O
Concílio Vaticano II, o qual celebramos 50 anos de seu início, refletiu sobre a
Palavra de Deus na Constituição Dogmática Dei
Verbum. Esse documento tem a seguinte intenção: “[...] expor a genuína
doutrina acerca da Revelação Divina e de sua transmissão a fim de que pelo
anúncio da salvação, o mundo inteiro ouvindo creia, crendo espere, esperando
ame” (n. 1). Então, tem o desejo de mostrar à humanidade a manifestação de
Deus, que revela-Se a Si mesmo e fala aos homens como a amigos (Cf. Ex 33,11).
A Palavra de Deus, diz o documento,
quer mostrar que Deus caminha com seu povo para libertá-lo do pecado e da morte
e para ressuscitá-lo para a vida que não acaba, mas dura eternamente (Cf. n.
2). Desse modo, cabe aos bispos, presbíteros, agentes de pastoral e leigos
testemunhar, anunciar e pregar a todos os homens e mulheres essa mesma Palavra.
Tudo isso para que cresça em cada um e no mundo todo a fé e o amor a Deus e aos
irmãos.
Nesta constituição fica claro que
não é apenas por meio da Escritura que a Revelação é feita, mas também pela
Tradição da Igreja (Cf. n. 9). E mais ainda, o Magistério da Igreja está a
serviço da interpretação e transmissão dos ensinamentos da Escritura. Sendo
assim, desde a redação dos livros sagrados, Deus escolhe homens para servir-Lo
no ofício de ensinar a fé, o grande acontecimento da Sua presença no meio de
Seu povo.
Finalmente, a Palavra de Deus é uma
só. Antigo e Novo Testamento se completam, o Novo está latente no Antigo e o
Antigo se torna claro no Novo (Cf. n. 16). Assim, Cristo inaugura o Reino de
Deus na terra por fatos e palavras dando a conhecer o Pai e a Si mesmo e
completando sua obra no mistério da Sua Paixão, Morte e Ressurreição (Cf. n.
17). A nós, cristãos, cabe – pela força e graça do Espírito Santo - perceber
que Deus fala carinhosamente aos seus filhos pela Sua Palavra e espera de cada
um uma resposta amorosa de fé!
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