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DONS DO ESPÍRITO SANTO - PIEDADE


“Os sete dons do Espírito Santo [...] completam e levam à perfeição as virtudes daqueles que o recebem. Tornam os fiéis dóceis para obedecer prontamente às inspirações divinas”.[1]

Nesse sentido, o dom da Piedade fala bem ao coração de Deus e ao nosso. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos, portanto, numa atitude de filhos buscando um diálogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos[2].
O dom da Piedade inclina o cristão à oração, ao louvor, à adoração, à contemplação; leva-o a sentir gosto pela oração, sentir desejo e satisfação de estar com Deus, de rezar e falar com Deus através da oração[3].
O dom da piedade faz com que não nos cansemos de rezar e de sentir-se bem ao rezar. Através deste dom, Deus vai revelando aspectos espirituais que muitos não percebem. Por isso, a alma piedosa tem mais luzes e percebe melhor as coisas a nível espiritual.
Há pessoas que dizem: "Mas , eu rezo tanto!" e é preciso perguntar: "Mas, como reza?". Não basta rezar, é preciso rezar bem, meditando nas palavras, vivendo a oração. E o dom da piedade nos ajuda a rezar bem. É possível sentir na alma uma grande paz, suavidade, gozo e alegria.
Porém, esse dom não nos faz perder no universo de uma oração vazia, sem sentido. Ao contrário, significa ter na devida conta e apreço o valor da vida e tudo o que a mantém e suporta.
O Dom da Piedade é para se enfrentar a realidade e responsabilidade de cada um, como por exemplo, os pais dedicarem-se aos seus filhos com todo o cuidado e ternura. A alegria e a disponibilidade em servir a Deus e aos irmãos, a dedicação em dar o melhor de nós em tudo que fazemos. Dessa maneira, cada um deve assumir as suas responsabilidades de tornar a oração uma prática de piedade inserida na vida espiritual, mas também no desejo de tronar-se cada vez melhor junto a Deus e aos irmãos, na comunidade e na sociedade na qual estamos inseridos e temos a possibilidade de transformar.



Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR



[1]Catecismo da Igreja Católica, n.1831.
[2] http://www.pime.org.br/catequese/cateqmjdinsete.htm. Acesso em 9 de jun. 2011. 09:23hs.

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