Tive que ler, por orientação do Professor de Filosofia Contemporânea, o livro “As lutas do povo brasileiro: do ‘descobrimento’ a Canudos”. Confesso que não estava muito animado para a leitura deste livro e inicialmente, com muitos preconceitos acerca do assunto. Então comecei a leitura depois de ver alguma coisa sobre Nietzsche, meu filósofo de monografia. Interessante é que eu estava com sono e rapidamente me despertei por inteiro com uma das primeiras frases do livro: “Nos livros de história, o povo quase nunca aparece”. É uma das maiores verdades que já ouvi, afinal, quem se importou em escrever sobre o que o povo pensa, como o povo reagiu diante das lutas que ele mesmo fez e que, na maioria das vezes, foi derrotado? Quase ninguém.
E como o autor mesmo diz: “A partir daí se exerce um controle ideológico tendo por base o seguinte: são os “grandes homens”, os “heróis” e os “santos” que lutam pelas massas, pois elas são incapazes de entender a grande política”. Ele tem razão. No cenário brasileiro a realidade que vemos é essa. Só os “doutores” podem nos representar e falar em nosso nome.
Dessa forma, o autor, Júlio José Chiavenato descreve as lutas pela independência do Brasil como colônia de Portugal a partir dos vencidos, e não, como ocorre comumente dos vencedores. Confesso que é uma leitura inigualável. É um livro muito bom e recomendo a todos que desejam conhecer um pouco a história sofrida do Brasil dos brasileiros e a reconhecer nos pobres, negros e índios a grande força que impulsionou nosso país para o crescimento. A vitória é deles, a vitória é nossa, a vitória é do povo sofrido, excluído e explorado do Brasil. Ainda bem que somos brasileiros e não desistimos nunca. Com essa leitura cheguei à conclusão com o autor: “O povo lutou sempre. Continua lutando”! Vale a pena a leitura. Eu recomendo!!!
Eduardo Moreira Guimarães
5º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio – PR
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