado no amor; é deixar o que está mais profundo em nós vir à tona. Para mim, é tudo isso e mais ainda. A oração é também um encontro com Aquele que me ama, que me revela seu valor secreto, que me capacita para a vida, que ama todos nós e nos chama a um maior amor e solidariedade. A oração é o descanso na presença silenciosa e bondosa de Deus. A jornada da vida adquire sentido através do amor[5].
Canto: A melhor oração é amar... p.09 (MFC)
O silêncio real nos ajuda a realizar um encontro igualmente real com Deus porque é um encontro verdadeiro, e também fantástico, porque preenche o nosso ser com o ser divino como nenhuma outra experiência nesta vida consegue fazê-lo. Não se trata de uma realidade comum, pois Deus supera toda e qualquer realidade que os sentidos humanos captam. [...] Estamos falando de um encontro que trafega na via do Espírito e mergulha na plenitude do mistério, para atingir o patamar do Tabor, onde Deus se revela assim como ele é. E ao fazer isso, revela também o ser humano a si mesmo e, desta forma, mostra a grandeza da vida[6].
Canto: p. 67 (MFC)
MOMENTO DE ORAÇÃO PESSOAL
4ª ALOCUÇÃO – Qual caminho deve percorrer quem deseja ser discípulo de Cristo? É a senda do Mestre, é a vereda da obediência total a Deus. O caminho da humilhação, do sofrimento e da morte pelo amor. O homem não pode calcular, simplesmente deve abandonar-se em Deus, sem pretensões, conformando-se à sua vontade. Antes de tudo, Jesus chama-nos a Si: é o gesto da vocação originária para o qual nos convida a voltar. É preciso permanecer com Jesus para ser enviado, para recordar com clareza que cada ministério eclesial é sempre resposta a uma chamada de Deus, e nunca o fruto de um projeto pessoal ou de uma ambição individual, mas é um conformar a própria vontade à vontade do Pai que está nos céus. Na Igreja ninguém é senhor, mas todos são chamados, todos são enviados, todos são alcançados e orientados pela Graça divina. E esta também é a nossa segurança! Só voltando a ouvir a palavra de Jesus, que pede “vem e segue-me”, só retornando à vocação originária é possível compreender a própria presença e missão na Igreja como discípulos autênticos[7].
Canto: Luar do sertão.
5ª ALOCUÇÃO – A missão. Iluminados pelo Cristo, o sofrimento, a injustiça e a cruz nos desafiam a viver como Igreja samaritana, recordando que “a evangelização vai unida sempre à promoção humana e à autêntica libertação cristã”[8]. A resposta ao chamado de Jesus exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre, e gerar uma sociedade em excluídos, seguindo a prática de Jesus que come com pecadores e fariseus, que acolhe os pequenos e as crianças, que cura as leprosos, que perdoa e liberta a mulher, que fala com a Samaritana[9]. Que a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros. Isso é, definitivamente, a missão[10]. Zilda Arns, Pastoral da Criança.
Canto: Pelo Batismo recebi uma missão...
6ª ALOCUÇÃO – Maria, mãe e modelo; a capacidade de amar, a esperança. A Virgem Maria é a imagem esplêndida da conformidade ao projeto trinitário que se cumpre em Cristo. Desde a sua Concepção Imaculada até sua Assunção, recorda-nos que a beleza do ser humano está toda no vínculo do amor com a Trindade, e que a plenitude de nossa liberdade está na resposta positiva que lhe damos[11].
Sem dúvida, é importante a aprender a amar, mas a amar deveras! [...] enquanto continuardes a olhar a vós mesmos, nunca vos tornais grandes! Tornai-vos grandes quando já não permitis que o espelho seja a verdade de vós mesmos, mas quando deixais que ela seja dita por quem é vosso amigo. Tornai-vos grandes se fordes capazes de amar. Mas esta amor deve ser levado dentro daquele “mais” que hoje dizeis a todos. “Há mais”! [...] Aquele “mais” é ser jovens e crianças que decidem amar como Jesus, ser protagonistas da própria vida, protagonistas da Igreja, testemunhas da fé entre os vossos coetâneos[12].
Canto: p.10 (MFC)
Modifique a lógica dos fatos! Afinal, Deus é justamente essa lógica contrária, lugar de revelação para aquele que em tudo surpreende. Quem quiser que duvide, mas, por favor, não perca a esperança, porque esperar é uma forma de crer em segredo. Quando se tem um único amor, o cuidado é dobrado[13]!
Canto:
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR
Maringá, 14 de maio de 2011
[1] BENTO VI. A fé é uma força diferente. L’OSSERVATORE ROMANO. n.41. 09/10/2010.p.16.
[2] Documento de Aparecida, n.278a.
[3] Ibid., n.255.
[4] VANIER, Jean. O despertar do ser. Tradução de Magda França Lopes. Campinas: Versus, 2002. p.13
[5] Ibid., 2002, p.31-39.
[6] COSTA, Valeriano Santos. Encontro com Deus na liturgia. São Paulo: Paulinas, 2010. p. 49.
[7] BENTO XVI. No caminho de Cristo. L’OSSERVETORE ROMANO. n48. 27/11/2010. p.07.
[8] Documento de Aparecida, n.26.
[9] Ibid., n.135.
[10] Ibid., n.360.
[11] Ibid., n.141.
[12] BENTO XVI. Ser grandes significa ser capazes de amar. L’OSSERVATORE ROMANO. n.45. 06/11/2010. p.05.
[13] MELO, Fábio de. Tempo: saudades e esquecimentos: o cotidiano como lugar de revelação. 6.ed. são Paulo: Paulinas, 2007. p.12,13,17.
[14] BOFF, Leonardo. O pai-nosso: a oração da libertação integral. 10.ed. Petrópolis: Vozes, 2003. p.19.
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