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XXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM


Hoje a Igreja celebra o XXIII Domingo Comum. Sua Liturgia convida a acolher a todos os que se nos apresentam. A fé no Senhor Jesus Cristo não admite acepção de pessoas, já dizia São Tiago (Tg 2, 1). Se aparece um pobre ou um rico, em igual dignidade, eles devem ser acolhidos. Provavelmente o pobre que necessita mais deve ser mais acolhido, no sentido de que foi a ele especialmente que Deus escolheu para ser rico na fé (Tg 2, 5).
               Esse ato de acolher a todos é essencialmente parte da pedagogia de Jesus ao anunciar o Seu Reino. É essa atitude que Ele tem com todos aqueles que O procuram, que O buscam na dificuldade, na alegria. É isso que Ele faz, acolhe, o surdo. Mas além de acolher, Jesus recupera a pessoal, cura-a, fá-la sair de seu estado de dor e dá-lhe nova vida. Assim o fez com o surdo ao sair com ele de perto da multidão (Mc 7, 33) e abrindo-lhe os ouvidos para que escutasse sem dificuldade: “Efatá” (Mc 7, 34).
               Essa atitude de Jesus, de acolher, de curar, de amar as pessoas deve ser também a atitude de cada crente. É preciso, ainda hoje, dizer às pessoas que passam por dificuldades: “Criai ânimo, não tenhais medo!” (Is 35, 4). É preciso, ainda hoje, ter os mesmos comportamentos de Jesus para que o Seu Reino continue a construir pessoas mais renovadas, mas felizes, mais vivas, mais dispostas a viver com fidelidade e amor ao Senhor. Somente com o incentivo, com a repetição das mesmas atitudes de Jesus como atitudes próprias “A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes de água” (Is 35, 7).

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