Saudação
p. 9: “A primeira
visita pessoal do papa a seus Irmãos é [...] um fato histórico que se insere na
longa, complexa e infatigável ação evangelizadora destes imensos territórios
[...]”.
p. 10:” Foi plantada a
Cruz de Cristo, foi dado o nome católico, foram realizados esforços
sobre-humanos para evangelizar essas terrar [...] difundiu-se por todo o
continente o nome do único Salvador Jesus Cristo, foi construída a Igreja, foi
difundido um espírito cujo valor e impulso estamos hoje sentindo”.
“A obra, como todos
sabemos, não está acabada. [...] O futuro reclama um esforço, uma audácia, um
sacrifício que põem na Igreja uma angústia profunda”.
p. 11: “[...] os guias,
os mestres, os profetas da fé percebe a instabilidade que a todos nos ameaça”.
“Esta é para a Igreja
uma hora de ânimo e de confiança no Senhor”.
“[...] as reuniões de
vossa II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, que sabemos
preparadas com tanto esmero e competência, tratarão mais a fundo de vossos
problemas”.
I.
ORIENTAÇÕES
ESPIRITUAIS
p. 12: “[...] temos um
dever imanente e permanente de buscar para nós mesmos a perfeição e a santificação”.
“Não podemos anunciar a
Palavra de Deus sem tê-la meditado no silêncio da alma. Não podemos ser fieis
dispensadores dos mistérios divinos sem termos garantido antes para nós suas
riquezas. Não devemos nos dedicar ao apostolado se não sabemos corroborá-lo com
o exemplo das virtudes cristãs e sacerdotais”.
“[...] o mundo nos
observa hoje de modo particular com relação à pobreza, à simplicidade da vida,
ao grau de confiança que pomos para nosso uso nos bens temporais”.
p. 13: “[...] as
virtudes teologais assumem, para a nossa alma e para a do próximo, toda a sua
soberana importância. [...] A fé é a base, a raiz, a fonte, a primeira razão de
ser da Igreja, bem o sabemos. ”
“E sabemos também como
a fé é atacada pelas correntes mais subversivas do pensamento moderno”.
p. 14:” [...] estamos
expostos à tentação de historicismo, de relativismo, de subjetivismo e de
neopositivismo, que no campo da fé criam um espírito de crítica subversiva e
uma falsa convicção de que, temos de renunciar ao patrimônio doutrinal,
acumulado durante séculos pelo Magistério da Igreja [...]. Infelizmente também
entre nós alguns teólogos nem sempre vão pelo caminho certo”.
“Mas hoje alguns
recorrem a expressões doutrinais ambíguas, arrogam-se a liberdade de enunciar
opiniões próprias [...] confundindo a legítima liberdade de pensamento que
frequentemente se equivoca por conhecimento insuficiente das verdades
religiosas”.
p. 15: “[...] purificar
e dar autenticidade ao verdadeiro culto católico, fundado sobre o dogma e
consciente do mistério pascal que encerra, renova e comunica [...]”.
p. 16” Quanto ao
ministério da palavra, tudo o que se fizer em favor de uma instrução religiosa
de todos os fieis, uma instrução popular e cultural, orgânica e perseverante,
será nem feito; não deverá continuar existindo o analfabetismo religioso entre
as populações católicas. [...] Falai, pregai, escrevei, tomais posições, como
se diz, em harmonia de planos e intenções, a respeito das verdades da fé,
defendendo-as e ilustrando-as, da autoridade do Evangelho”.
II.
ORIENTAÇÕES
PASTORAIS
p. 16-17: “[...] a
caridade para com o próximo depende da caridade para com Deus. [...]
pretende-se secularizar o Cristianismo olvidando a sua essencial referência à
verdade religiosa, à comunhão sobrenatural com a inefável e transbordante
caridade de Deus para com os homens [...]”.
p. 17: “O outro ponto
doutrinal refere-se à Igreja chamada institucional, confrontada com outra
presumida Igreja chamada carismática, como se a primeira, comunitária e
hierárquica, visível e responsável, organizada e disciplinada, apostólica e
sacramental, fosse uma expressão já superada do Cristianismo, ao passo que a
outra, espontânea e espiritual, seria capaz de interpretar o Cristianismo para
o homem adulto da civilização contemporânea e de responder aos problemas
urgentes de nosso tempo”.
p. 18: “Bastarnos-á
reafirmar nossa certeza na autenticidade e na vitalidade de nossa Igreja, uma,
santa, católica e apostólica, com o propósito de conformar cada vez mais sua
fé, sua espiritualidade, as aptidão para abordar e salvar a humanidade [...]”.
p. 19: “Os sacerdotes
sempre estarão dentro de nosso espírito, em nossa lembrança. [...] são vossos
primeiros e indispensáveis colaboradores, são os mais diretos e mais empenhados
‘dispensadores dos mistérios de Deus’, isto é, da palavra, da graça, da
caridade pastoral, são os modelos vivos da imitação de Cristo; são, como nós
outros, os primeiros participantes do sacrifício do Senhor; são nossos irmãos,
nossos amigos; devemos amá-los intensamente, cada vez mais”.
“Procure-se dar aos
Conselhos Presbiterais e Pastorais a consistência e funcionalidade desejada
pelo concílio [...] ponha-se toda a atenção em recrutar e formar os
seminaristas [...]”.
p. 20: “E seguida,
veneráveis Irmãos, propomos à vossa inteligente caridade os jovens e
estudantes”.
“[...] os trabalhadores
do campo, da indústria e similares”.
III.
ORIENTAÇÕES
SOCIAIS
p. 21: “As atestações,
por parte da Igreja, das verdades no terreno social não faltam: procuremos que
às palavras se sigam os atos”.
“Não somos técnicos;
contudo somos pastores que devem promover o bem dos seus fieis e estimular o
esforço renovador que está se desenvolvendo nos países onde se exerce nossa
respectiva missão”.
“[...] formar
sacerdotes e leigos no conhecimento dos problemas sociais [...] considerando
tudo à luz cristã que nos faz descobrir o homem em primeiro lugar e os demais
bens subordinados à promoção total do homem no tempo e à salvação na
eternidade”.
p. 22: “[...] a Igreja
se encontra hoje diante da vocação da Pobreza de Cristo. [..] A indigência da
Igreja, com a decorosa simplicidade de suas formas, é um testemunho de
fidelidade evangélica; é condição, algumas vezes imprescindível, para dar
crédito à própria missão; representa o exercício às vezes sobre-humano, daquela
liberdade de espírito, diante dos vínculos da riqueza, que aumenta a força da
missão do apóstolo”.
“A força? Sim, porque
nossa força está no amor. [...] Superemos esses obstáculos e deixemos que o
amor governe nossa missão confortadora e renovadora”.
p. 23: “[...] nem o
ódio, nem a violência são a força de nossa caridade”.
“A Paz! Bem recordais o
enorme interesse que a Igreja tem por ela [...] repetimos nossos votos pela
paz, a paz verdadeira que nasce dos corações crentes e fraternos; a paz entre
os povos mediante um humanismo iluminado pelo evangelho; a paz da América
Latina a vossa paz”.
p. 24: “Essa atitude é
uma educação ética e espiritual, coerente e profunda; exclui o uso dos meios
que profanam as relações conjugais e que intencionam resolver os ingentes
problemas da população com expedientes excessivamente fáceis; essa atitude é,
no fundo, uma apologia da vida, dom de Deus, glória da família, força do povo”.
(falando da Humanae Vitae)
p. 25: “O episcopado
latino-americano, em sua II Conferência Geral [...] prestará seu serviço de
verdade e amor com vistas à construção de uma nova civilização, moderna e
cristã”.
Comentários
Postar um comentário