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O DOGMA
TRINITÁRIO NA HISTÓRIA DA TEOLOGIA: quatro séculos de reflexão.
Elementos
fundamentais: a divindade do F, a divindade do E, a unidade de essência dos
dois com o P, com o qual são um só Deus. Final do séc. IV. Unicidade: constante
no NT. Unidos ao P, o F e o E. Pai: iniciativa na criação e salvação.
OS PADRES
APOSTÓLICOS E APOLOGETAS
PADRES
APOSTÓLICOS: Clemente
Romano, Inácio de Antioquia, Pseudo Barnabé, Policarpo de Esmirna, Autores da
Didaqué, O Pastor de Hermas (santidade de vida, sabedoria, zelo doutrinal).
-
Escritos semelhantes aos do NT. Deus é, em geral, o P. União do F e do E ao Pai
na criação e redenção. Salvação em JC. Retorno glorioso. Exortações à
obediência aos pastores. Alerta para heresias e cismas. Testemunhas da fé em
busca de formulação para além de conceitos.
Carta aos
romanos de Clemente Romano
-
Paternidade divina refere-se mais à criação q a JC. Vaga noção da preexistência
de Xto à encarnação. O E é mencionado, derramado, mas não há fórmula clara
sobre a divindade. As fórmulas trinitárias estão presentes sem uma teologia
trinitária. São conservadas duas cartas aos Coríntios exortando sobre contendas
por deposição de presbíteros. Único D, único C, único E. unidade de cada um
(fórmula triádica). Não há clareza sobre a divindade do E.
Inácio de
Antioquia
-
Escreveu sete cartas as caminho do martírio. Primeiro a falar “católica”.
Relaciona a unidade da Igreja e a T além do monoteísmo centrado no P. as três
pessoas intervém na identificação da Igreja e na salvação. JC é chamado D,
conhecimento de D, palavra do P do qual saiu. O ES está na geração humana e na
unção de J (Espírito de D). Processão: C, Palavra saída do silêncio do P.
Espístola do
Pseudo Barnabé
-
Amigo de Paulo. Fundamenta a pré-existência d JC à encarnação em Gn 1, 26 –
façamos. JC é chamado “o amado”, Kyrios que aceitou entregar sua carne à
destruição, aquele de cuja abundância nos é dado o E (provém da fonte do
Senhor). Aludi ao Batismo e atribui a profecia também ao E.
Didaqué
-
Do grego: ensino, doutrina, instrução. Mais antiga fonte de Instrução cristã.
Dividida em 2 partes: regras de moralidade e instruções litúrgicas. 2 vezes
aparece a fórmula batismal de Mt 28, 19 e são as únicas menções ao E. As orações
da eucaristia dirigem-se ao P pelo F que é apresentado como “o servo” –
cristologia arcaica.
O Pastor de
Hermas
-
Autoria incerta. Hermas (Rm 16, 14). Exorta à penitência, supõe perdão dos
pecados depois do Batismo e considera lícito o casamento na viuvez. O texto foi
acusado de cristologia adocionista em que o E. e o C. preexistentes parecem se
identificar. “A Deus agradou a conduta
dessa carne, porque quando tinha o ES na terra, não a melhorou”. O escrito
trataria do F ou do E que se une aos homens ao qual devem obedecer para
alcançar a salvação. A hipótese da ausência de uma cristologia não fora bem
aceita. E que se une aos homens. F – mediador da salvação. Quase nula a adesão
á encarnação/história.
-
Não tem abordagem teórica a respeito da T. E, nos primeiros séculos, referia-se
à natureza divina, em concreto à de JC e não à 3ª pessoa divina. Ainda não se
pode falar de um teologia trinitária apesar do uso de formas triádricas.
Encontra-se mais desenvolvida a relação P-F e a preexistência do F reconhecido
e chamado D. O E está relacionado à inspiração profética, à encarnação de J e a
ter sido derramado com provável alusão ao Batismo.
PADRES
APOLOGETAS: Justino,
Taciano, Atenágoras, Teófilo de Antioquia.
-
Chamados assim por terem se preocupado em defender a fé de mal-entendidos.
Conhecedores da filosofia grega (anunciar a fé à camadas mais altas). A geração
do Logos, F de D, foi a preocupação mais notável. Refletiram sobre as relações
entre P e F e também com o E. defenderam tanto a doutrina de erros quanto o
direito de professar a fé cristã acusada de ateísmo, canibalismo, incesto...
Justino
-
No diálogo com Trifão convicto do monoteísmo cristão e ai expõe seu pensamento.
Defini D como invariável, causa de tudo. P do universo que recebe nome a partir
de seus feitos. P, F, E são denominações tomados de suas obras, não nomes.
Encarnado – F, unge – E, envia F/E – P. Identidade no agir. D é ingênito (não
gerado). Causa de si mesmo. Menção do P acompanhada da menção do F.
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Recorre ao AT quando interrogado se o crucificado é o Messias. Mostrar que J
correspondia ao logos grego: capacidade de racionalização individual ou o
princípio cósmico da Ordem e da Beleza.
-
O F ou Verbo está com D e veio à existência quando D criou todas as coisas, não
no nascimento de M é F do Fazedor e preexistente como D. Antes de M já é F d D.
Preexistência do F: teofanias do AT. Verbo primogênito e força de D.
-
Geração: preexistência e co-eternidade que é relacional. No interno da t não
existe vida estática, mas relacional, dinâmica. P –fonte da essência divina. F
– não é fonte, não é criador, é enviado. Esse emanar, jorrar é a geração que
não aconteceu, mas que acontece sempre. F cria como participação. Não há ação
do P sem do F e do ES. Participam em essência do P. Movimento fontal.
-
Foi gerado como homem por uma Virgem e sendo único F do ingênito foi gerado por
aquele que é D e P do universo antes da criação dos séculos. Fala do E somente
em relação à economia salvífica. Como se dá essa geração? “D como princípio antes de todas as criaturas, gerou certa potência
racional de si mesmo a qual é chamada pelo ES Glória do Senhor, ás vezes F.
todas essas divinas denominações que lhe vêm por estar a serviço da vontade do
P e por ter sido gerado por querer do P. Algo semelhante vemos em um fogo que
ascende outro, sem que se diminua aquele do que se formou a chama”. O F é a
glória do Senhor, a potência racional, chamado F por estar a serviço do P,
gerado por vontade do P.
-
Geração intelectual, não física. Potência racional que saiu de D identificada
com a sabedoria. Geração temporal acontece com M. A eterna é constante, vincula
o F ao P. Geração que não divide nem diminui o P. Luz da Luz – pela geração
eterna se dá uma subsistência diversa do P sem ser outro D. “Potência
inseparável e indivisível ao P – luz do sol que ilumina a terra. Quando quer
faz saltar-se de si, quando quer, recolhe essa potência”. O E só em relação á
economia. Espírito profético atuou na vida de J: encarnação (confusão com o F),
batismo (porque que a partir dele o E pudesse ser derramado sobre os cristão).
Formas doxológicas: 1 – P, 2 – F, 3 – E, tríade batismal. T em Platão. Justino
acentua a distinção entre P e F sem distanciar-se da unidade. A elaboração
posterior vai concluir que a geração do F faz parte do ser mesmo de D, não é
fruto de decisão contingente, sendo livre; a dinâmica da geração do F o
diferencia do P. o problema da unidade ainda não é especulado claramente. Tendência
subordinacionista. Deus fazedor, criador, mas J tem algo de menor, hierarquia.
Taciano
No
princípio existe uma potência que é o verbo. Razão: racionalidade no sentido de
realidade subsistência não física. Atribui ao Verbo (não Jesus encarnado) a
responsabilidade criacional. Tem consciência de que o F não é outro D e fala da
sua geração eterna sem diminuição do P. “Por vontade de sua simplicidade sai o
V. obra primogênita do P. Princípio do mundo por Participação. Não deixa
carente de onde se torna”. Preocupa-se em mostrar que a geração do F não
significou uma separação em D e que o monoteísmo se mantém. Geração? Taciano
complementa: participação ontológica de ser livremente concebida, exercida em
movimento constante. O divino pediu a forma humana. Eu quero colaborar. Em base
a Jo 1, 1.4,24 define: D é espírito (criador dos espíritos materiais) e a
condição espiritual de D é participada pelo V que possui a mesma natureza. Pq o
F participa? Pq tem a mesma natureza. É invisível tbm. Mas a atuação ad extra é a visibilidade de D. Usa a
metáfora do fogo para explicar a geração eterna do F: não há cortes, mas
participação. Além de D espírito fala de seu legado E de D (q pode habitar no
corpo humano) e dar ao homem a perfeição, mas não se relaciona com o P e o F no
interior da vida divina; intuição válida, mas binária-binitarismo! Quem é D? P
e F, E é característica das duas pessoas, mas não é pessoa. A geração eterna do
V não está no plano da materialidade. O V, nunca chamado F aqui, participa da
condição espiritual de D. F, no interno da T, participa recebendo.
Atenágoras
Usa
fórmulas trinitárias como Justino e diferente de Taciano. Acentua a unidade do
P e do F. na sua compreensão o Logos é imanente, existe em D antes da geração.
Reflexão sobre geração e criação. O V foi gerado para o princípio das obras de
D, mas não foi criado. Se determina pela estrutura triádrica e acentua a
unidade do P e do F insinuando a inabitação mútua, um sendo no outro, igual
vertente, dupla mão, movimento constante. O E está unido ao P e ao F, mas não é
chamado D e a noção de emanação é ambígua: sai e volta como um raio de sol. O E
não é D como o P e o F, mas há um aspecto ambíguo: as pessoas agem nos
carismas, libertadores; é algo de divino, sai e volta-sai e volta. E: força que
toca, q não se vê, mas se sente – elementos de divindade. Geração
eterna/emanação. Intenta distinguir em dois planos em que se dá a unidade e
distinção em D: a) O plano em que se dá a unidade – na potência – dynamis –
capacidade ativa e intercambiável; b) O plano da distinção é na ordem entre os
três – táxis – ordem que marca distinção e mostra que não são intercambiáveis
em todos os aspectos. Há neles uma ordem ontológica que não atua/identifica o
outro. União de tão grandes coisas e a distinção dos unidos (ao interno dessa).
O V não é criado porque D é sempre racional. “Potência na unidade e sua
distinção na ordem”. L imanente q existe em Deus antes da geração. E não é
chamado D. Fala-se diretamente da geração do F pelo P, mas não da processão do
E.
Teófilo de
Antioquia
Termo
‘trinitas’ atribuído aos P, F e E. refere-se aos 3 dias que precedem a criação
dos luminares como símbolo da Trindade de D – D, seu V e a Sabedoria. Ao
contrário dos outros, identifica a S ora no E, ora no V. atribui unicamente ao
E a inspiração da Escritura. Obscuridade das pessoas. Paternidade de D se
refere à criação. Monarquia e unicidade de D que se mostra na criação. Desenvolve
a doutrina dos dois estados do V: a) L imanente – seio do P antes da geração
propriamente dita; b) L proferido – quando D gera para criar o mundo. Como o P
é criador, criação e geração se aproximam (No interno, D o P tira do nada, dá
existência. Se é origem da divindade e a relação com o F é geração, tem que se
distanciar da criação). Há a lacuna da ideia de CONTÍNUO. Ai a geração se
aproxima de criação. Elimina a possível dificuldade de supor que o P, antes da
geração, estivesse sem razão e sem sabedoria; diferencia-se explicitamente dois
estados do logos preexistente. Com o tema da geração, permitiu dar razão à
filiação divina de J sem recorrer a modelos humanos e animais de geração, mas à
natureza espiritual divina. Criação: dá o ser, dá a existência, ainda não
existia... Geração: já possuía o ser, relação, já existia. Potência: deixa
afirmada a divindade do L como F de Deus unido ao P, bem como o caráter
universal da mediação criadora de JC presente em toda a criação. Limite: falta
a clareza sobre a eternidade dessa geração. O F é D, parece que, a partir da
criação. Não se esvaziando do seu V senão gerando-O e conversando com ele
(conselheiro).
Apologistas:
doutrina sobre o L inspirados no prólogo de Jo. Dar razão da verdadeira
filiação de JC sem que a geração se explicasse segundo os modelos animais e
humanos. Divindade do L como F, unido ao P. mediação criadora de JC como razão
do universo e a presença de suas sementes em toda a criação. menos explícita a
teol. do E unido ao P e ao F na vida trinitária. Teófilo o considerava
destinatário, junto c o F, do Gn 1, 26 – incluído na ‘trias’ divina.
A TEOLOGIA DO
FINAL DO SÉCULO II E DO SÉCULO III
Engrenagem:
revelação tem as peças. Falta organizá-las. Irineu, Tertuliano, Orígenes:
distinção e unidade das pessoas divinas à economia da salvação e da vida
intra-divina.
Irineu de Lião
Defender
a fé do gnosticismo que negava a divindade do F, a fé dos intelectuais, só eles
conheciam conhecer a D que é inacessível, simples, incorpóreo, puro intelecto e
de natureza espiritual. O F e o E atuam na criação como duas mãos do P. tudo
vem de um só D pela unidade de substância que tudo realiza com o F (L) e com o
E (Sab). Ambos estão com o P desde sempre e se manifestam de modo ordenado.
Subordinacionismo. F e E tem a divindade c origem no P e estão no P e
manifestam-se de modo ordenado. Manifestação de D em nome de uma ordem. Na
criação, o F é a forma e o E o dinamismo. O F é o único que dá acesso ao P, sua
visibilidade. Reserva o nome d D com todos os seus atributos para o P –
subordinacionismo F-P.
Tertuliano
Combate
o patripassionismo (P e F são a mesma pessoa chamadas diferente – foi o P que
se encarnou e foi crucificado). O P que sofreu a paixão. “Trinitas” como
contrário de muitas. Não realidade numérica, mas intrínseca. Pessoa para tratar
do P, do F e do E individualmente e argumentar que os três são eternos,
inseparáveis e distintos. Pessoas: papeis, externar-se. Esforço de linguagem.
Unidade: P, F e E são um só D do qual tudo provém, pois uma só é a substância,
um só o estado e poder divino. Quanto à divindade são um. Distinção:
distinguem-se, sem separação de monarquia, pelos graus, forma, espécies na
economia que dispõe a unidade da T na ordem dos três (economia, manifestação).
O P contem toda a substância de que o F e o E participam em graus diferenciados
com certa inferioridade subjacente. Usa imagens comparativas: tronco, galhos e
raízes; monarca – governo e seus ministros. Geração eterna em três teses: a) o
intelecto divino completa a si mesmo, sua razão e sua mente; b) na preparação
para a economia antes da criação o L que está em D, por vontade de D, passa a
contemplar a si mesmo no pensamento da economia, de tornar-se dito, palavra,
conhecido; c) antes do tempo, no interior de D, o L de D contempla a sabedoria
voltado para o início de suas obras, é dom do L. Começa uma clareza triádica.
Razão, Palavra e Sabedoria sempre estiveram dispostas na mente de D, faltava
que fossem conhecidas em sua forma e substância de modo que a criação é obra da
T. Teol. trinitária bastante elaborada: ao F e ao E aplica o termo “vicárius”:
ao F por tornar visível o P e ao E por tornar visível aos homens a obra Cristo
e a realiza-la neles tornando-a presente e atuante.
Orígenes
O
P é o único D em si, transcendente a tudo, inclusive ao F e ao E de forma que
eles estão unidos ao P pela substância que é a santidade e o bem. Parece
considerar uma substância participada e uma não participada. Defronta-se com
heresias que ameaçam a distinção em D e combate afirmando a unidade de vontade
na ação, fundamenta a distinção numa linha descendente entre P, F e E na qual o
último quase não tem lugar porque está unido ao F, indicador absoluto. Afirma
pela 1ª vez e claramente a divindade do V – geração coeterna p o L é desde
sempre o F e está orientado para a criação e a economia salvífica.
HERESIAS
TRINITÁRIAS
O
q está em jogo? A tri-unidade de D. A teol. ocidental dá mais ênfase à unidade
da substância divina. Um só D ou três pessoas apenas? Manutenção da diferença e
unidade. Unidade ou trindade das heresias. Como entender a heresia? “ação de
escolher ou retirar”. Antagônico à ortodoxia. Tri-unidade em Deus, como? N
cristianismo primitivo é o desvio da doutrina do Senhor.
Gnosticismo
Espécie
de religião universal, unindo o cristianismo às mais antigas crenças e ao
próprio judaísmo. No princípio de tudo estaria o absoluto em que emanou íons,
série de seres intermediários entre o espírito e a afastaram do absoluto uno.
Sofia, um dos íons, sozinha tem um filho, um deus imperfeito e mau formado, um
Demiurgo (artesão) que gerou o mundo material “mal” à diferença do único bem
absoluto. Demiurgo, outro íon, depois de expulso do reino da luz, teria sido
lançado num abismo onde acabou por criar o nosso universo dando forma.
Monarquismo
Contra
o politeísmo pagão difunde a unidade absoluta em D de modo que o P e F são apenas
nomes dados às atuações do mesmo D.
Monarquismo
dinamistas
Professa
que J era mero homem o qual no momento do batismo teria sido revestido do poder
divino (dynamis). Foi, portanto, um homem adotado por D.
Sabelianismo ou
modalismo (monarquista)
P,
F e E seriam três modos diferentes de manifestação divina do mesmo e único D.
Patripassionismo
O
C para ser D tinha que ser idêntico ao P; que teria se encarnado e padecido
pessoalmente os limites de humanização até os sofrimentos na cruz.
Adocionismo
Com
a particularidade de ser convencido da unidade de D e da plena divindade em C,
acredita que JC teria sido homem comum adotado por D no batismo e abandonado na
cruz.
Subordinacionismo
Somente
o P é D eterno, o F e o E são chamados D de modo figurado. Deus torna-se P,
criou o F; este criou o E pelo qual criou todas as coisas. Ário foi seu
principal defensor.
Triteísmo
Assim
como em D há três pessoas distintas, há também três essências ou naturezas,
três deuses que atuam em comunidade, cuja unidade está no conceito e na
coletividade.
UMA LINGUAGEM
ESPECÍFICA PARA UMA REALIDADE EXTRAORDINÁRIA
Processões
divinas: geração (F) e expiração (E). Relações entre as pessoas divinas e
salvaguarda a a origem de Deus em D mesmo; em igual substância e com
propriedade ontológicas específicas de cada pessoa. S. Tomás diz que toda
processão supõe uma ação que nem sempre tem seus efeitos no exterior. Logo, nas
processões o efeito acontece para fora, mas também permanecem em Deus. é nisto
que consiste a diferença entre as processões divinas e a criação. Ário e
Sabélio não admitem relações em D uno absoluto porque negavam a pluralidade em
D.
Criação
Ato
pelo qual D dá a existência a todo o que antes não existia, cria num movimento
de exteriorização cujo efeito é verificado de fora.
Missões divinas
Modo
como D se manifesta ao mundo. o P enviou seu F e pelo F enviou o E.
Propriedade ou
distinção formal
O
que caracteriza uma pessoa divina pertencendo só a ela e não às outras. Jeito
que se dá a conhecer peculiar. F – visibilidade.
Apropriação
É
o atributo comum às três divinas pessoas embora aplique-se mais
convenientemente a uma que às outras, e à ela se aplica de maneira especial.
Pdoe pregar de uma e de outra, embora mais a uma que a outra. Atributos.
Pericorese/In-habitação
Relação
entre as pessoas divinas; enquanto uma está em evidencia as outras estão ao
redor de sorte que a obra feira por uma pessoa é da T por completo. João
damasceno – brincadeira de roda. Ato trinitário.
DA CRISE ARIANA
AO CONCÍLIO DE NICEIA (325)
Ário:
subordinacionismo ensinava que o F e o E seriam duas hipóstases derivadas e
subordinadas ao P que é único e verdadeiro D. O F é divino somente por
participação e adoção e foi criado para servir de instrumento na criação do
universo, não tem participação na natureza de D.
A crise ariana
Ário
acusa Alexandre de sabelianismo por pregar a unidade na T. Alexandre convoca 2
assembleias de seus padres para discutir como impedir Ário.
Respostas a Ário
– tendências para Niceia
Alexandre de
Alexandria
Insiste
na geração eterna do F por vontade livre do P que sempre foi P.
Eusébio de
Cesaréia
Como
Orígenes, afirma que o P é único D e distingue as 3 hipóstases partícipes da
divindade; o F é gerado eternamente pelo P e não criado; mas ainda mantem mta
distinção.
Marcelo de Ancira
Antes
da criação, o L estava no P como sua dinamis ou potência. Depois da encarnação,
o F se fez hipóstase, passando a ser distinto, a humanidade de D, não D.
No Talia – contrapondo Alexandre. Deus não era
desde sempre P. o F também é do nada. Teve um começo de ser. 320 – Alexandre
sínodo local (Atanásio) condenar e expulsar. F é criado, obra. Não é idêntico à
natureza do P. Verbo e Sabedoria por problema linguístico. O V nunca conhecera
o P como ele é desde sempre. O F não conhece sua própria natureza como ele
mesmo é.
Convocação de
Niceia
321
– Alexandre concílio de Alexandria. Ário ainda argumenta. 324 – Constantino
escreve para terminar a disputa. Alexandre outro concílio na Diocese de
Antioquia – CONSUBSTANCIAL (324). Credo de Niceia: um só D, um só S JC
consubstancial ao P (gerado, não criado). E no ES.
Imprecisões de
Niceia
CONSUBSTANCIAL
– tradução grego e latim. Omoousius – essência ou potência divina, substrato
(do ente divino). Não aplicável a seres corporais, mas aplicável à essência
individual em comum aos seres do mesmo gênero (divino). F. gerado na essência
do P, sendo a mesma hipóstase, ou gerado da mesma essência do P mas em hipóstase
divina. Estão falando de q? latim ou grego?
A LUTA
ANTI-ARIANA ENTRE 325 E 381
Consubstancial
é o mais anti-ariano. Dois problemas: ousia/omoousios não se encontram na
escritura; ambiguidade de ousia: essência individual ou comum aos seres do
mesmo gênero. Niceia: mesma essência c hipóstase diferente. Assim o F poderia
ser gerado da essência do P (mesma hipóstase) ou gerado da mesma essência do P
(hipóstase distinta-substrato diferente). Atanásio de Alexandria e Hilário de
Potiers.
Tendências
arianas mais significativas
Aécio e Eunômio
Arianos
radicais. O F gerado não pode ser D, da mesma essência. O F não é co-eterno.
Grupo dos homos
Arianos
moderados. Há semelhança genérica (omoousious) no P e F – não se pronunciavam
sobre a igual substância.
Os homoousianus
Semi-arianos.
Omooousious niceno confunde o P e o F. A geração produz uma semelhança ao P na
substância, mas não igual ou idêntico ao P. Contribuem para o triunfo final das
reses nicenas. Há possibilidade de substancia igual no F.
Atanásio
Como
Alexandre usa as imagens: imagem, esplendor. O F existe desde sempre e é tbm
mediador da criação. A T existe na sua plenitude divina e não depende da
criação. O F coeterno é da ousia (substância) do P uma só unidade de essência
por natureza e verdade. O homem é F, mas criado. O F é por natureza e verdade.
Gerado eternamente e a geração corporal em vista da salvação. Não haveria
verdadeira salvação se o F não fosse da mesma natureza do P. Não é participação
por graça, mas ele é assim, ontologicamente. O E é d D, dado pelo P mediante o
F e não criatura. Pertence ao F (relações paralelas: P-F; F-E), é
consubstancial ao P e ao V. Não dito D. Tem mais de D que de criatura. Tem
atributo divino.
Hilário – credo
niceno
Fórmula
batismal (Mt 28, 19) para afirmar a unidade divina. Subsistência do F e sua
igualdade ao P com as metáforas do rio e do raio do sol; P e F tem ações
diferenciadas na criação e na salvação dos homens. Geração divina: dar tudo o
que tem sem diminuição. Não há lacunas. É fundamento da unidade do P e do F e
elimina todo subordinacionismo. O P é capacidade eterna e infinita de comunhão
e amor. Sendo assim, não teria por que não o fazer e nem houve um tempo em que
D estivesse solitário (contra Sabélio). O E é Deus e não criatura e está unido
ao P e F na confissão nicena. Mas Hilário não elabora a relação trinitária do
E.
Acontecimentos
361-381
Sentido
niceno de omoousious vai legitimando-se. Eliminando Sabélio. Há uma substância
e 3 realidades distintas. Bispos escrevem ao imperador que o termo omoouios
evita a ideia de criação do F. mas Valente está com os arianos.
Padres
capadócios
Homoousios.
Unidade e distinção. Eunômio: definição de D como ingênito. Nega a divindade do
F. não pode ser D o que vem do outro. Ingênito não pode gerar. O F é menos do
que o P pq não é ingênito. Não pode haver comunhão de substância. É impossível
que o F existia antes de ser gerado. F – criatura primeira. O F é imagem do P
não da substância, mas da atividade.
Basílio de
Cesaréia
Arcano
da divindade – impossibilidade de definir a substância divina. D não pode ser
definido só conhecido pelo F e E. Semelhança do P e do F está na natureza, não
na atividade. Igualdade de poder: identidade de substância. P é maior enquanto
causa e princípio do F gerado. 2 tipos de nomes: absolutos (em si, cavalo,
gato), relativos (indicam relação – pai, amigo). Nome são relação não o que sã
em si. Não indicam a substância e sim a relação. Unidade da essência divina e
pluralidade das pessoas a partir da distinção dos nomes. Distingue a relação de
procedência da sucessão cronológica. F eterno e gerado. Era junto de D. A
atividade do F corresponde à natureza de D, o ingênito é a imagem de substância
do P. E junto com o P e F encontra-se na tríade divina. Três pessoas têm uma só
natureza, são um só D. Os 3 são incriados. Não há 3 princípios, mas um único: o
P que dá tudo sem receber em troca e sem perder nada do que cria mediante o F e
aperfeiçoa a criação no E. O P, F e E existem cada um em uma hipóstase própria:
paternidade, filiação e santificação. O que é comum é a divindade, o que é
particular é a paternidade. E unido ao P e F no batismo e nas preposições de,
por em. E opera na criação. Unidade na ação salvífica. O E é capaz de
divinizar. Koininia para falar da unidade. Mas não chama E D nem usa
homoousios. Não é gerado nem criatura. Fala da T consubstancial.
Gregório
Nazianzeno
Problema
da unidade e da distinção das hipóstases por suas propriedades. P – sem
princípio, não gerado. F – gerado sem princípio. E procede sem ser gerado. P é
ingênito, F é gerado e E procede do P. Propriedade do E Jo 15, 26 processão do
E indica a 3ª pessoa. Relação ad intra. Três pessoas são eternas. O único que
não tem princípio enquanto F é gerado e o E procede. Relação para fundar a
unidade de natureza do P e do F. Os nomes de P e F indicam a natureza igual dos
dois. Unigênito porque é a única geração. Também o E é homoousios. Os três são
um só ser quanto a divindade, e o único ser são três quanto às propriedades. A
unidade e a T em D devem ser afirmadas ao mesmo tempo. “Três diversas
propriedades, uma só divindade não dividida na glória, na honra, na essência e
na realeza”. Como Basílio, serve-se da presença do E em J para mostrar sua
divindade.
Gregório de
Nissa – irmão de Basílio
A
geração divina é sempre um ato eterno. Não há em D um antes e um depois. Seres
incriados (pessoas divinas) e criados. Os incriados é comum, natureza divina é
a única que possui essa característica. P – não ser gerado, F – ser gerado, E –
nem gerado, nem não-gerado. Distingue-se do F em que não tem subsistência do P
como unigênito, senão que se manifesta por meio do F. nas 3 divinas: uma é a
ousía-essência. A peculiaridade da hipóstase faz ver a distinção das pessoas,
prosopa, e o único nome em que cremos D mostra a unidade na essência.
Conhecemos D não por sua natureza, mas por sua atividade. Os 3 querem e
realizam o mesmo. Há uma só disposição do P que se leva a cabo pelo F e pelo E.
Nenhum ato é realizado separadamente. O E procede do P e é recebido do F. Tem
sua causa no P através do D e com ele. A vida divina transmite-se ao F pela
geração, ao E mediante o F, pela processão. Plena divindade do F e do E.
O CONCÍLIO DE
CONSTANTINOPLA (381) E SUA REPRESENTAÇÃO E OS CONCÍLIOS ECUMÊNICOS MEDIEVAIS
Constantinopla
(381)
Assume
a fé nicena. Acentua sobre o E reconhece sua divindade embora não afirmada
diretamente. Ousia ainda podia ser compreendida como substância ou como
hipóstase – lugar onde essa substância subsiste. Resolvido com os capadócios.
Atribui ao E a mesma dignidade de ser adorado e glorificado. Só não fala que é
D. E que é santo, atributo de D (Basílio) quando fala da unicidade com o P e o
F. E que é Senhor – NT aplica ao P e F, indica equiparação de dignidade. E que
dá a vida – ação santificadora e criadora. E que procede do P, paralelamente ao
F, sendo este gerado e aquele soprado. E divino. Ainda existem reticências. E
que falou pelos profetas, é o mesmo E que atuou antes e depois d C. P
acrescenta que é criador do céu e da terra falando da universalidade do domínio
do P sobre tudo. F afirma que a geração é antes de todos os séculos e faz a
distinção entre ousia e hispóstase que Niceia ainda não conhecia como essência
e pessoa. Aspectos históricos de Jesus: encarnação por obra do E e de Maria
(Virgem), crucifixão, sepultura e ressurreição... segundo as escrituras.
Parusia: 2ª vinda F com glória como infinitude do Rei, contra Marcelo de
Ancira. Tempo de espera. REPERCUSSÃO: Constantinopla I foi a respeito do E e da
distinção entre ousia (essência) e hipóstase (pessoa com propriedades e
distinção). Niceno continua não como referencia. Esse ainda não conhecido.
Somente Calcedônia (451) vai ressaltar sua importância comparada a Niceia. O
dogma trinitário ficou definido no essencial. Houveram pormenores: a) Carta dos
bispos do Oriente a Dâmaso: desculpa pela ausência. Comentam sobre a fé.
Afirmam a distinção de ousia na distinção das hipóstases ou pessoas que
subsistem em igualdade de honra, eternidade e poder. Convencidos que não há
como dividir a essência, a natureza e a divindade. Eliminam as propriedades de
criado... Sabélio, Eunômio e Ário. b) Tomus Damasi – resultante do concílio de
Roma em 382 condena os que negam o P e F com mesma divindade. E que são três
pessoas, verdadeiras, eternas.
Concílio de Calcedônica (451)
Distingue
as duas gerações de C unigênito, geração eterna segundo a divindade do P e
geração de M segundo a humanidade.
Constantinopla
II (553)
Sanciona
a fórmula da unidade de essência na T das hipóstases. Apesar de ser
cristológico, 1º canon trinitário: uma só natureza, uma só potência, uma T
consubstancial, uma só divindade adorada em três pessoas e anetematiza quem
nega. Há um só D e P do qual provém todas as coisas.
Concílio medievais
Concílio
Lateranense
Acentuação
da unidade divina que caracterizará os medievais. Opõem-se a Joaquim de Flora e
Pedro Lombardo que afirmavam uma quaternidade com a essência divina além de
entenderem a T como coletividade.
Concílio de Lião
II e o de Ferrara ou Florença II
Tentaram
a união entre Oriente e Ocidente do Filioque. Afirmavam que a Sta. T não são 3
deuses, senão um único.
O PAI
Não
há nem aumento nem diminuição. A essência divina é possuída inteiramente por
cada uma das pessoas a seu modo de ser. Pessoa divina – indica relação
subsistência em D. A existência de três distintos centros de autopossessão e de
atividade relacional da comunhão perfeita. “Três eu” que excluem qualquer teu e
meu Jo 16, 14-15 – pericorese ou autopossessão. O P é o que assegura a unidade
na T pro ser a fonte única da divindade da qual o F e o E procedem por geração
e emanação. Não há uma essência divina anterior às pessoas nem natureza divina
superior a ela, porque essa natureza divina é possuída pelos três. O P possui a
natureza divina de maneira fontal, dando-a e nunca recebendo-a. A posse da
divindade não indica a independência das duas outras, mas é fonte das relações
intratrinitárias, é ser, ontologicamente. Relação: atributo inerente à essência
divina trinitária. Fonte de relações. Deus é exclusivo ao P? O primado do P,
fonte e origem, não contradiz a igual divindade do P. A natureza divina é
comunicada ao F e ao E tal qual é possuída.
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