"Oh! Quão manso e amoroso
Despertas em meu seio
Onde tu só secretamente moras:
Nesse aspirar gostoso,
De bens e de glória cheio,
Quão delicadamente me enamoras!"
(Obras Completas - João da Cruz)
"[...] a oração, a abertura do espírito humano para Deus é o verdadeiro culto. Quanto mais o homem se torna palavra - ou melhor, se torna resposta a Deus com a sua vida inteira -, tanto mais ele realiza o culto justo".
"[...] o verdadeiro sacerdócio é aquele ministério da Palavra e do Sacramento que transforma os homens em dom para Deus e torna o universo louvor ao Criador e Redentor. Por isso, Cristo que Se oferece a Si mesmo na cruz é o verdadeiro Sumo Sacerdote, para o qual apontava de modo simbólico o sacerdócio de Aarão. O dom que Jesus faz de Si mesmo - a sua obediência que nos acolhe a todos nós e nos reconduz a Deus - é, por conseguinte, o verdadeiro culto, o verdadeiro sacrifício. Por isso, no centro do ministério apostólico e do anúncio do Evangelho que conduz à fé, deve estar o ingresso no mistério da cruz. Consequentemente, se na celebração da Eucaristia, na participação sempre nova no mistério sacerdotal de Jesus Cristo, podemos ver o centro do culto cristão, contudo há que ter sempre presente a sua extensão total: o objetivo constante é atrair para dentro do amor de Cristo todo indivíduo e o mundo, de modo que todos se tornem juntamente com Ele 'uma oferta agradável a Deus, santificada pelo Espírito Santo' (Rm 15, 16)".
"Vivendo o Evangelho e padecendo por ele, a Igreja, sob a guia e mensagem apostólica, aprendeu a compreender cada vez mais o mistério da cruz, embora este, em última análise, não se deixe reduzir às categorias de nossa razão: na cruz, a obscuridade e a ilogicidade do pecado encontram-se com a santidade de Deus na sua luminosidade ofuscante para nossos olhos, e isto ultrapassa a nossa lógica. Todavia, na mensagem do Novo Testamento e na sua realização na vida dos santos, o grande mistério tornou-se totalmente luminoso". (Jesus de Nazaré - Parte II/ Bento XVI)
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