Estamos celebrando ainda com grande júbilo a Festa da Páscoa do Senhor. A sua vitória sobre a morte e sobre o pecado e a sua promessa de ficar sempre conosco. Nesse sentido é necessário constantemente perceber que ser de Jesus, estar com Ele, n’Ele permanecer e poder anunciá-lo; todas essas atitudes supõem um sentimento sublime, uma forma bonita e alegre, o AMOR. Em meio a uma sociedade que tem interpretado de maneiras diversas essa palavra, somos convocados, ante o nosso ser cristão, a dar razão da nossa esperança. Não acreditamos numa promessa simplesmente, num Deus que está longe de nós. Ao contrário, confiamos n’Aquele que não abandona, que é fiel até o fim, que permanece ao lado daqueles que chamou.
Nessa perspectiva, a Liturgia desse Sexto Domingo da Páscoa interpela a todos nós a amar. Mas amar sem medidas nem limites. A Primeira Leitura (At 8,5-8.14-17) mostra-nos o movimento das primeiras comunidades em acolher os ensinamentos dos Apóstolos, a dar crédito ao anúncio que lhes era feito. Mas esse ouvir a Palavra e os ensinamentos só é possível graças à força, luz e coragem emanados do Espírito Santo pela imposição das mãos de Pedro e João. É Deus que se revela na Terceira Pessoa da Trindade na Igreja e entre aqueles que escolhe e conquista para Si.
A Segunda Leitura (1Pd 3,15-18) mostra a necessidade de manter-se preparado sempre. É preciso estar pronto a dar razão da nossa esperança. Mas que razão é essa? Justamente o próprio Jesus Cristo, o Ressuscitado. É ele quem nos orienta, que nos encaminha e conduz. É ele quem nos desperta frente aos desafios enfrentados na história de ontem e de hoje. É ele quem nos auxilia no trabalho evangelizador e propagador da Boa Nova do Reino do Pai. Se n’Ele confiamos, ele saberá conduzir-nos não nos deixando às mãos dos difamadores. Pois será melhor sofrer para o bem do que praticar o mal. Se assim o fizermos, segundo a vontade de Deus, receberemos vida nova pelo Espírito.
Por fim, no Evangelho (Jô 14,15-21) Jesus diz que se o amamos somos capazes de guardar seus mandamentos. E ele não nos deixará só, mas pedirá ao Pai um outro Defensor, o Espírito da Verdade, que nós conhecemos, embora o mundo não conheça. É Jesus mesmo quem promete não nos deixar órfãos. Ele se manifestará àqueles que o amam. A promessa de Jesus aos discípulos é rica e atual. Ele mesmo permanece conosco e nos indica o rumo a tomar. Ele pede que o amemos, mas é Ele quem nos ama por primeiro e nos ensina a possibilidade de amar. É o seu Espírito, o Espírito do Pai, que vem sobre nós e que age nas vicissitudes da história conduzindo-nos rumo à Pátria definitiva, a glória do Pai.
Que no nosso trabalho cotidiano de anunciadores de Jesus, o Ressuscitado possamos irradiar em todos aqueles que assim o quiserem a razão da nossa esperança, a força que nos impulsiona no caminho e a alegria que nos move e nos leva até Deus, nosso Pai.
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR
Comentários
Postar um comentário