Neste final de semana a Igreja celebra o X Domingo do Tempo Comum. Dia do Senhor, o Domingo, é dia de reunir-sem comunidade para celebrar e viver a fé que é comunhão, tornar-se família de Deus.
A Liturgia da Palavra desse domingo é interessante. Já na primeira leitura (Gn 3, 9-15) aparece o homem, Adão, escondendo-se de Deus porque está em situação de pecado, estava nu. Mas só tinha essa consciência de sua nudez porque comeu do fruto proibido por Deus. A desobediência é sinal de pecado, é atestar contra a vontade do Pai que tudo oferece com amor para que os homens sejam felizes.
Na segunda leitura, Paulo (2Cor 4, 13-5,1) mostra que o homem não ficará imerso no pecado, porque Aquele que ressuscitou dos mortos poderá ressuscitar também a todos e clocá-los ao lado de Deus nos céus. Para tanto, é necessário e eficaz que a graça de Deus cresça entre os que crêem no Cristo para a maior glória de Deus. Afinal, não é o desânimo que sutenta a caminhada, mas o olhar voltado para as coisas do alto, as coisas invisíveis. Estas não perecem, mas permanecem para a vida eterna.
No Evangelho (Mc 3, 20-35), Jesus depara-se com situações inusitadas. Acusam-no de estar possuído, de estar posuído por Belzebu, príncipe dos demônios. No Evangelho desse dia é necessário especificar e esclarecer alguns pontos. Primeiro, o respeito ao poder de Jesus. Se ele tem parte com Satanás não pode oferecer um Reino, porque Satanás é aquele que divide e, portanto, um reino dividido não será um reino. Depois, o respeito à Sua Pessoa. Afinal, ninguém assalta uma casa quando seu dono é forte, precisa amarrá-lo primeiro. O Reino de Jesus não é fraco, mas forte, permanece firme mesmo com todos os abalos sofridos. Finalmente, o respeito ao Espírito Santo, afinal quem blasfemar contra ele não será perdoado. Esse é o único pecado que não tem perdão, não porque Deus não pode perdoar, mas porque o homem mesmo é quem recusa estar na graça de Deus, exclui-se ele próprio da salvação de Deus. Não quer fazer parte da grande família de Deus.
Assim, o que permanece latente nesse trecho do Evangelho é estar ou não com Jesus. Os parentes de Jesus pensavam que ele estava louco, mas Jesus afirma que seus parentes são todos aqueles que fazem a vontade de Deus. Quem não se lança com Jesus ao seu projeto não pode ser seu pai, irmão, mãe... mas somente aquele que faz a vontade de Deus.
Nessa semana que ora se inicia, a reflexão de cada um deve ser a pergunta sobre a pertença ou não a Jesus, ou seja, aceitar ou não sua proposta, viver ou não sua mensagem, enfrentar com Ele as dificuldades que vierem, inclusive para testemunhar e anunciar o Reino definitivo.
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