Ontem, vendo o jornal "Folha de São Paulo" li uma matéria interessante sobre a questão da privacidade no mundo atual em que vivemos. O que mais me prendeu a atenção foi justamente o fato da internet e das redes sociais. Como nós nos expomos totalmente quando usamos estes recursos tecnológicos que se tornaram, de alguma maneira, indispensáveis em nossa vida. O fato é que este texto, por exemplo, que escrevo agora nunca mais irá desaparecer desse universo virtual no qual está sendo inserido.
Outra implicação interessante são os dados pessoais de cada um de nós. Atualmente até para a compra no mercado eu virtualmente disponho meus dados num grande sistema. Isso faz com que eu deixe a minha vida privada, individual e me torne cada vez mais, um ser explorado nas minhas individualidades e na minha privacidade. Afinal é impossível esconder-se, esquivar-se de minhas informações, mesmo aquelas mais banais e que podem mudar constantemente como moradia, trabalho, além daquilo que coloco diariamente nas redes sociais. O fato é que não somos mais os mesmos. Em qualquer lugar e a qualquer hora estamos sendo contemplados por alguém.
Quando saio de minha casa e me dirijo à universidade provavelmente alguém tem a possibilidade de contar todos os meus passos. Isso evidentemente pode trazer muitos benefícios para a própria pessoa e para a sociedade como um todo, mas pode tornar-se um instrumento nas mãos de quem não se preocupa com o bem do outro, o bem comum, bem como com valores e ideais necessários para que os valores individuais e a reputação de alguém não seja manchada.
O certo é que estamos sendo cada vez menos de nós mesmos. A cada dia estamos mais expostos e sofrendo mais com a divulgação de nossas informações e, inclusive, de nossa vida privada, profissional, lazer, dentre outras coisas... Que Deus queira que isso seja para o nosso progresso.
Eduardo Moreira Guimarães
6º Período de Filosofia
Diocese de Cornélio Procópio - PR
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