Domingo, dia de graça, dia da Ressurreição do Senhor, dia da comunidade que se reúne e reza junto para louvar ao Rei dos reis. Tempo da páscoa, momento propício de bênçãos e alegrias dos céus. Tempo de alegrar-se no Senhor. Quarto Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, Domingo de Oração Mundial pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas.
É em meio a tantos sentidos que esse domingo nos oferece que nos dispomos a ouvir a Palavra do Senhor, a saboreá-la e a deixá-la ressoar em nossos corações e manifestar-se em nossas ações. Hoje, a Liturgia muito rica de sentido nos apresenta Pedro (At 2,14.36a-41) que em Pentecostes não se amedronta diante da multidão, mas apresenta a fé em Jesus como Aquele ao qual Deus constituiu Senhor e Cristo. Essa leitura lembra-nos muito a urgência da nossa presença de cristãos católicos na sociedade em que vivemos. Hoje, não diferente de outrora, muitos são os que conhecem o histórico Jesus Cristo, mas que, em meio a tantos caminhos oferecidos, não o conhece como Pessoa com quem se possa fazer um encontro libertador e salvador. É esse Jesus Cristo que encontramos na Eucaristia, na Palavra, na Comunidade, nos irmãos e nos Sacramentos que Pedro apresenta e que incentiva a comunidade a acreditar.
Mas acreditar é muito mais que dizer simplesmente. É converter-se. É deixar uma atitude, um modo de ser para configurar-se com Jesus, Aquele que deu testemunho da Verdade, Aquele que é a Verdade e a Vida.
Por isso, é preciso, para seguir Jesus e testemunhá-lo, fazer um caminho com Ele e tornar-se d’Ele. Assim Pedro (1Pd 2,20b-25) continua a nos dizer que é necessário suportar com paciência os sofrimentos por causa do bem que fazemos porque isto nos torna agradáveis a Deus e é justamente para isto que fomos chamados. É o Cristo quem sofreu por nós e quem nos dá o exemplo para que sigamos seus passos. É Jesus que não cometeu pecado, mas que sofreu, foi injuriado, mas não revidou, não se vingou, mas aceitou tudo porque sabia em quem tinha confiança. Dessa forma, nós também somos convidados a colocar nossas esperanças e nossas angústias em quem julga com justiça. É essencial abandonarmo-nos nas mãos d’Aquele que tudo conhece e tudo sabe. Daquele que nos criou por amor e sabe das nossas necessidades e das nossas capacidades.
Nesse sentido, nossa fé não é vazia, não é desprovida de sentido. Ela é a fé n’Aquele que é A Porta pela qual entram e saem todas as ovelhas e na qual todas encontram pastagem (Jô 10,1-10). Ele é o Bom Pastor. Todos aqueles que vieram antes de Jesus foram ladrões e assaltantes, não entraram no redil das ovelhas pela porta, mas por outro lugar. As ovelhas não o conheceram e por isso não o seguiram, não escutaram sua voz. Mas Cristo é quem entra pela porta e é, consequentemente, o Pastor das Ovelhas. Ele as conhece pelo nome e elas escutam sua voz e o seguem. Ele não veio para matar, nem para assaltar, mas para dar a vida e a vida em abundância. Ele é Jesus.
A nós, seguidores do Ressuscitado, o Bom Pastor, cabe entregar-se nas mãos de Deus e confiar n’Ele. Que a Oração da Coleta deste domingo manifeste nosso mais sincero desejo de atingir a fortaleza do nosso Pastor, Jesus Cristo. “Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor”.
Não nos esqueçamos de rezar pela Igreja e pelas suas vocações. Afinal é necessário sempre pedir ao Dono da Messe que envie mais operários para o ser serviço! Que Maria, a Vocacionada do Pai, abençoe, fortaleça e seja exemplo para todos aqueles e aquelas que se doam ao serviço do Reino.
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR
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