“Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”
Celebramos hoje a festa da Epifania do Senhor, ou seja, da manifestação de Deus a todos os povos da terra. A liturgia desta celebração é muito bonita e cheia de sentido, porque nos faz entender que o Cristo que se manifesta a todas as nações, manifesta-se a nós e não nos deixa parados no comodismo, mas nos anima a também manifestá-lo aos outros.
Toda a celebração desse tempo forte e único do Natal do Senhor nos motiva a abrir o coração e a vida para que Deus habite no meio de nós. Por isso, São Paulo nos adverte (Ef 3, 2-3a.5-6) que se soubéssemos da graça que Deus tem nos concedido ao realizar o seu plano a nosso respeito e por nos fazer conhecer o seu mistério. Porque o Pai não revelou estes mistérios às gerações passadas, mas no-lo revela, agora, a nós transformando-nos num só corpo em Cristo Jesus.
Deus fez com que nós nos sentíssemos um só na pessoa de Jesus. Por isso veio habitar entre nós, manifestou-se no nosso meio. Por isso, devemos alegrar-nos, ascender a luz (Is 60, 1-6) porque chegou a nossa Luz que é Cristo. Ele veio para iluminar toda escuridão e trevas que existem na nossa vida e na nossa história, no mundo. A sua glória já se manifesta entre nós e em nós.
No entanto, a manifestação de Deus não é mais um acontecimento, mas é o acontecimento que orienta a nossa vida no seguimento do mesmo Jesus. É a manifestação de um compromisso que cada um de nós também deve assumir. Os magos do oriente encontraram Jesus porque viram uma estrela que os orientou, que apontava para Jesus (Mt 2, 1-12). Isso também deve acontecer conosco. Nós, que somos cristãos, devemos ser como uma estrela a indicar o caminho até Jesus Cristo. Quantos de nós estamos inseridos hoje na Igreja porque alguém nos convidou, porque alguém nos chamou, foi até nós apontando uma luz que não era si mesmo, mas algo bem maior – era o Jesus Cristo, a luz das nações.
Celebrando a Manifestação de Deus em nós, manifestomo-Lo também aos outros. Espalhemos a Boa Notícia do Reino de Deus a todas as pessoas que encontrarmos e, principalmente, àquelas que ainda vivem na escuridão, nas trevas, no medo.
Eduardo Moreira Guimarães
Comentários
Postar um comentário