1. Ler Sofonias, Joel e Malaquias.
Qual a temática central de cada profeta? Cite um versículo que julgue central.
a)
Sofonias – Sofonias profetiza em
vista do dia do Senhor (1, 7. 14-16. 3, 11). Será o dia em que Iahweh fará
justiça a todos os que se afastaram dele (1, 6.8.11.12.18b; 2, 4.8.10.12.13; 3,
2). Dia de ira (1, 15), mas em que o Senhor ficará ao lado do seu povo, o Resto
de Israel (3, 13), dando-lhe lábios puros para invoca-lo e servi-lo (3, 9),
procurar refúgio em Iahweh (3, 12b), alegrar-se de todo coração (3, 14b). O dia
em que eliminará o inimigo e mostrará que Ele está no meio de seu povo como
herói que salva (3, 15b.17), reúne (3, 18) e que exulta por sua causa (3, 17b).
Portanto, a temática central é o convite à conversão (3, 9) porque critica o
sincretismo (1, 4-7) e defende a justiça social (3, 3-4) e a presença de Deus
em meio ao povo (3, 11-20).
Versículo: “Iahweh,
o teu Deus, está no meio de ti, um herói que salva!” (Sf 3, 17).
b)
Joel – O texto de Joel também está
permeado pela espera do dia do Senhor (1, 15; 2, 1b. 11b; 3, 4b.14). Para o
profeta esse dia será de escuridão e trevas, de nuvens e obscuridades, terrível
(2, 2.11b). No entanto, a temática central é a conversão do povo a Deus (2,
12-13) porque o Senhor é aquele que tem ciúme de sua terra e piedade de seu
povo, que o reúne, que está no seu meio, que salva o povo sendo refúgio e
fortaleza (2, 18. 27; 3, 5; 4, 2. 16b).
Versículo: “[...]
retornai a mim de todo o vosso coração, com jejum, com lágrimas e gritos de
luta. Rasgai os vossos corações, e não as vossas roupas, retornai a Iahweh,
vosso Deus, porque ele é bondoso e misericordioso, lento para a ira e cheio de amor, e se compadece da
desgraça” (Jl 2, 13-14).
c)
Malaquias – O profeta parte do amor
de Deus por Israel (1, 2). Exalta a grandeza do Senhor (1, 5.14b). Novamente
vem a temática do Dia de Iahweh (2, 17s; 3, 23). No entanto, mesmo sendo amado
pelo Senhor, Israel se afasta (1, 10. 12; 2, 8. 11; 3, 7). Então, a mensagem
central do profeta Malaquias está centrada na volta do povo a Deus e de Deus ao
povo (3, 7b), sobretudo porque critica o culto dos sacerdotes indignos. Realça
a importância da Lei de Moisés e de que será enviado o profeta Elias que fará
voltar o coração dos pais para os filho (3, 22-23). É inédito no seu livro
chamar a Deus de pai (1, 6).
Versículo: “Voltai
a mim e eu voltarei vós” (Ml 2, 7b).
2. Escolha três visões em Jeremias e
três visões em Ezequiel. Qual a mensagem teológica de cada visão?
Jeremias:
a) 1,
11-12 (Visão do ramo de amendoeira) –
essa visão situa-se na vocação de Jeremias. Teologicamente significa a presença
de Deus àquele que ele escolhe, porque a amendoeira ao aguardar a primavera
para florescer, evoca o vigilante, Deus sempre alerta. E esse Deus vigia e guia
a história, realiza sua palavra pelo profeta (1, 12).
b) 1,
13 (Visão da panela fervendo) – essa
visão aponta para os oráculos de castigo. Deus que olha para o Norte, para aqueles que o
abandonaram e seguiram a deuses estrangeiros prostrando-se diante de suas mãos,
o pecado da Idolatria. Quem se afasta do Senhor torna-se fraco, deixa-se dominar
pela maldade. Ao contrário, aqueles que permanecem com Ele são como cidade
fortificada, coluna de ferro, muralha de bronze (1, 18).
c)
24, 1-10 (Visão dos dois cestos de figos)
– a visão dos cestos de figos evoca a bondade do Senhor para os que sofrem, os
exilados, os pequeninos, os que só têm a Deus como refúgio e proteção (24, 5).
Ao mesmo tempo, mostra que Iahweh não se agrada daqueles que oprimem,
escravizam e maltratam o povo, como é o caso de Sedecias, seus príncipes e o
resto de Jerusalém (povo da terra), desses não tem compaixão (24, 8-10). Deus
está sempre do lado do povo.
Ezequiel:
a)1,
4-29: (Visão do “carro de Iahweh”) –
Essa visão situa-se no contexto da vocação de Ezequiel. É uma visão que evoca a
presença do espírito do Senhor na vida de seu povo e daquele que Ele chama. O
espírito em Ezequiel é sinal da presença de Deus. Isso fica evidente no fato de
que todos caminhavam para a frente seguindo a direção que o espírito os conduzia
(1, 12.20). Além disso é presença do Deus vivo porque aparece, 2 vezes, a
expressão “espírito do ser vivo” (1, 20.21). A vocação do profeta tem seu ponto
culminante na visão da Glória do Senhor, onde ao vê-la percebe a voz de alguém
que lhe falava (1, 28). Portanto, Deus que chama é Deus que fala e que
estabelece uma relação de intimidade com o profeta e com o povo.
b)
2, 1-10: (Visão do livro) – Essa
visão também encontra-se na vocação de Ezequiel, particularmente em sua missão.
O espírito mesmo do Senhor entra no profeta e coloca-o à disposição para ir
onde Deus o enviar. Mesmo que seja uma casa de rebeldes, a missão profética não
suporta o medo, mas a coragem de transmitir as palavras que Iahweh mandou, quer
escutem ou não (2, 7). No entanto, para uma nação rebelde, o que se pode
esperar é o que estava contido no livro: “Lamentações, gemidos e preces” (2,
10b). Ou seja, aqueles que não respeitam
o Senhor e não obedecem seus mandamentos cumprindo a Aliança firmada, recebem a
recompensa de suas escolhas.
c)
8, 1-18: (Visão dos pecados de Jerusalém)
– Essa visão de Ezequiel aponta os pecados de Jerusalém contra Iahweh. Quem
dá forças ao profeta é sempre o espírito do Senhor, que o levanta e leva (8,
3b). O espírito do Senhor age no meio do povo fazendo com que ele mesmo se
torne, a partir de si, protagonista de sua história. É a dimensão interior da
religião. Jerusalém comete abominações contra Deus: cultua o ídolo do ciúme,
fazem abominações para que o Senhor se afaste de seu santuário, cultuam imagens
de répteis e animais, voltam as costas para o santuário de Iahweh e enchem a
terra de violência (cf. 8, 3.6.9.16b.17b). Para esses, que estão distantes do
Senhor, virá o seu furor, e o Ele não os escutará quando tiverem em aflições.
No entanto, para os que caminham com Iahweh, como o profeta, esses verão a
Glória do Deus de Israel (8, 4). Mesmo nos lugares onde impera deuses falsos,
abominações a Glória de Deus se faz presente para salvar aqueles que o temem e
confiam em sua palavra.
3. Ler Ezequiel cap. 18, 22, 34. Quais
as denúncias? Contra quem? Qual a mensagem teológica desses textos?
Texto
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Denúncias
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Contra
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Mensagem
Teológica
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18
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Impiedade,
injustiça, violência, exploração do pobre e necessitado, idolatria, usura,
furto (10-13).
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Ímpios
|
Esse
texto fala sobre a Teologia da Retribuição em Ezequiel. Todas as vidas
pertencem a Deus (4) e, por isso, ele não quer a morte do pecador, mas a sua
conversão (30.31). No entanto, a teologia da retribuição parte do princípio
da responsabilidade pessoal, ou seja, quem cometeu a falta deverá pagar por
ela (4.20). Combate o fatalismo e propõe a prática do direito e da justiça:
fazer o bem. Mostra que a desgraça não vem de Deus, mas apenas a vida (4). O
convertido deve praticar a justiça e deve ainda tornar-se instrumento para
transformar a sociedade, promover a vida.
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22
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Idolatria,
má reputação, pânico, derramamento de sangue, desprezo dos pais, opressão do
estrangeiro do órfão e da viúva, desprezo dos santuários, profanação do
sábado, infâmia, luxúria, juro e usura, exploração do próximo, violência
(3-12). Príncipes que devoram homens, arrebatam riquezas, sacerdotes que
violam a lei, profetas mascarados (25-29).
|
Jerusalém,
a cidade sanguinária.
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Deus
está sempre do lado dos fracos, oprimidos, dos pobres e explorados (cf.
7.29). Portanto, toda a cidade sofrerá a ira do Senhor porque não priorizou a
vida, dom de Deus, mas explora sem escrúpulos o próximo, não respeita sequer
os lugares sagrados e até de Iahweh se esqueceram (12). Por isso será
dispersa toda a nação em terras estrangeiras (15) e depois reunida novamente
(19b) para que a ira do Senhor recaia sobre Jerusalém que se tornou escória,
cidade sanguinária. Todos os que atentam contra a vida não estão do lado de
Deus. Todos os que exploram os sofredores e marginalizados da sociedade não
estão de acordo com o projeto do Senhor de vida e salvação.
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34
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Pastores
que apascentam a si mesmos e não ao rebanho. Não trata as feridas da ovelha,
não reconduz a desgarrada, domina com dureza e violência (2b-4).
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Os
pastores de Israel.
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O
verdadeiro Pastor é Iahweh. Ele mesmo cuidará de suas ovelhas (11),
apascentará o rebanho, dará repouso, buscará a perdida, reconduzirá a
desgarrada, restaurará a abatida, cuidará da ferida, apascentará com justiça
(15-16). Deus toma a causa para si, assume a responsabilidade, a realidade
que tem que ser transformada. Deus assume a tarefa que os pastores não
realizaram. E o Senhor mesmo proverá seu rebanho humano de tudo o que for
necessário para viver em paz (26-27) porque ele vem trazer a salvação para o
seu rebanho (22) e para mostrar que está com seu povo, que as ovelhas
constituem o povo de Deus, a casa de Israel e que Iahweh é o seu Deus
(30-31). O Senhor reafirma a fidelidade da Aliança.
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4. Ler Isaías 40-55. Anotar os títulos
de Deus, os gestos de carinho e amor de Deus.
a)
Títulos
de Deus.
Santo (40, 25b).
Deus eterno (40, 28).
Santo de Israel (41, 14b.16b.20b;
43, 3; 48, 17; 49, 7; 54, 5b; 55, 5b)
Redentor (41, 14b; 44, 6b.24; 48,
17; 49, 7; 5b.8b)
Deus de Israel (41, 17b; 45, 15)
Iahweh (42, 8)
Eu sou (43, 10b; 52, 6)
Iahweh dos Exércitos (44, 6b; 45,
13c; 48, 2b; 50, 15b; 54, 5b)
Salvador (45, 15)
Deus de toda terra (54, 5b)
b)
Gestos
de carinho e amor de Deus.
“Como o pastor ele apascenta o seu rebanho,
com o braço reúne os cordeiros, carrega-os no regaço, conduz carinhosamente as
ovelhas que amamentam”. (49, 11).
“Ele dá força ao cansado, que
prodigaliza vigor ao enfraquecido”. (40, 29).
“Eu, Iahweh, sou o primeiro, e com
os ultimos ainda estarei”. (41, 4b)
“Tu és o meu servo, eu te escolhi,
não te rejeitei”. (41, 9b).
“Não temas porque estou contigo,
não te apavores, pois eu sou o teu Deus; eu te fortaleci, sim, eu te ajudei; eu
te sustentei com a minha destra justiceira”. (41, 10; 43, 2.5)
“[...] eu, Iahweh, teu Deus, te
tomei pela mão direita e te direi: ‘Não temas, sou eu que te ajudo’”. (41, 13)
“[...] eu, o Deus de Israel, não os
abandonarei”. (41, 17b)
“Eis o meu servo que eu sustento, o
meu eleito, em quem tenho prazer. Pus sobre ele o meu espírito [...]”. (42, 1; 50,
16)
“[...] te chamei para o serviço da
justiça, tomei-te pela mão e te modelei, eu te constituí como aliança do povo,
como luz das nações [...]”. (42, 6)
“Conduzirei os cegos por caminhos
que não conhecem, fá-los-ei andar por veredas que não conhecem; na sua frente
mudarei asa trevas em luz, e os campos escabrosos em terreno plano”. (42, 16)
“[...] eu te resgatei, chamei-te
pelo nome: tu és meu”. (43, 1b; 45, 4c)
“[...] és precioso aos meus olhos, és honrado
e eu te amo, entrego pessoas no teu lugar e povos pela tua vida”. (43, 4)
“[...] vós sois o servo que
escolhi”. (43, 10b; 49, 7c.16)
“Fui eu que revelei, que salvei e
falei [...]. (43, 12; 49, 25b; 50, 8b)
“[...] fiz jorrar água do deserto,
e rios nos lugares ermos, a fim de dar de beber ao meu povo, o meu eleito”.
(43, 20b)
“Derramarei o meu espírito sobre a
tua raça e a minha benção sobre os teus descendentes”. (44, 3b)
“Eu te modelei, tu és para mim um
servo, Israel, tu não serás esquecido”. (44, 21b.24b)
“[...] Iahweh resgatou Jacó”. (44,
23b)
“Eu mesmo irei na tua frente e
aplainarei lugares montanhosos, arrebentarei as portas de bronze, despedaçarei
as barras de ferro”. (45, 2; 51, 22; 52, 12b)
“[...] vós a quem carreguei desde o
seio materno, a quem levei desde o berço. Até a vossa velhice continuo o mesmo,
até vos cobrirdes de cãs continuo a carregar-vos: eu vos criei e eu vos
conduzirei, eu vos carregarei e vos salvarei”. (46, 3b-4; 48, 17b; 49, 1b)
“Iahweh o ama e realizará tudo
aquilo que lhe apraz [...]”. (48, 14c; 54, 10)
“Ainda que as mulheres se
esquecessem eu não me esqueceria de ti”. (49, 16)
“O Senhor Iahweh virá em meu
socorro [...]”. (50, 7.9)
“Eu, eu mesmo sou aquele que te
consola [...]”. (50, 12; 52, 9b)
“Farei convosco uma aliança eterna
[...]”. (55, 3b)
“[...] terá compaixão dele [...]”.
(55, 7b)
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