“... sua esperança é cheia de imortalidade...”
Hoje é um dia em que o nosso coração comumente se entristece porque nos lembramos daqueles que fizeram parte da nossa vida, daqueles a quem amamos e ainda de tantos que nem conhecemos, mas que estão agora na casa do Pai. Para nós, cristão, é permitida a saudade, mas nunca o desânimo, a falta de fé e o desespero frente a realidade da morte e os sofrimentos da vida.
É o próprio apóstolo Paulo (Rm 8, 14-23) quem nos admoesta que a nossa relação com Deus não é uma relação qualquer, mas uma relação de filhos. Nele reconhecemos o Abba – ó Pai. Nele, pelo Espírito, nos tornamos filhos adotivos. Por isso, nenhum sofrimento do tempo presente pode ser comparado às alegrias que deve ser revelada em nós. O que Paulo nos fala consola-nos e enche-nos de esperança. Não acreditamos em um Deus vazio, sem sentido, mas no Deus da esperança, da ressurreição e da vida, no Deus que quis fazer-se homem e escolheu o nosso mundo para habitar, a nossa vida. Um Deus que se fez pequenino para elevar o homem, porque quis que este fosse morar com ele nos céus. Assim, celebrando, recordando todos os que partiram para a glória do Pai animamo-nos a nos empenhar em viver o que o Senhor nos pede, o que Ele ensinou para que, um dia, também nós estejamos junto dele na morada eterna.
É Jesus mesmo quem garante ser a ressurreição e a vida e todo aquele que nele crer não morrerá jamais (Jo 11, 21-27). Não importa se o mundo, nossos pecados, nossos sofrimentos querem nos matar. O que realmente importa é que o nosso Deus é ressurreição e vida. Aqueles que crerem n’Ele, mesmo que morram, viverão. Por isso, a adesão da nossa fé requer uma resposta como a de Marta: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
A resposta de Marta a Jesus nos lembra que a nossa esperança é cheia de imortalidade ((Sb 3, 1-6.9). A nossa esperança garante-nos a vida eterna, a vida junto de Deus. Se os que partiram já estão junto do Pai é porque creram e viveram em Deus já aqui na terra. Nós, enquanto seguidores do Mestre, devemos trilhar o mesmo caminho de fidelidade e serviço ao Reino que se faz presente entre nós e atinge sua plenitude junto de Deus.
Que o Senhor Jesus nos ajude a transformar a tristeza e a saudade em esperança na vida definitiva onde viveremos com o Abba – ó Pai.
Eduardo Moreira Guimarães
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